A produção de soja no Brasil alcançou destaque na última década. Atualmente, o país configura-se como maior exportador e segundo maior produtor de soja no mundo. Porém, a expansão desse cultivo está sendo associada diretamente ao desmatamento da Floresta Amazônica. Sua cultura iniciou-se no sul do país e avançou para a região central, sobre o bioma do cerrado, expandindo-se, gradativamente, ao norte do Brasil, principalmente por meio de latifúndios monocultores e controlados por grandes empresas transnacionais. A área de avanço agrícola ao norte tem substituído o bioma local: a Floresta Amazônica, o que tem preocupado entidades públicas e privadas, em face do desmatamento exagerado e perda da biodiversidade. Este estudo analisa o avanço da cultura da soja no norte do estado de Mato Grosso, no período entre 1984 e 2009, por meio da interpretação de imagens de satélite, e sua relação com o desmatamento da Floresta Amazônica. Como resultado, apresentam-se três mapas de uso do solo da área de estudo. A análise dos mapas permitiu verificar que o desmatamento recente da floresta está sendo promovido pela atividade pecuária, e os solos descampados e erodidos do pasto têm sido usados para a cultura de soja. Ou seja, na área analisada, a soja estabelece-se em áreas antes degradadas pelo gado, e não diretamente sobre as áreas de floresta desmatada.
Brazil is the largest exporter and second largest producer of soybeans in the world. However, the increase in production has been directly associated to the deforestation of the Amazon Rainforest. This culture began in the South and moved toward the central region of the country, spreading gradually to its northern part. This growth was mainly based on monoculture properties controlled by large transnational corporations, and has replaced the local biome: the Amazon rainforest. Such fact has worried both public and private entities, since there has been an excessive deforestation and biodiversity loss. This study analyses the advance of soybean in the North of the Brazilian state of Mato Grosso, in the period 1984-2009, by means of satellite image interpretation. As a result, presents three maps of land use development in the area of study. It is noticed that the recent deforestation was due to the livestock activities and, afterwards, the eroded soil from the open fields and pastures were recovered with the soybean crops. In other words, in the analyzed area, soy plantations were not directly established over the deforested areas, but rather over areas previously degraded by livestock.
La producción de soja alcanzo gran destaque en la última década en Brasil. Actualmente, el país es el mayor exportador y el segundo mayor productor del mundo. Entretanto, la expansión de este cultivo es asociado directamente con el desmate de la Floresta Amazónica. Su cultura se inició en el sur del país y avanzó para la región central, sobre el bioma del cerrado, y se expande gradualmente, al norte del Brasil, principalmente a través de latifundios mono-cultores controlados por grandes empresas transnacionales. El avance agrícola al norte ha substituido el bioma local: La Floresta Amazónica, lo que preocupa las entidades públicas y privadas, frente al desmate exagerado y la pérdida de la biodiversidad. Esta investigación analiza el avance del cultivo de soja al norte del estado de Mato Grosso, en el período 1984-2009, a través de la interpretación de imágenes de satélite, y su relación con el desmate de la Floresta Amazónica. Como resultado, se presentan tres mapas de uso del suelo del área de estudio. El análisis de los mapas permiten verificar que el desmate reciente de la floresta ha sido promovido por la actividad pecuaria, y que los suelos descampados y erosionados han sido utilizados como cultivo de soja, que se establece en áreas antes degradadas por el ganado y no directamente sobre las áreas de floresta desmatada.