Camundongos albinos não-isogênicos, normais ou infectados com 30 cercárias de Schistosoma mansoni (cepa LE) foram submetidos a hepatectomia parcial (65%) na fase aguda (70 dias) ou crônica (160 dias) da doença. Um grupo de animais infectados foi tratado, na fase aguda, com 400 mg/kg oxamniquine antes da hepatectomia. Animais não infectados, infectados e tratados mas não hepatectomizados, foram mantidos como controles. A regeneração hepática foi avaliada pela incorporação de timidina tritiada, injetada peritonealmente em animais hepatectomizados ou não, 24 horas após cirurgia. Os resultados mostraram que a remoção de 65% do parênquina hepático, na fase aguda, levou a um aumento estatisticamente significativo da incorporação de timidina, quando comparado com os animais controles (não infectados e hepatectomizados). Este fenômeno não foi observado na fase crônica. O tratamento com oxamniquina, administrado na fase aguda, levou a uma diminuição da taxa de incorporação de timidina, 160 dias após infecção (90 dias após tratamento) e 24 horas após hepatectomia. Os dados obtidos sugerem que a infecção com S. mansoni representa um estímulo considerável para a capacidade regeneradora do fígado na fase aguda, mas não na fase crônica da doença.
Outbred male albino mice normal or infected with 30 cercariae of Schistosoma mansoni (LE strain) were submitted to 65% hepatectomy during the acute (70 days) and chronic phase (160 days) phases of the disease. A group of the infected animals was treated with 400 mg/kg of oxamniquine during the acute phase before hepatectomy. Non-infected, infected and treated but not hepatectomized animals were kept as controls. Hepatic regeneration was evaluated by incorporation of tritiated thymidine, intraperitoneally injected into non-hepatectomized and hepatectomized animals, 24 hours after surgery. The results showed that removal of 65% of the hepatic parenchyma, during the acute phase, led to a statistically significant increase of thymidine incorporation, when compared with the uninfected hepatectomized controls. This phenomenon was not observed at the chronic phase. Treatment with oxamniquine administered during the acute phase led to a decrease in thymidine incorporation rate 160 days after infection (90 days after treatment) and 24 hours after hepatectomy. The data suggest that infection with S. mansoni represents a considerable stimulus for the regenerative capacity of the liver during the acute, but not the chronic phase of disease.