Devido às exigências de alguns importadores, por motivação cultural ou devido a zoonoses recém acontecidas na Europa, tem havido um direcionamento para fabricação de rações vegetais com base em milho e farelo de soja (FS). Esse direcionamento traz conseqüências na produção e por isso, objetivou-se avaliar a resposta de frangos de corte alimentados com dietas contendo farinhas de carne e ossos (FCO) e farinha de vísceras de aves (FV) e dietas contendo milho e FS. As dietas foram calculadas para conterem 3.050 e 3.150 kcal EM/kg de ração nas fases inicial e de crescimento, respectivamente, e com os demais nutrientes calculados para atenderem às exigências das aves. A substituição de ingredientes foi testada variando-se os níveis de proteina nas fases inicial e de crescimento respectivamente, da seguinte forma: 1. Dieta com inclusão de 4% de FCO suína e 3% de FV, calculada por proteína ideal, com 22% (inicial) e 20 % de PB (crescimento); 2. Dieta semelhante à dieta 1, sem farinhas de origem animal, formulada a base de milho e FS, com PB e lisina digestível semelhantes à dieta 1; 3. Dieta semelhante à dieta 2, com 23% (inicial) e 21% de PB (crescimento) e lisina digestível semelhante a dieta 1; 4. Dieta semelhante à dieta 2, com 24% (inicial) e 22% de PB (crescimento) e lisina digestível 6% e 5% superiores à dieta 1. Houve diminuição significativa da matéria seca da cama das aves devido à presença de ingredientes exclusivamente vegetais e aumento do teor de proteína das dietas (P<0,0002), sendo que as fêmeas apresentam maior teor de matéria seca das camas do que os machos (P<0,0003). O desempenho das aves alimentadas com proteína de origem vegetal foi superior ao de dietas contendo proteína animal; porém, em geral, é maior o custo de dietas exclusivamente vegetais. Nas dietas de origem vegetal, a dieta 4, com níveis superiores de aminoácidos, proporcionou melhor desempenho (P<0,0002), não havendo resposta ao aumento apenas da PB. Não houve diferença nos cortes da carcaça devida às fontes protéicas (P>0,05); havendo, porém, maior peso dos pés (P<0,01) nas dietas com menor porcentagem de matéria seca da cama de aviário.
The demand of some importers due to cultural reasons or to zoonosis that recently emerged in Europe, there has been a trend to manufacture vegetable feeds based on corn and soybean meal (SBM). This influences live production, and therefore, this study aimed at evaluating the response of broilers fed diets containing either meat and bone meal (MBM) and offal meal (OM), or vegetable diets based on corn and SBM. Diets were calculated to supply 3050 and 3150 kcal ME/kg for the starter and grower phase, respectively, as well as to supply the requirements for all the other nutrients. The following treatments were tested: 1. Diet with inclusion of 4% swine MBM and 3% OM, calculated on Ideal Protein basis, containing 22% and 20% CP in the starter and grower phase, respectively; 2. Diet similar to 1, with no inclusion of animal meals, based on corn and SBM (similar CP and Digestible Lysine as to diet 1); 3. Diet similar to 2, but with 23% and 21% CP (Digestible Lysine similar to diet 1); Diet similar to 2, but with 24% and 22% CP (Digestible Lysine 6% and 5% higher than in diet 1). Dry matter content of the litter of birds fed exclusively vegetable ingredients and higher protein levels significantly deceased (P<0.0002), and it was higher in females as compared to males (P<0.0003). The performance of birds fed vegetable diets was better than of those fed diets containing animal protein. However, the cost of exclusively vegetable diets is higher. Diet 4, a vegetable diet with higher amino acid levels, promoted the best performance (P<0,0002), but there was no response to the increase of only CP. There was no difference in carcass cuts due to protein sources (P>0.05), but the feet weight was higher (P<0.01) in birds with lower dry matter content in the litter