Oficinas de estimulação cognitiva para idosos analfabetos com transtorno cognitivo leve é um tema pouco pesquisado. Objetivou-se verificar a autopercepção da memória em idosos analfabetos com transtorno cognitivo leve, antes e após oficinas de estimulação cognitiva, adaptadas para analfabetos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada na Unidade de Saúde de Taguatinga-DF, envolvendo 63 idosos: 22 no Grupo Experimental (GE), com 10 oficinas; 21 no Grupo Controle 1 (GC1), com 10 palestras; e 20 no Grupo Controle 2 (GC2), sem intervenção. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas antes e após intervenções, perguntando-se sobre memória. Aos GE e GC1 foram oferecidas atividades semanais de duas horas. A idade média foi 72,8 anos, 92% do sexo feminino. Na pré-intervenção, 82% haviam piorado memória no último ano. Na pós-intervenção, GC1 e GC2 mantiveram alterações da memória, enquanto GE melhorou cognição. Conclui-se que as oficinas e palestras proporcionaram melhora na funcionalidade e socialização/integração.
The aim of this study was to assess the self-perception of memory in elderly illiterate with mild cognitive impairment, before and after workshops of cognitive stimulation adapted for illiterate individuals. The research was qualitative, held at the Health Unit of Taguatinga-DF, involving 63 elderly illiterate: 22 in the experimental group (EG), with 10 workshops; 21 in control group 1 (CG1), with 10 lectures; and 20 in the control group 2 (GC2), without intervention. Semi-structured interviews were carried on before and after the interventions, asking about memory status. The activities offered weekly to EG and CG1 have had two hours of duration. The mean age of the participants was 72.8 years, and 92% were female. In pre-intervention, 82% reported worsening memory during the last year. In post-intervention, CG1 and CG2 kept memory changes, while EG improved cognition. One concludes that the provided workshops and lectures improved functionality and socialization / integration.
Objetivó-se evaluar la percepción subjetiva de la memoria en ancianos analfabetos con deterioro cognitivo leve, antes y después de talleres para estimulación cognitiva adaptada para personas analfabetas. Participaran 63 ancianos: 22 en el grupo experimental (GE) con 10 talleres; 21 en el grupo control 1 (GC1), con 10 conferencias sobre salud; y 20 en el grupo control 2 (CG2), sin intervención. Fueron realizadas entrevistas semi estructuradas antes y después de las intervenciones, preguntandose sobre la memoria. Para los del GE e GC1 fueran ofrecidas actividades semanales de dos horas. La edad media de los participantes fue de 72,8 años, 92% eran del sexo femenino. En la pre-intervención, 82% reportaran deterioro en la memoria durante el último año. En la pos-intervención, los del CG1 y del CG2 mantuvieron los cambios en la memoria, mientras que los del GE mejoraron la cognición. Concluí-se que los talleres y conferencias produjeron mejora en la memoria de los ancianos en la funcionalidad y en la socialización/integración.