INTRODUÇÃO: Devido a freqüência a infecção do trato urinário (ITU) responde por consumo elevado de antibióticos e tem impacto sócio-economico elevado. Como a escolha do antimicrobiano no início do tratamento ou para o tratamento completo é geralmente empírica, o conhecimento da prevalência bacteriana e sua sensibilidade, que podem variar no tempo, é mandatoria. OBJETIVO: O objetivo do trabalho é relatar a freqüência das cepas bacterianas diagnosticadas em nossa instituição, bem como a sensibilidade aos antimicrobianos, e prover dados nacionais. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os resultados de cultura de urina de 402 pacientes com ITU adquirida na comunidade e tratados em nossa instituição. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 45,3±23,5 anos, 242 (60,2%) dos quais eram mulheres e 160 (39,8%) eram homens. A bactéria mais freqüente foi a E. coli (58%) seguida de Klebsiella sp. (8,4%) e Enterococcus sp. (7,9%). Das bactéria isoladas somente 37% apresentavam sensibilidade à ampicilna, 51% à cefalotina e 52% ao trimxazol. As maiores taxas de sensibilidade ocorreram para o imipenem (96%), ceftriaxone (90%), amicacina (90%), gentamicina (88%), levofloxacina (86%), ciprofloxacina (73%), nitrofurantoina (77%) e norfloxacina (75%). CONCLUSÃO: As bactérias Gram-negativas são a causa mais comum de ITU comunitária. Os antimicrobianos de escolha para tratamento oral são as fluoroquinolonas, nitrofurantoina, cefalosporinas de segunda e terceira geração. Para quadros graves que requerem antibiótico parenteral a escolha recai sobre os aminoglicosídeos, cefalosporinas de terceira geração e imipenem.
PURPOSE: Urinary tract infections (UTI) are one of the most common infectious diseases diagnosed. UTI account for a large proportion of antibacterial drug consumption and have large socio-economic impacts. Since the majority of the treatments begins or is done completely empirically, the knowledge of the organisms, their epidemiological characteristics and their antibacterial susceptibility that may vary with time is mandatory. OBJECTIVE: The aim of this study was to report the prevalence of uropathogens and their antibiotic susceptibility of the community acquired UTI diagnosed in our institution and to provide a national data. METHODS: We analyzed retrospectively the results of urine cultures of 402 patients that had community acquired urinary tract infection in the year of 2003. RESULTS: The mean age of the patients in this study was 45.34 ± 23.56 (SD) years. There were 242 (60.2%) females and 160 (39.8%) males. The most commonly isolated organism was Escherichia coli (58%). Klebsiella sp. (8.4%) and Enterococcus sp.(7.9%) were reported as the next most common organisms. Of all bacteria isolated from community acquired UTI, only 37% were sensitive to ampicillin, 51% to cefalothin and 52% to trimethoprim/sulfamethoxazole. The highest levels of susceptibility were to imipenem (96%), ceftriaxone (90%), amikacin (90%), gentamicin (88%), levofloxacin (86%), ciprofloxacin (73%), nitrofurantoin (77%) and norfloxacin (75%). CONCLUSION: Gram-negative agents are the most common cause of UTI. Fluoroquinolones remains the choice among the orally administered antibiotics, followed by nitrofurantoin, second and third generation cephalosporins. For severe disease that require parenteral antibiotics the choice should be aminoglycosides, third generation cephalosporins, fluoroquinolones or imipenem, which were the most effective.