Resumo A análise da impedância bioelétrica (BIA) é considerada uma importante ferramenta para avaliar a composição corporal de diferentes animais de uma maneira rápida, não-destrutiva e de baixo custo. A espécie Sul-americana Steindachneridion scriptum, popularmente conhecida como suruvi, foi selecionada para este estudo. Foi utilizado um protocolo para produzir peixes com distintas composições corporais, permitindo a validação da BIA para análise adequada da composição corporal do suruvi. Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia com duas dietas diferentes: uma de baixo teor lipídico (8,90%) e outra de alto teor lipídico (18,68%). Essa diferença nas dietas possibilitou a produção de indivíduos com diferentes composições corporais. As leituras da BIA foram determinadas utilizando-se o equipamento Quantum X Bioelectrical Body Composition Analyzer. Duas leituras (dorsal e ventral) foram obtidas para cada peixe. Após as leituras, para cada peixe individualmente, a composição proximal dos peixes foi determinada. Todos os dados obtidos foram utilizados para estabelecer as equações de correlação entre as análises proximais e os valores da BIA. Fortes correlações foram encontradas para S. scriptum. As maiores correlações foram obtidas para as análises dorsais a seguir: umidade e resistência em série (R2 = 0,87); proteína e resistência em série (R2 = 0,87); cinzas e reactância em paralelo (R2 = 0,82). Pode-se concluir que o método BIA é eficiente em determinar a composição corporal do suruvi S. scriptum sem sacrificar o animal. No entanto, para expandir o uso desta nova tecnologia é necessário definir protocolos rigorosos para garantir estimativas precisas.
Abstract Bioelectrical impedance analysis (BIA) is regarded as an important tool for evaluating the body composition of different animals in a rapid, non-destructive, and low-cost manner. A South American fish species, Steindachneridion scriptum, known as suruvi, was selected for study in this investigation. A protocol to produce fish with different body composition was used to allow BIA to adequately predict the body composition of suruvi. The fish were fed twice each day with two different diets; a low lipid diet (8.90%), and a high lipid diet (18.68%). These dietary differences allowed suruvi specimens with different body compositions to be produced. The BIA readings were determined using a Quantum X Bioelectrical Body Composition Analyzer. Two readings (dorsal and ventral) were obtained for each fish. After BIA readings were obtained, the proximate composition of the fish bodies for each individual was determined. All of the study data were used to establish correlation equations between proximate analyses and BIA values. Strong correlations were found for S. scriptum. The highest correlations were obtained for the following pairs of quantities, using BIA data from dorsal readings: moisture and resistance in series (R2 = 0.87); protein and resistance in series (R2 = 0.87); and ash and reactance in parallel (R2 = 0.82). We conclude that BIA is an effective method in determining the body composition of S. scriptum without sacrificing the fish. However, to expand the use of this new technology it is important to define strict BIA protocols to guarantee accurate estimates.