RESUMO Este artigo aprofunda a pesquisa atual sobre inovação por meio do estudo da relação entre “capacidade de inovação” e “desempenho geral” em empresas exportadoras. A partir das perspectivas da visão baseada em recursos (resource-based view – RBV) e capacidade dinâmica, examinamos os efeitos diretos e interativos de capacidades exploratórias e explorativas na inovação de produtos para os mercados externos e no desempenho geral da empresa (direta e mediada pela inovação de produto). Além disso, testamos o efeito moderador do dinamismo do mercado e o efeito de controle da variável tamanho de empresa sobre essas relações. Assim, a principal contribuição deste artigo é desenvolver e testar empiricamente um modelo conceitual original, pela combinação desses constructos em novos relacionamentos, em um país emergente. Esse modelo foi testado com dados de 498 empresas exportadoras brasileiras distribuídas em todos os setores industriais brasileiros, por tamanho de empresa e por Estados. A análise foi feita com a aplicação de modelagem de equações estruturais (structural equation modeling – SEM). Como resultado, encontramos suporte para as hipóteses de que as capacidades explorativas influenciam a inovação de produto e o desempenho global, ao passo que as capacidades exploratórias e sua interação com as explorativas influenciam o desempenho geral, mas não a inovação de produtos. Além disso, a relação entre as capacidades explorativas e o desempenho global é mediada pela inovação de produtos. Diferentemente do hipotetizado, o dinamismo do mercado não modera a relação entre inovação de produto e desempenho geral. Além disso, o tamanho da empresa atua como uma variável de controle das relações testadas. Quanto às implicações para a teoria, este estudo contribui para a compreensão de que capacidades explorativas influenciam o desempenho geral de uma empresa, tanto direta quanto indiretamente (via inovação de produto), e destaca os distintos efeitos diretos e mediadores de inovação no desempenho geral. Esses insights mostram a importância de considerar o papel das variáveis mediadoras e moderadoras nos modelos conceituais que avaliam os determinantes do desempenho global, evitando a superestimação da influência de determinados constructos. Por fim, o trabalho fornece suporte empírico original para a hipótese da interdependência entre inovações de produto para os mercados externos e o desempenho global.
ABSTRACT This article extends the current research on innovation by investigating the relationship between innovative capabilities and export firms’ overall performance. From the perspectives of the resource-based view (RBV) and dynamic capability, we examine the differential and interactive effects of exploration and exploitation capabilities in product innovation for external markets and overall performance (direct and mediated by a new product). In addition, we test the moderating effect of market dynamism and the controlling effect of firm size on these relationships. Hence, the main contribution of this article is developing and empirically testing an original model, by combining these constructs that address new relationships, in an emerging country. This model was tested with data from 498 Brazilian export firms, distributed throughout all Brazilian manufacturing sectors, by firm size, and in states. The analysis was made with application of the structural equation modeling (SEM). As a result, we found support for the assumptions that exploitation capabilities influence product innovation and overall performance, whereas exploration capabilities and their interaction to exploitation capabilities influence overall performance, but not product innovation. Additionally, the relationship between exploitation capabilities and overall performance is mediated by product innovation. Unlike hypothesized, market dynamism does not moderate the relationship between product innovation and overall performance. Furthermore, firm size works as a controlling variable in the relationships analyzed. Regarding the implications for theory, this study contributes to grasp that exploitation capabilities influences a firm’s overall performance, both directly and indirectly (via product innovation), and highlights the various direct and mediatory effects of innovation on overall performance. These insights show the importance of considering the role of mediating and moderating variables in theory and research models that address the determinants of overall performance to avoid overestimation of certain constructs. Finally, the paper provides original empirical support for the hypothesis of the interdependency of product innovations for external markets and overall performance.
RESUMEN En este artículo, se profundiza la investigación actual sobre la innovación a través del estudio de la relación entre la capacidad de innovación y desempeño general en las empresas exportadoras brasileñas. Desde las perspectivas de la visión basada en recursos (resource-based view – RBV) y capacidad dinámica, hemos examinado los efectos directos e interactivos de las capacidades de exploración y explotación en la innovación de productos a los mercados externos y el desempeño general de la empresa (directa y mediada por la innovación de productos). Además, hemos examinado el efecto moderador de la dinámica del mercado y el efecto de control de la variable tamaño de la empresa en estas relaciones. Por lo tanto, la principal contribución de este trabajo es el desarrollo y evaluación empírica de un modelo conceptual original, mediante la combinación de estos constructos en nuevas relaciones en un país emergente. Este modelo fue evaluado con datos de 498 empresas exportadoras brasileñas distribuidas en todos los sectores nacionales, por tamaño de la empresa y por estados. El análisis se realizó con la aplicación de modelos de ecuaciones estructurales (structural equation modeling – SEM). Como resultado, encontramos evidencias para aceptar las hipótesis de que la capacidad de explotación influencia la innovación de productos y el desempeño general, mientras que las capacidades de exploración y su interacción con las de explotación influencian el desempeño general, pero no innovación de productos. Además, la relación entre la capacidad de exploración y el desempeño general está mediada por la innovación de productos. De modo sorprendente, el dinamismo del mercado no modera la relación entre la innovación de productos y el rendimiento general. Además, el tamaño de la empresa actúa como una variable de control de las relaciones probadas. En términos de implicaciones para la teoría, este estudio contribuye a la comprensión de que las capacidades de explotación influyen en el desempeño general de una empresa, tanto directa como indirectamente (a través de la innovación de producto) y destaca los diferentes efectos directos e intermediarios de innovación en el desempeño general. Estas percepciones muestran la importancia de considerar el papel de las variables de mediación y moderadoras en los modelos conceptuales que evalúan los determinantes del desempeño general, evitando sobreestimación de la influencia de ciertas construcciones. Por último, el estudio proporciona una base empírica original para la hipótesis de la interdependencia entre innovaciones de productos a los mercados externos y el desempeño general.