ResumoIntrodução:Cardiopatia congênita é uma anormalidade na estrutura ou função cardiocirculatória, ocorrente desde o nascimento, mesmo que diagnosticada posteriormente. Pode resultar em morte intraútero, na infância ou na idade adulta. Foi responsável por 6% dos óbitos infantis, no Brasil, em 2007.Objetivo:Estimar a subnotificação na prevalência das cardiopatias congênitas no Brasil e seus subtipos.Métodos:Os cálculos das prevalências foram realizados aplicando-se coeficientes, atribuindo-lhes função de taxas para cálculos dos agravos. O estudo faz aproximação entre a literatura e os registros governamentais. Adotou-se estimativa de 9:1000 nascimentos e taxas de prevalências para subtipos, aplicadas aos nascimentos de 2010. As estimativas de nascimentos com cardiopatia congênita foram comparadas com as notificações ao Ministério da Saúde. Foram estudados por métodos descritivos com uso de taxas e coeficientes, representados em tabelas.Resultados:A incidência, no Brasil, é de 25.757 novos casos/ano, distribuídos em: Norte 2.758; Nordeste 7.570; Sudeste 10.112; Sul 3.329; e Centro-Oeste 1.987. Em 2010, foram notificados ao SINASC/MS 1.377 casos de nascidos com cardiopatias congênitas, o que representa 5,3% do estimado para Brasil. No mesmo período, os subtipos mais frequentes foram: comunicação interventricular (7.498); comunicação interatrial (4.693); persistência do canal arterial (2.490); estenose pulmonar (1.431); tetralogia de Fallot (973); coarctação da aorta (973); transposição das grandes artérias (887); e estenose aórtica 630. A prevalência de cardiopatias congênitas, para o ano de 2009, foi 675.495 crianças e adolescentes e 552.092 adultos.Conclusão:Há, no Brasil, subnotificação na prevalência das cardiopatias congênitas, sinalizando para a necessidade de adequações na metodologia de seu registro.
AbstractIntroduction:Congenital heart disease is an abnormality in the structure or cardiocirculatory function, occurring from birth, even if diagnosed later. It can result in intrauterine death in childhood or in adulthood. Accounted for 6% of infant deaths in Brazil in 2007.Objective:To estimate underreporting in the prevalence of congenital heart disease in Brazil and its subtypes.Methods:The calculations of prevalence were performed by applying coefficients, giving them function rates for calculations of health problems. The study makes an approach between the literature and the governmental registries. It was adopted an estimate of 9: 1000 births and prevalence rates for subtypes applied to births of 2010. Estimates of births with congenital heart disease were compared with the reports to the Ministry of Health and were studied by descriptive methods with the use of rates and coefficients represented in tables.Results:The incidence in Brazil is 25,757 new cases/year, distributed in: North 2,758; Northeast 7,570; Southeast 10,112; South 3,329; and Midwest 1,987. In 2010, were reported to System of Live Birth Information of Ministry of Health 1,377 cases of babies with congenital heart disease, representing 5.3% of the estimated for Brazil. In the same period, the most common subtypes were: ventricular septal defect (7,498); atrial septal defect (4,693); persistent ductus arteriosus (2,490); pulmonary stenosis (1,431); tetralogy of Fallot (973); coarctation of the aorta (973); transposition of the great arteries (887); and aortic stenosis 630. The prevalence of congenital heart disease, for the year of 2009, was 675,495 children and adolescents and 552,092 adults.Conclusion:In Brazil, there is underreporting in the prevalence of congenital heart disease, signaling the need for adjustments in the methodology of registration.