OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade protéica da linhaça quando usada nas fases de crescimento e manutenção em ratos. MÉTODOS: Na primeira etapa utilizaram-se 18 Rattus norvegicus, Wistar, fêmeas, recém-desmamadas, recebendo água e ração à vontade. Estas foram distribuídas em 3 grupos (n=6): grupo linhaça - com dieta à base de linhaça, grupo controle - com dieta à base de caseína, grupo controle modificado - com dieta à base de caseína, com maior concentração de fibras e óleo. Na segunda etapa (após 28 dias de experimento) a dieta do grupo linhaça foi modificada, acrescentou-se 5,4% de caseína. Os demais grupos permaneceram com as mesmas dietas. Todas eram isoenergéticas e continham 10% de proteína. Os animais foram acompanhados até 180 dias de vida. Foram determinados o quociente de eficiência protéica e a albumina nas duas fases do experimento. RESULTADOS: Na primeira etapa, o grupo linhaça obteve quociente de eficiência protéica (0,8, DP=0,05) significantemente menor que o grupo controle (2,3, DP=0,1) e o controle modificado (2,3, DP=0,2). A concentração de albumina do grupo linhaça (3,0, DP=0,04g/dL) foi menor (p<0,01) que a do grupo controle (3,9, DP=0,06g/dL) e a do controle modificado (3,9, DP=0,01g/dL). Já na segunda etapa, o grupo linhaça modificado (1,2, DP=0,1) obteve maior (p<0,01) quociente de eficiência protéica que grupo controle (0,9, DP=0,02) e o controle modificado (0,9, DP=0,05). Não houve diferença significante no teor de albumina entre os grupos, caracterizando a recuperação da desnutrição. CONCLUSÃO: Conclui-se que a linhaça não deve ser utilizada como fonte exclusiva de proteína, principalmente na fase de crescimento.
OBJECTIVE: This experiment tested the protein quality of flaxseed when used for the growth and maintenance of rats. METHODS: In the first phase, 18 just-weaned female Wistar rats (Rattus norvegicus), receiving water and chow ad libitum, were divided into three groups (n=6): the flaxseed group received a flaxseed-based diet; the control group received a casein-based diet; and the modified control group received a casein-based, high-fiber, high-oil diet. In the second phase (28 days later), 5.4% of casein was added to the flaxseed-based diet. The diets of the other groups remained unchanged. All animals received isocaloric diets with 10% protein content until they were 180 days old. Protein efficiency ratio and albumin concentration was determined in the 2 phases of the experiment. RESULTS: In the first phase, the protein efficiency ratio of the flaxseed group (0.8, SD=0.05) was significantly lower than those of the control group (2.3, SD=0.1) and modified control group (2.3, SD=0.2). The albumin concentration of the flaxseed group (3.0, SD=0.04g/dL) was smaller (p<0.01) than those of the control group (3.9, SD=0.06g/dL) and modified control group (3.9, SD=0.01g/dL). In the second phase, protein efficiency ratio of the modified flaxseed group (1.2, SD=0.1) was higher (p<0.01) than those of the control group (0.9, SD=0.02) and modified control group (0.9, SD=0.05). Albumin concentration was similar in all groups, characterizing recovery from malnutrition. CONCLUSION: In conclusion, flaxseed should not be used as an exclusive source of protein, especially during growth.