Com o crescente interesse da literatura econômica sobre o ativismo do governo, percebe-se que este passa a influenciar a atividade produtiva e econômica no Brasil de maneira mais intensa (Fucs & Coronato, 2011). Sob a ótica da teoria da estratégia política corporativa, o principal objetivo deste trabalho é analisar a estrutura de propriedade com participação societária do governo nas empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, no período de 1999 a 2010. O estudo explora a presença do governo em diversas esferas, sendo elas federais, estaduais e municipais nas estruturas de propriedade das empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, o que demonstra seu ineditismo em relação a outros estudos no país. Considera duas formas de identificação do governo como acionista: direta (empresas públicas, empresa estatais, autarquias federais, bancos de desenvolvimento nacional ou regional, fundos de desenvolvimento social e fundos de participação social) e indireta (fundos de pensão de empresas públicas e estatais), segregando-as em participação majoritária ou minoritária. Entre os principais resultados encontrados, primeiramente se confirmou o pressuposto de estudos anteriores, que investigam a estrutura de propriedade no Brasil, de que a maioria das empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa possui estrutura de propriedade concentrada, indicando a existência da figura de um acionista majoritário. Foi encontrado que em média o maior acionista possui 62,77% do capital votante, e 49,78 do capital total das empresas. Também os resultados encontrados indicam que o governo, quando compõe a estrutura de propriedade das firmas, tem participação relevante na economia, chegando a participar diretamente em 13,71% das empresas abertas negociadas na BM&FBovespa, sendo que nos últimos 12 anos possuiu, em média, 49,72% das ações com direito a voto e 39,01% do total de ações de cada empresa, o que indica que o governo controla as empresas quando está diretamente envolvido com elas. Assim, é perceptível que o governo ao mesmo tempo diversifica suas relações societárias em setores, pois não está concentrado apenas em poucos deles, e está presente em todos os setores da economia em diferentes níveis de atuação.
With the growing interest in the economic literature on government activism, one realizes that the government starts to influence the economic and productive activity in Brazil more intensely (Fucs & Coronato, 2011). From the perspective of the theory of corporate political strategy, the main objective of this work is to analyze the structure of ownership with government shareholding in Brazilian companies listed on the BM&FBovespa, on the period 1999-2010. The study ex-plores the government´s presence in various spheres which they federal, state and municipal structures owned Brazilian companies listed on the BM&FBovespa, which demonstrates its uniqueness in relation to other studies in the country. Considers two forms of government identification as a shareholder: direct (public companies, state-owned company, federal authorities, national development banks or regional development funds and social funds social participation), indirect (pension funds by state-owned enterprises), segregating in the majority or mi-nority stake. Among the main results, first confirmed the assumption of previous studies that investigate the ownership structure in Brazil, that the majority of Brazilian companies listed on the BM&FBovespa have the concentrated structure of ownership, indicating the presence of the figure of a controlling shareholder, in which it was found that on average the largest shareholder owns 62.77% of the voting capital and 49.78 of the total capital of the company. Also the results indicate that the government, when you compose the ownership structure of firms has a significant share in the economy, even participated directly 13.71% of public companies traded on the BM&FBovespa. Since past 12 years, he owned on average 49.72% of the shares with voting rights and 39.01% of the total shares of each company, indicating that the government controls the companies when directly involved with them. So noticeable that while the government diversifies its corporate relations in sectors as this is not only concentrated in a few sectors, most is present in all sectors of the economy at different levels of performance.
Con el creciente interés en la literatura económica sobre el activismo del gobierno, uno se da cuenta de que el gobierno comienza a influir en la actividad económica y productiva en Brasil con más intensidad (Fucs & Coronato, 2011). Desde la perspectiva de la teoría de la estrategia política corporativa, el principal objetivo de este trabajo es analizar la estructura de la propiedad, con participación del gobierno en las empresas brasileñas que cotizan en la BM&FBovespa, en el período 1999-2010. El estudio analiza la presencia del gobierno en diversas esferas las que las estructuras federales, estatales y municipales poseían las empresas brasileñas que cotizan en la BM&FBovespa, lo que demuestra su singularidad con respecto a otros estudios realizados en el país. Considera dos formas de identificación del gobierno como accionista: directa (empresas públicas, empresa estatales, autarquías federales, bancos de desarrollo nacional o regional, fondos de desarrollo social y fondos de participación social), indirecta (hondos de pensión de empresas públicas y estatales), las segregando en participación mayoritaria o minoritaria. Entre los principales resultados, se confirmó lo presupuesto de estudios anteriores que investigan la estructura de propiedad en Brasil, que la mayoría de las empresas brasileñas que cotizan en la BM&FBovespa tiene la estructura de propiedad concentrada, lo que indica la presencia de la figura de un accionista de control, en el que se encontró que en promedio, el mayor accionista posee 62,77 % del capital votante y el 49,78% del capital total de la empresa. También los resultados indican que el gobierno, al componer la estructura de propiedad de las empresas, tiene una participación importante en la economía, legando a participar directamente en 13,71% de las empresas abiertas negociadas en la BM&FBovespa. Desde los últimos 12 años, era dueño de un promedio 49,72% de las acciones con derecho a voto y el 39,01% del total de acciones de cada empresa, lo que indica que el gobierno controla las empresas cuando participan directamente en ellos. Tan notable que mientras el gobierno diversifica sus relaciones empresariales en sectores como esto no sólo se concentra en unos pocos sectores, la mayoría está presente en todos los sectores de la economía en los diferentes niveles de rendimiento.