Uma revisão das guildas de oviposição em Bruchidae (Coleoptera). Os bruquídeos apresentam três guildas de oviposição caracterizadas por períodos e maneiras diferentes de postura. Algumas espécies somente ovipositam nos frutos enquanto presos à planta (Guilda A), outras somente em sementes expostas de frutos enquanto ainda estão na planta (Guilda B) e algumas apenas em sementes livres no substrato (Guilda C). Uma espécie de planta pode ser infestada nas três condições, outras somente por duas e outras por apenas uma condição. Muitos artigos científicos têm sido publicados antes e após o conceito das guildas e, ao que parece, o comportamento primitivo dos bruquídeos provavelmente foi o de ovipositar sobre os frutos, com as larvas penetrando através de sua parede para se alimentarem das sementes (Guilda A). Como a evolução dos frutos foi direcionada para a dispersão das sementes e, possivelmente, fuga da predação por bruquídeos, estes desenvolveram outras maneiras para se alimentar de sementes (Guilda B e C). Os dados indicam que cerca de 78% dos bruquídeos ovipositam em frutos e 22% se incluem nas Guildas B e C. Nesse trabalho são revistos e discutidos os artigos científicos sobre guildas de oviposição e a evolução de bruquídeos, bem como acrescentados novos dados.

Three guilds of bruchid beetles oviposit on seeds at different times and in different ways, i. e., in these guilds some species only oviposit on fruits while on the plant (Guild A), other species only oviposit on seeds exposed in fruits while still on the plant (Guild B) and some only oviposit on seeds once they are exposed on the substrate (Guild C). It has been established that one plant species may be oviposited upon by all three guilds, some only by two guilds and some by only one guild. Before and after the inception of this concept many papers have been published that seem to establish that early oviposition behavior of bruchids was probably onto fruits where they burrowed through the fruit wall and fed on seeds (Guild A). Then, as evolution of the fruits developed for dispersal of seeds and possible escape from bruchid predation, bruchids developed to feed in seeds in various other ways (Guilds B and C). Our data show that about 78% of extant bruchids oviposit on fruits, and the other 22% with behavior of Guilds B and C. A review of these papers and new data on oviposition guilds and bruchid evolution are presented and discussed here.

A preliminary cladistic analysis of forty species of Amblycerus Thunberg is presented based on 29 morphological characters. The analysis generated four equally parsimonious trees of 60 steps in length with a consistency index of 0.63 and a retention index of 0.88. By replacing host families by each species of Amblycerus on the cladogram, an approximation of macroevolution into host taxa was formulated. These bruchids appear to have moved from the plant family Fabaceae into 12 other plant families, with many species into the families Sterculiaceae and Boraginaceae. Various factors including oviposition behavior are cited for some host shifts. Plant chemistry is especially important but we only have correlative data to support these conclusions. To us, it appears that the most parsimonious explanation for the host shifts that we observed was by macroevolution during enhanced rates of bruchid diversification in the Recent epoch.

Se presenta una análisis cladístico preliminar para 40 especies de Amblycerus Thunberg basado en 29 caracteres morfológicos. Se generaron cuatro árboles igualmente parsimoniosos de 60 pasos de longitud, con una consistencia de 0.63 y un índice de retención de 0.88. Remplazando en el cladograma cada una de las especies de Amblycerus por la familia de la planta huésped, fue posible formular una aproximación de la macroevolución en los taxones de los huéspedes. Al parecer estos brúquidos se han movido de la familia de plantas Fabaceae a 12 familias de otras plantas, principalmente Sterculiaceae y Boraginaceae. Varios factores, incluyendo el comportamiento de oviposición, se han citado para explicar algunos de los cambios de huésped. La bioquímica de la planta es especialmente importante, aunque solamente contamos con datos correlativos para soportar estas conclusiones. Para nosotros, la explicación más parsimoniosa sobre los cambios de huésped que observamos es por macroevolución durante ciertos periodos en la diversificación de los brúquidos en la época reciente.