CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 80 transplantes cardíacos realizados no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) no período de novembro de 1991 a agosto de 2000. Houve predomínio do sexo masculino em 70% dos casos e a idade variou de 7 a 69 anos, com média de 44,8 anos. Doze (15%) pacientes se encontravam em prioridade, em uso de drogas inotrópicas endovenosas no momento do transplante. As etiologias determinantes da insuficiência cardíaca congestiva grave foram: miocardiopatia dilatada idiopática em 37,5%, miocardiopatia isquêmica em 33,75%, miocardiopatia chagásica em 17,5% e outras causas em 11,25%. Foram realizados 78 transplantes ortotópicos e 2 heterotópicos. A técnica empregada foi bicaval/bipulmonar em 63,75%, atrial em 27,5%, bicaval/unipulmonar em 6,25% e heterotópico em 2,5%. A mortalidade hospitalar (30 dias) foi de 18,75%. RESULTADOS: A sobrevida para o transplante ortotópico em um ano foi de 72,7%, em cinco anos 61,5% e em sete anos 56,4%. A sobrevida após o transplante foi correlacionada com as variáveis idade, causa de óbito e sexo do doador, e pelo transplante ter sido ou não a primeira cirurgia cardíaca do paciente.
From November 30, 1991 to August 31, 2000, 80 cardiac transplants have been analyzed retrospectively at Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Seventy percent of the recipient were male, and the recipient average was 44.8 years(range: 7 to 69 years). Twelve patients(15%) were considered priority, receiving inotropic drug support at the moment of transplantation. The diagnosis of the recipients included primary dilated cardiomiopathy (37.5%), ischemic cardiomiopathy (33.75%), cardiomiopathy by Chagas disease (17.5% ) and others (11.25%). Seventy eight transplants were orthotopic, and two heterotopic. Surgical technique used was bicaval/bipulmonar (63.75%), atrial (27.5%), bicaval/unipulmonar (6.25%) and heterotopic (2.5%). The 30 day mortality for all patients was 18.75%. The survival after orthotopic transplant in one year was of 72.7%; in five years was 61.5%, and in seven years was of 56.4%. The survival after transplant was related to the following variables: age, cause of death and sex of the donor, and wheter the transplant was or not the patient's first cardiac surgery .