Neste debate, historiadores latino-americanos comparam a pandemia de gripe de 1918-1919 com a que varre o continente em 2009, sobretudo as experiências de México, Argentina e Brasil. Analisam as estratégias adotadas nos dois momentos, com ênfase em isolamento, vigilância em portos e aeroportos, intervenções nas cidades. Comparam a atuação dos Estados nacionais e governos locais, a posição dos médicos e dos meios de comunicação e o comportamento das populações, especialmente no tocante ao medo e à morte. Analisam o desempenho das estruturas de assistência às populações e as medidas terapêuticas e profiláticas recomendadas por órgãos públicos de saúde, por interesses privados ligados à venda de medicamentos e pelas medicinas populares e caseiras. O debate trata, ainda, da influência que a experiência de 1918 teve sobre as avaliações da crise atual, bem como do legado que deixará para o futuro.
In this debate, Latin American historians compare the 1918-1919 flu pandemic with the one sweeping the continent in 2009, focusing especially on the experiences in Mexico, Argentina, and Brazil. They analyze the strategies adopted on both occasions, above all isolation measures, port and airport surveillance, and urban interventions. Comparisons are drawn between the actions of federal and local governments, positions taken by doctors and the media, and people's behavior, particularly regarding fear and death. The debaters also analyze the performance of assistance structures, the treatment and prevention measures recommended by public health agencies and private groups with a vested interest in drug sales, and popular and home remedies. The debate extends to how the 1918 experience has influenced the evaluation of today's crisis and what legacy it may leave behind.