OBJETIVO: Verificar a associação entre o conhecimento da Aids, atividade sexual e condições sociodemográficas em idosos participantes de programa de educação permanente de Universidade do Nordeste do Brasil. MÉTODO: Estudo transversal, realizado de março a julho de 2006, com amostra equivalente a 165 idosos, selecionados por amostragem casual simples. A coleta dos dados foi feita mediante entrevista semiestruturada. A variável dependente - conhecimento da Aids - incluiu conceito da doença, prevenção, transmissão, agente etiológico, existência de tratamento e impossibilidade de cura. Dados sociodemográficos e atividade sexual corresponderam às variáveis independentes. Na análise estatística utilizou-se o programa SPSS, versão 13.0, com aplicação dos testes de independência X² de Pearson e o X² de Kendall, adotando-se o valor de p<0,05 para a rejeição da hipótese nula. RESULTADOS: As respostas incompletas e incoerentes quanto ao conhecimento e transmissão corresponderam a 71,5% e 52,7%, respectivamente. O uso do preservativo foi citado por 56,9% como meio de prevenção, e 66% referiram existir tratamento e 66,7%, ausência de cura para a doença. O agente etiológico foi identificado por 64%. Quanto aos dados sociodemográficos e atividade sexual; idade 59,3% (60-69 anos), escolaridade 72% (mais de nove anos de estudo), estado civil 34,5% (casados), renda 45,5% (2-4 salários mínimos), 24,8% com atividade sexual. Verificada associação significante (p<0,01) entre o conhecimento da Aids e a escolaridade. CONCLUSÕES: Ainda que os resultados não possam ser extrapolados para a população idosa em geral, pode-se supor que o nível de conhecimento sobre a Aids ainda é precário, destacando-se a importância da escolaridade.
PURPOSE: To verify the association between knowledge of Aids, sexual activity and social-demographic conditions in aged participants of a permanent education program at Brazil Northeast University. METHOD: Cross-sectional study, carried through from March to July 2006, included a sample of 165 aged people, by a simple non randomized sampling. Data collection was made with a half-structuralized interview. Aids knowledge was the dependent variable and included concept of illness, prevention, transmission, etiological agent, existence of treatment and cure impossibility. Socio-demographic data and sexual activity corresponded to the independent variable. For statistical analysis, with SPSS software, version 13.0, Pearson independence X² test and Kendall X² test were performed, adopting p< 0.05 for rejection of null hypothesis. RESULTS: Incomplete or incoherent answers of Aids knowledge and transmission corresponded to 71.5% and 52.7%, respectively. Condom use for prevention was reported by 56,9%, approximately 66% referred treatment existence for Aids and 66.7%, absence of cure. The etiological agent was identified by 64%. Socio-demographic data and sexual activity data were: age 59.3% (60-69 years), schoolarship 72% (more than 9 years of study), civil status 34.5% (married), income 45.5% (2-4 minimum wages), 24.8% with sexual activity. There was significant association (p< 0.01) between Aids knowledge and scholar level. CONCLUSIONS: Although these results cannot be generalized for the aged population, one can assume that level of knowledge on Aids is still precarious and distinguished by scholar level.