Resumo Este artigo apresenta resultados de pesquisa relativa ao sentido do trabalho para os jovens gerentes de bancos públicos, norteada pela Teoria das Representações Sociais. A abordagem é qualitativa, do tipo descritivo-interpretativa. Aplicaram-se técnicas de entrevista semiestruturada, complementação de sentenças e elaboração de desenhos em 17 participantes em Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ e Vitória/ES; explicitaram-se os processos de objetivação e ancoragem na elaboração das 37 representações sociais do trabalho identificadas, agrupadas em torno dos núcleos centrais “organização provedora e protetora”, “organização cobradora, ameaçadora e com foco nos lucros” e “organização pública”. Tais representações evidenciaram intensa associação entre trabalho e dinheiro, além do caráter ilusório e ambíguo do cargo, fonte de prazer e sofrimento. Os resultados sugerem aplicabilidade na revisão das práticas de gestão de pessoas, tais como envolvimento dos gerentes com a saúde física e mental dos trabalhadores, transparência dos processos, clareza sobre os papéis e as expectativas do trabalho nos bancos. O mais relevante é gerar insumos para a busca de mecanismos que favoreçam o respeito aos limites físicos, mentais e psicoafetivos dos profissionais, em busca de resultados sustentáveis para trabalhadores e organizações.
Abstract This article presents the results of research on the meaning of work for young managers of Brazilian public banks, guided by the social representation theory. This was a qualitative, descriptive-interpretative study. Semi-structured interviews and projective techniques of drawing and sentence completion were applied to 17 participants in the cities of Porto Alegre, Rio de Janeiro and Vitória. The process of objectification and anchoring carried out in the elaboration of the 37 social representations about the work grouped around the three dimensions: “provider and protective organization,” “demanding, threatening, and profit-oriented organization,” and “public organization.” The representations evidenced a strong association between work and money, along with the illusory and ambiguous character of the managerial position, source of pleasure and suffering. Results suggest applicability in reviewing people management practices such as managers’ involvement with workers’ physical and mental health, transparency, and clarity about the roles and expectations of work within banks. The findings suggest the need for tools that respect the professionals physical, mental, and psycho-affective limits, leading to sustainable results both for workers and organizations.
Resumen Este artículo presenta resultados investigativos acerca del sentido del trabajo para los jóvenes gerentes de bancos públicos, orientados por la Teoría de las Representaciones Sociales. El análisis es cualitativo, del tipo descriptivo-interpretativo. Se han aplicado técnicas de entrevista semiestructurada, complementación de frases y elaboración de diseños a 17 participantes de Porto Alegre, Rio de Janeiro y Vitória, Brasil; se han explicitado los procesos de objetivación y anclaje en la elaboración de 37 representaciones sociales de trabajo identificadas, agrupadas alrededor de los núcleos “organización proveedora y protectora”, “organización controladora, amenazadora y concentrada en los lucros” y “organización pública”. Tales representaciones han evidenciado una intensa asociación trabajo-dinero, además del carácter ilusorio y ambiguo del puesto, fuente de placer y sufrimiento. Los resultados sugieren su aplicabilidad en la revisión de las prácticas de gestión de personas, tales como compromiso de los gerentes con la salud física y mental de los trabajadores, trasparencia de los procesos, claridad respecto a los roles y expectativas del trabajo en los bancos. Lo más relevante es el generar insumos para la búsqueda de mecanismos que favorezcan el respeto a los límites físicos, mentales y psicoafectivos de los profesionales, hacia resultados sostenibles para trabajadores y organizaciones.