Este trabalho procurou ressaltar a importância de parâmetros laboratoriais como marcadores de risco no infarto agudo do miocárdio (IAM). O IAM é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, sendo que dois terços dos pacientes que buscam atendimento emergencial não têm causa cardíaca, não havendo necessidade de hospitalização. Concentrações de fibrinogênio medidas durante a fase aguda do IAM foram associadas a morte cardiovascular ou novo evento de IAM. A incidência de eventos foi maior em homens na faixa etária de 44 a 75 anos e nas mulheres entre 56 a 90 anos. Aproximadamente 73% dos pacientes apresentavam história familiar de doença arterial coronariana (DAC), 66% fumavam, 63% apresentavam hipertensão e a maioria era sedentária. Foi observado que nos dias frios ou com temperaturas extremas houve maior número de infartados. Para as concentrações de fibrinogênio (Fbr), tempo de protrombina (TP), troponina (TROP), creatinoquinase (CK), fração MB da creatinoquinase (CK-MB) e contagem de leucócitos, a média dos resultados obtidos apresentou diferença significativa entre os grupos. No entanto, para tempo parcial de tromboplastina ativada (TTPa), colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e triglicérides, as médias observadas não apresentaram diferença significativa entre o grupo controle e infartados. Neste trabalho foi possível demonstrar uma tendência de aumento crescente da concentração de fibrinogênio nos pacientes, que se mostrou adequada como um dos marcadores laboratoriais para IAM.
We focused on the importance of laboratorial parameters as risk factors for acute myocardial infarction (AMI). AMI is one of the major problems of public health in the world. However, approximately two thirds of patients that attend emergency rooms do not have any cardiac injury or life risk illness, therefore not requiring to be hospitalized. Fibrinogen concentrations measured during the acute phase of AMI were related to cardiovascular death or a new AMI event. This incidence was higher in the age range of 44 to 75 years in men, and 56 to 90 in women. Approximately 73% of patients presented family history of coronary heart disease (CHD), 66% were smokers, 63% presented hypertension and most of them were sedentary. Increased incidence of AMI in extreme temperatures was also observed. For fibrinogen concentrations (Fbr), results demonstrated significant difference (p < 0.05) between control and AMI patients. Considering troponin (TROP), creatine kinase (CK), the MB fraction of creatine kinase (CK-MB) and leukocytes count, results showed statistically significant differences. However, partial thromboplastin time activated (PTAT), total cholesterol (TC), high-density lipoprotein (HDL), low-density lipoprotein (LDL), and triglyceride levels presented no significant difference between the studied groups. In conclusion, this work demonstrated a trend towards increasing fibrinogen concentration in patients with AMI, revealing that it may be considered one of the cardiac markers for AMI.