Resumo Introdução: A reabilitação de pacientes críticos geralmente ocorre no leito e é classificada como de baixa intensidade cardiovascular. Portanto, é essencial conhecermos os efeitos fisiológicos dos recursos que aplicamos na prática clínica. Objetivo: Avaliar o efeito agudo da cicloergometria passiva de membros inferiores sobre a mecânica respiratória e parâmetros cardiovasculares em pacientes críticos. Método: Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, controlado, realizado em duas unidades de terapia intensiva na cidade de Recife, entre agosto de 2016 e maio de 2017. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo cicloergometria passiva (n = 16): o paciente realizou uma sessão de cicloergometria de membros inferiores durante 20 minutos; e grupo-controle (n = 14): não realizou nenhuma intervenção terapêutica, apenas durante a aplicação do protocolo. Foram avaliados os parâmetros cardiovasculares e a mecânica respiratória, antes, durante e após a sua aplicabilidade. Resultados: Não foram encontradas diferenças demográficas entre os dois grupos estudados, mostrando a homogeneidade entre eles. Em relação aos parâmetros cardiovasculares, não houve diferença entre os grupos antes, durante e após o protocolo. Com relação à mecânica respiratória houve uma discreta elevação da resistência do sistema respiratório no grupo cicloergometria e uma redução da mesma no grupo-controle. Conclusão: Os resultados sugerem que a cicloergometria passiva aplicada ao paciente crítico não promoveu alterações cardiovasculares e na mecânica respiratória significativas, sendo considerada uma técnica segura e eficaz na prática clínica, podendo ser aplicada sem causar prejuízos aos pacientes sob ventilação mecânica.
Abstract Introduction: The rehabilitation of critical patients usually occurs in the bed and is classified as low cardiovascular intensity. Therefore, it is essential to understand the physiological effects of these resources that we apply in clinical practice. Objective: Evaluate the acute effect of passive cycloergometry of lower limbs on respiratory mechanics and cardiovascular parameters in critically ill patients. Method: This was a labeled, randomized, controlled trial conducted in two intensive care units in the city of Recife, between August 2016 and May 2017. Patients were divided into two groups: (i) passive cycloergometry group (n = 16), where the patient performed a lower limb cycloergometry session for 20 minutes, and (ii) control group (n = 14), where the patient did not perform any therapeutic intervention, except during the application of the protocol. Cardiovascular parameters and respiratory mechanics were evaluated before, during and after their applicability. Results: No demographic differences were found between the two groups, showing the homogeneity between them. Regarding cardiovascular parameters, there were no differences between groups before, during and after the protocol. Regarding respiratory mechanics, there was a slight elevation of the resistance of the respiratory system in the cycloergometry group and a reduction of the same in the control group. Conclusion: The results suggest that passive cycloergometry applied to the critical patient did not promote significant cardiovascular changes and respiratory mechanics, being considered a safe and effective technique in clinical practice that can be applied without causing harm to patients under mechanical ventilation.
Resumen Introducción: La rehabilitación de pacientes críticos generalmente ocurre en el lecho y se clasifica como de baja intensidad cardiovascular. Por lo tanto, es esencial conocer los efectos fisiológicos de estos recursos que aplicamos en la práctica clínica. Objetivo: Evaluar el efecto agudo de la cicloergometría pasiva de miembros inferiores sobre la mecánica respiratoria y parámetros cardiovasculares en pacientes críticos. Método: Se trata de un ensayo clínico, aleatorizado, controlado, realizado en dos unidades de cuidados intensivos en la ciudad de Recife, entre agosto de 2016 y mayo de 2017. Los pacientes fueron divididos en dos grupos: grupo cicloergometría pasiva (n = 16): el paciente realizó una sesión de cicloergometría de miembros inferiores durante 20 minutos; y grupo control (n = 14): no realizó ninguna intervención terapéutica, sólo durante la aplicación del protocolo. Se evaluaron los parámetros cardiovasculares y la mecánica respiratoria, antes, durante y después de su aplicabilidad. Resultados: No se encontraron diferencias demográficas entre los dos grupos estudiados, mostrando la homogeneidad entre ellos. En relación a los parámetros cardiovasculares, no hubo diferencia entre los grupos antes, durante y después del protocolo. Con respecto a la mecánica respiratoria, hubo una discreta elevación de la resistencia del sistema respiratorio en el grupo cicloergometría y una reducción de la misma en el grupo control. Conclusión: Los resultados sugieren que la cicloergometría pasiva aplicada al paciente crítico no promovió significativas alteraciones cardiovasculares y en la mecánica respiratoria, siendo considerada una técnica segura y eficaz en la práctica clínica, pudiendo ser aplicada sin causar perjuicios a los pacientes bajo ventilación mecánica.