OBJETIVO: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física e sexual em profissionais de enfermagem. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 179 profissionais (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem) de um hospital geral do município de São Paulo, SP, entre 2005 e 2006. Utilizou-se questionário aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. A violência foi abordada em suas formas psicológica, física e sexual para agressores homens e mulheres, agrupados em: parceiros íntimos, familiares e outros agressores como conhecidos e estranhos. Procedeu-se a uma análise descritiva, calculando-se as freqüências dos tipos de violência com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A violência por parceiro íntimo foi a mais freqüente (63,7%; IC 95%:55,7;70,4) seguida pela violência perpetrada por outros (pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos; 45,8%; IC 95%: 38,3;53,4). A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC 95%: 34,0;48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Em geral, poucas profissionais de enfermagem que sofreram violência buscaram ajuda: 29,7% para a violência por parceiro íntimo; 20,3% para a violência por outros e 29,3% para a violência por familiares. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. CONCLUSÕES: As taxas de violência de gênero entre mulheres profissionais de saúde foram significativas, principalmente para a violência cometida por parceiros íntimos e familiares. Entretanto, a busca de ajuda frente aos agravos sofridos foi baixa, considerando ser um grupo de escolaridade significativa.
OBJECTIVE: To estimate the occurrence of psychological, physical and sexual violence among female nursing staff. METHODS: This is a cross sectional study, conducted with a sample of 179 professionals (50 nurses and 129 nursing aides / nurse technicians) in a general hospital in the municipality of São Paulo, Southeastern Brazil, 2005-2006. A validated questionnaire was applied in face to face interviews with these professionals, conducted by trained interviewers. Psychological, physical and sexual forms of violence were addressed, involving both male and female aggressors who were classified as: intimate partners, family members and other aggressors such as acquaintances and strangers. A descriptive analysis was undertaken, in which the frequency of the occurrence of the different types of violence was calculated with a 95% confidence interval. RESULTS: The most frequent form of violence was intimate partner violence (63.7%; 95% CI: 55.7;70.4), followed by violence perpetrated by others (45.8%; 95% CI: 38.3;53.4) including patients and people accompanying them, colleagues within the field of health, head nurses, acquaintances and strangers. Family members occupied the third place as aggressors, (41.3%; 95% CI: 34.0;48.9), and the majority of these were fathers, brothers, uncles and cousins. In general, the nursing staff did not seek help frequently when acts of aggression occurred: only 29.7% of those who suffered intimate partner violence; 20.3% whose aggressors were others and 29.3% whose aggressors were family members sought help. Those who did not perceive their experience as a form of violence represented 31.9% of the subjects interviewed. CONCLUSIONS: The rates of gender violence among female health professionals were important, particularly with respect to violence committed by intimate partners and family members. However, the proportion of these women who sought help was low, considering the fact that this group has a significant educational level.
OBJETIVO: Estimar la ocurrencia de violencia psicológica, física y sexual en profesionales de enfermería. MÉTODOS: Se realizó estudio transversal con muestra de 179 profesionales (50 enfermeras y 129 auxiliares técnicas de enfermería) de un hospital general del municipio de Sao Paulo (Sureste de Brasil), entre 2005 y 2006. Se utilizó encuesta aplicada cara a cara por encuestadoras entrenadas. La violencia fue abordada en las formas psicológica, física y sexual para agresores hombres y mujeres, agrupados en: parejas íntimas, familiares y otros agresores conocidos como extraños. Se procedió a un análisis descriptivo, calculándose las frecuencias de los tipos de violencia con intervalo de confianza de 95%. RESULTADOS: La violencia por pareja íntima fue la mas frecuente (63,7%; IC 95%:55,7;70,4) seguida por la violencia perpetrada por otros (pacientes/acompañantes, colegas de trabajo del área de salud, extraños, jefe de enfermeras y conocidos; 45,8%; IC 95%: 38,3;53,4). La violencia por familiares ocupó el tercer lugar (41,3%; IC 95%: 34,0;48,9) y fue cometida, principalmente, por papá, hermanos (hombres), tíos y primos. En general, pocas profesionales de enfermería que sufrieron violencia buscaron ayuda: 29,7% para la violencia por pareja íntima; 20,3% para la violencia por otros y 29,3% para la violencia por familiares. No percibieron lo vivido como violento, 31,9% de las encuestadas. CONCLUSIONES: Las tasas de violencia de género entre mujeres profesionales de la salud fueron significativas, principalmente para la violencia cometida por parejas íntimas y familiares. Sin embargo, la búsqueda de ayuda frente a los daños sufridos fue baja, considerando que es un grupo con escolaridad significativa.