JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Qualidade em anestesia e na satisfação dos pacientes têm tido acentuado destaque. O objetivo foi avaliar o atendimento anestésico de crianças e adolescentes, entrevistando seus responsáveis. MÉTODO: Foram entrevistados 230 responsáveis por crianças e adolescentes submetidos à anestesia no período compreendido entre abril e dezembro de 2003. Realizou-se entrevista na visita pós-operatória através de questionário com quatro itens: identificação das crianças e de adolescentes e seus responsáveis (item 1); esclarecimentos na visita pré-anestésica (item 2), quanto à anestesia (item 3) e à recuperação pós-anestésica (SRPA) (item 4), determinando-se quem dera as informações aos entrevistados e se houvera complicação no pós-anestésico. O responsável atribuiu nota de 0 a 10 ao Serviço de Anestesiologia. RESULTADOS: A pesquisa foi respondida pela mãe em 189 (82,2%) casos. A maioria dos entrevistados, 114 (75,6%), tinha entre 20 e 39 anos, era casada (148 a 64,3%) e 140 (60,9%) não tinham ocupação. Para 89%, o anestesiologista se identificou; para 37% e 77,4%, esclareceu sobre importância e tempo do jejum; 82%, sobre anemia; 90%, alergia; 46,8%, importância da SRPA; 42,2%, tempo de permanência; 72,9%, estado de saúde de sua criança. Não houve apreensões para 49%, 58% e 58%, respectivamente, no pré, intra e pós-anestésico. Gostariam de ter estado com sua criança/adolescente na chegada à SRPA 78,9%. Foram relacionadas preocupações no período pré, intra e pós-anestésico com o sexo e a idade do paciente - não ter tido nenhuma preocupação - maioria dos entrevistados - e com a escolaridade do entrevistado - quanto mais completa, menor foi o número e a variedade das preocupações relatadas. As notas atribuídas ao Serviço de Anestesiologia tiveram maior freqüência entre 7 e 10 (97,4%). CONCLUSÕES: Considera-se que o Serviço de Anestesiologia desenvolve bom trabalho, apesar de falhas na comunicação, que são de solução simples e dependem mais da vontade do serviço que de seu conhecimento científico.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Anesthetic quality and patients' satisfaction has been increasingly praised. Our objective was to evaluate anesthetic management of children and adolescents in our Hospital, by interviewing parents and/or tutors. METHODS: 230 parents or tutors of children and adolescents submitted to anesthesia in the period April-December 2003 were interviewed during the postoperative visit through a four-item questionnaire: children and adolescents and their parents or tutors identification (item 1); explanations during preanesthetic evaluation (item 2) about anesthesia (item 3) and post-anesthetic recovery (PACU) (item 4). Person informing respondents was identified and the presence of post-anesthetic complications made known. Respondents have scored the Anesthesiology Department from 0 to 10. RESULTS: Survey was answered by mothers in 189 (82.2%) of cases. Most respondents (114, 75.6%) were aged 20 to 39 years, were married (148, 64.3%), and 140 (60.9%) had no job. Anesthesiologists have introduced themselves to 89%; for 37% and 77.4% they have explained the importance and duration the fasting period; 82% were informed about anemia; 90% were informed about allergy; 46.8% were informed about PACU importance; 42.2% were explained about length of stay; 72.9% were informed about the health status of their children. There have been no concerns for 49%, 58% and 58%, respectively about pre, intra and post-anesthetic period; 78.9% would like to have been with their children at PACU arrival. Pre, intra and post-anesthetic concerns were related to patients' age and gender - no concern whatsoever for most respondents - and to respondents' education - the better the education the lower the number and diversity of reported concerns. Scores to the Anesthesiology department were mostly between 7 and 10 (97.4%). CONCLUSIONS: The Anesthesiology Department provides satisfactory services, in spite of communication failures, which are easy to solve and depend more on Department's willingness than on scientific knowledge.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Calidad en anestesia y satisfacción de los pacientes han tenido acentuado destaque. Nuestro objetivo fue evaluar el servicio anestésico de niños y adolescentes de nuestro Hospital, entrevistando sus responsables. MÉTODO: Fueron entrevistados 230 responsables de niños y adolescentes sometidos a la anestesia en el período comprendido entre abril y diciembre de 2003. Se realizó entrevista en la visita pos-operatoria a través de un cuestionario con cuatro partes: identificación de los niños y adolescentes y sus responsables (parte 1); aclaraciones en la visita pre-anestésica (parte 2), referente a la anestesia (parte 3) y a la recuperación pos-anestésica (SRPA) (parte 4), determinándose quien daría las informaciones a los entrevistados y se hubiese complicación en el pos-anestésico. El responsable atribuyó nota de 0 a 10 al Servicio de Anestesiología. RESULTADOS: La pesquisa fue respondida por la madre en 189 (82,2%) casos. La mayoría de los entrevistados, 114 (75,6%), tenía entre 20 y 39 años, era casada (148 a 64,3%) y 140 (60,9%) no tenían ocupación. Para 89%, anestesiologista se identificó; para 37% y 77,4%, aclaró sobre la importancia y tiempo del ayuno; 82%, sobre anemia; 90%, alergia; 46,8%, importancia de la SRPA; 42,2%, tiempo de permanencia; 72,9%, estado de salud de su niño. No hubo aprehensiones para 49%, 58% y 58%, respectivamente, en el pre, intra y pos-anestésico. Les gustaría haber estado con su niño/adolescente en la llegada a la SRPA, 78,9%. Fueron relacionadas preocupaciones en el período pre, intra y pos-anestésico con el sexo y la edad del paciente - no haber tenido ninguna preocupación - mayoría de los entrevistados - y con la escolaridad del entrevistado - cuanto más completa, menor fue el número y la variedad de las preocupaciones relatadas. Las anotaciones atribuidas al Servicio de Anestesiología tuvieron mayor frecuencia entre 7 y 10 (97,4%). CONCLUSIONES: Se considera que el Servicio de Anestesiología desarrolla un buen trabajo, a pesar de fallos en la comunicación, que son de fácil solución y dependen más de la voluntad del Servicio que de su conocimiento científico.