Resumo Este artigo reconsidera o lugar da América Latina colonial na história global examinando as interações transpacíficas, os conflitos e os intercâmbios entre a América Latina e a Ásia nos séculos XVI e XVII. Deixando de lado histórias imperiais anteriores que apresentam o Pacífico como um "lago espanhol", concebo um dinâmico Mundo Pacífico Hispano-Asiático que foi forjado por uma miríade de atores na e ao redor da bacia do Pacífico. Em vez de um Pacífico dominado pela longínqua Espanha, minha pesquisa revela um mundo transpacífico que de fato desafiava os esforços imperiais para reivindicá-los, regulá-los ou convertê-los. Estruturo este estudo de acordo com três grandes linhas de investigação: os laços econômicos que fizeram o "laço" asiático-latino-americano, as consequências dos trânsitos humanos e dos intercâmbios culturais ao longo de novas condutas transpacíficas, e as barreiras da distância e da cultura que limitavam o cosmopolitismo e o imperialismo. Para as sociedades da América Latina, esse mundo do Pacífico hispano-asiático lhes proporcionou maior autonomia do que o mundo atlântico. Eles compartilhavam, ao lado de diversos grupos neste mundo marítimo, uma história comum de evasão, de trocas livres e de poderes controlados, pois nenhuma linha de costa, império ou grupo predominava. Em última análise, ao traçar as correntes das interações hispano-asiáticas no mundo do Pacífico, dou uma réplica às teorias da historiografia global que situaram a América Latina na periferia da Europa Ocidental.
Abstract This article reconsiders the place of colonial Latin America in global history by examining the Transpacific interactions, conflicts, and exchanges between Latin America and Asia in the sixteenth and seventeenth centuries. Setting aside earlier imperial histories that present the Pacific as a 'Spanish Lake', I conceptualize a dynamic Hispano-Asian Pacific World that was forged by a myriad of actors in and around the Pacific basin. Instead of a Pacific dominated by far-off Spain, my research reveals a Transpacific world that in fact defied imperial efforts to claim, regulate, or convert it. I structure this study along three broad lines of inquiry: the economic ties that made the Asian-Latin American 'Rim', the consequences of human transits and cultural exchanges along new Transpacific conduits, and the barriers of distance and culture that limited both cosmopolitanism and imperialism. For societies in Latin America, this Hispano-Asian Pacific world provided them with greater autonomy than the Atlantic world. They shared, alongside diverse groups in this maritime world, a common story of circumvention, of freewheeling exchanges, and of checked powers, for no single shoreline, empire, or group predominated. Ultimately, by charting the currents of Hispano-Asian interactions in the Pacific world, I provide a riposte to theories in global historiography that have situated Latin America at the periphery of Western Europe.
Resumen Este artículo reconsidera el lugar de la América Latina colonial en la historia global examinando las interacciones transpacíficas, los conflictos y los intercambios entre América Latina y Asia en los siglos XVI y XVII. Dejando a un lado anteriores historias imperiales que presentan al Pacífico como un "lago español", conceptualizo un dinámico mundo hispano-asiático del Pacífico que fue forjado por una miríada de actores en y alrededor de la cuenca del Pacífico. En lugar de un Pacífico dominado por la lejana España, mi investigación revela un mundo transpacífico que de hecho desafiaba los esfuerzos imperiales para reclamar, regular o convertirlo. Estructura este estudio a lo largo de tres grandes líneas de investigación: los lazos económicos que hicieron el "Borde" asiático-latinoamericano, las consecuencias de los tránsitos humanos y los intercambios culturales a lo largo de nuevos conductos transpacíficos y las barreras de distancia y cultura que limitaban el cosmopolitismo y imperialismo. Para las sociedades latinoamericanas, este mundo del Pacífico hispanoasiático les proporcionó mayor autonomía que el mundo atlántico. Compartieron, junto a diversos grupos en este mundo marítimo, una historia común de elusión, de intercambios libres y de poderes controlados, pues no existía ninguna línea de costa, imperio o grupo. En última instancia, trazando las corrientes de las interacciones hispanoasiáticas en el mundo del Pacífico, ofrezco una respuesta a las teorías de la historiografía global que han situado a América Latina en la periferia de Europa Occidental.