Abstract We are living times of transition, including in the educational field. The school model we inherited from the 19th and 20th centuries has been under question in many ways. Societies have changed a lot and so have educational contexts. Access to education has become universal and school publics have become much more diverse, both socially and culturally. Digital technology has brought new ways of accessing knowledge and new challenges. But these are also paradoxical times. Criticism of school organization and trends towards descolarization or privatization run parallel to the demand for a quality public school, regarded as a space of socialization and construction of a democratic, universal but simultaneously plural citizenship. Investing in an increasingly inclusive education goes hand in hand with the awareness of inequalities which are becoming more pronounced, for instance, with respect to accessing the digital world. The cult of individualism and commercialization arises alongside militancy for civic, social or environmental causes. Thus, in these times of transition, it is important to think the future(s) of Education. This is what we seek to do in the monographic component of this issue, through a diversified set of perspectives we can organize according to two major thematic axes: 1) Education, diversity and new learning environments, with emphasis on inclusion practices in formal and non-formal educational contexts and on learning in technologically advanced societies; 2) Education and change, with emphasis, on the one hand, on the relation between regulation, autonomy and accountability and, on the other, on new models of teachers’ professional development.
Resumo Vivemos tempos de transição, também no terreno educativo. O modelo escolar que herdámos dos séculos XIX e XX tem vindo a ser questionado em diversos sentidos. As sociedades mudaram muito e com elas os contextos educativos. O acesso à educação universalizou-se e os públicos escolares tornaram-se muito mais diversificados, tanto social como culturalmente. As tecnologias digitais trouxeram com elas novas formas de acesso aos saberes e novos desafios. Mas estes são também tempos paradoxais. As críticas à organização escolar e as tendências visando a desescolarização ou a privatização são paralelas à reivindicação de uma escola pública de qualidade, entendida como espaço de socialização e de construção de uma cidadania democrática, universal, mas simultaneamente plural. O investimento numa educação cada vez mais inclusiva convive com a consciência de desigualdades que se acentuam, por exemplo, no que diz respeito ao acesso ao mundo digital. O culto do individualismo e da mercantilização surgem a par de militâncias por causas cívicas, sociais ou ambientais. Nestes tempos de transição, importa, por isso, pensar o(s) futuro(s) da Educação. É o que procuramos fazer na componente monográfica do presente número a partir de um conjunto diversificado de olhares que podemos organizar em dois grandes eixos temáticos: 1) Educação, diversidade e novos ambientes de aprendizagem, com destaque para as práticas de inclusão em contextos formais e não-formais de educação e para a aprendizagem em sociedades tecnologicamente avançadas; 2) Educação e mudança, com ênfase, por um lado, na relação entre regulação, autonomia e “accountability” e, por outro, em novos modelos de desenvolvimento profissional dos professores.
Resumen Vivimos tiempos de transición, incluso en el campo de la educación. El modelo de escuela que heredamos de los siglos XIX y XX ha sido cuestionado de muchas maneras. Las sociedades han cambiado mucho y, por lo tanto, también los contextos educativos. El acceso a la educación se ha vuelto universal y los públicos escolares se han vuelto mucho más diversos, tanto social como culturalmente. Las tecnologías digitales han traído nuevas formas de acceder al conocimiento y nuevos desafíos. Pero también son tiempos paradójicos. Las críticas a la organización escolar y las tendencias hacia la desescolarización o la privatización corren paralelas a la demanda de una escuela pública de calidad, entendida como espacio de socialización y construcción de una ciudadanía democrática, universal, pero, a la vez, plural. La apuesta por una educación cada vez más inclusiva convive con la toma de conciencia de las desigualdades que se acentúan, por ejemplo, en el acceso al mundo digital. El culto al individualismo y la mercantilización surgen junto con la militancia por causas cívicas, sociales o ambientales. Así, en estos tiempos de transición, es importante pensar en el(los) futuro(s) de la Educación. Eso es lo que buscamos en el componente monográfico de este número, a través de un conjunto diverso de perspectivas que podemos organizar en dos grandes ejes temáticos: 1) Educación, diversidad y nuevos entornos de aprendizaje, con énfasis en las prácticas de inclusión en contextos formales y no formales de educación y para el aprendizaje en sociedades tecnológicamente avanzadas; 2) Educación y cambio, con énfasis, por un lado, en la relación entre regulación, autonomía y “accountability” y, por otro lado, en nuevos modelos de desarrollo profesional docente.