OBJETIVO: Comparar a ecocardiografia de contraste miocárdico (ECM) usando PESDA e adenosina em bolus (ADN) com a cintilografia miocárdica com radioisótopos (CM) em pacientes (pts) submetidos a investigação e alta probabilidade de doença arterial coronariana. MÉTODOS: Foram estudados 125 pts, 58,4 ± 10,6 anos, 85 homens, com ECM e CM, realizados com intervalo máximo de 4 semanas. ECM foi realizada com PESDA em infusão contínua em repouso e após ADN. As paredes do VE foram divididas em 3 territórios relacionados às artérias coronarianas, totalizando 375 territórios. ECM foi normal quando houve aumento da intensidade do contraste após ADN. Diminuição da intensidade do contraste em repouso ou após ADN foi definida como ECM anormal. CM foi realizada usando protocolos clássicos. Comparados por pacientes, foram considerados concordantes quando ambos exames eram normais ou anormais independente de localização. A comparação por território foi considerada concordante quando havia ou não déficit perfusional num mesmo território. A significância da concordância foi feita pelo teste do qui-quadrado. RESULTADOS: Em 106/125 pts ECM e CM foram concordantes (84,8% - p<0,001). Houve concordância em 342/375 territórios (91,2% - p<0,001). Para o território de DA a concordância foi de 87,2%, para CD 93,6% e para CX 92,8% (p<0,001). CONCLUSÃO: Existe uma ótima concordância entre ECM e CM nos pts em investigação para doença arterial coronariana, podendo a ECM representar uma alternativa à avaliação da perfusão miocárdica.
OBJECTIVE: To compare myocardial contrast echocardiography (MCE) using PESDA and adenosine in bolus (ADN) with myocardial nuclear scintigraphy (NS) in patients (pts) undergoing routine investigation with a high probability of having coronary artery disease. METHODS: This study comprised 125 pts (85 men) with 58.4 ± 10.6 years, who underwent MCE and NS within 4 weeks. MCE was performed with PESDA in a continuous infusion at rest and after administration of an adenosine bolus. The LV walls was divided into 3 territories related to the coronary arteries, in a total of 375 territories. MCE was normal when an increase in contrast intensity occurred after ADN. The reduction in contrast intensity at rest or after ADN was defined as an abnormal MCE result. NS was performed according to classical protocols. When compared per patient, both examinations were considered concordant when they were normal or abnormal, independent of its location. The comparison by territory was considered concordant when perfusion defects existed or not in the same territory. The chi-square test was used to determine the significance of concordance. RESULTS: In 106/125 pts, MCE and NS were concordant (84.8% - P < 0.001). Concordance occurred in 342/375 territories (91.2% - P < 0.001). For the LAD territory, concordance was 87.2%; for the RCA, 93.6%; and for the CX, 92.8% (P < 0.001). CONCLUSION: An excellent concordance exists between MCE and NS in assessing pts for coronary artery disease; therefore, MCE may represent a good alternative for assessing myocardial perfusion.