RESUMO O objetivo deste trabalho foi determinar o potencial de diferentes doses do extrato da alga marinha Ascophyllum nodosum (AN), do fosfito de potássio (FP), do óleo de nim (ON) e do extrato pirolenhoso (EP), todos produtos naturais disponíveis comercialmente, em induzir o acúmulo de fitoalexinas em cotilédones de soja e mesocótilos de sorgo. Foram utilizadas 5 doses para cada produto, sendo: 0,0, 0,1, 0,2, 0,3 e 0,4 mL/L para o FP e 0,0, 0,1, 0,3, 0,5 e 1,0 mL/L para os demais. Além destes, o tratamento com o acibenzolar-S-metílico (ASM) serviu de controle positivo. A análise de variância demonstrou que todos os produtos testados foram eficientes em induzir fitoalexinas em cotilédones de soja e mesocótilos de sorgo, com destaque especial para o AN que, nas duas maiores doses, diferiu significativamente tanto da dose zero quanto do controle positivo. Além disso, o AN foi, numericamente, superior aos demais produtos. O aumento progressivo das doses resultou em aumentos também progressivos de fitoalexinas em soja e em sorgo, demonstrando alta correlação do ‘fator dose’ com a quantidade de fitoalexina produzida. Esses resultados apontam para a possibilidade de utilização desses produtos como componentes bastante promissores no manejo integrado de doenças de plantas.
ABSTRACT The aim of this study was to determine the potential of different concentrations of Ascophyllum nodosum marine algae extract (AN), potassium phosphite (PF), neem oil (NO) and pyroligneous extract (EP), all commercially available natural products, to induce phytoalexin accumulation in soybean cotyledons and sorghum mesocotyls. Five different concentrations were used for each product, as follows: 0.0, 0.1, 0.2, 0.3 and 0.4 mL/L for PF and 0.0, 0.1, 0.3, 0.5 and 1.0 mL/L for the remaining products. In addition, treatment with acibenzolar-S-methyl (ASM) served as a positive control. Analysis of variance showed that all tested products were effective in inducing phytoalexins in soybean cotyledons and sorghum mesocotyls, specially AN which, at the two highest concentrations, significantly differed from both the concentration zero and the positive control. Moreover, AN was numerically superior to the other products. The progressive increase in concentrations also resulted in progressive phytoalexin increases in soybean and sorghum, showing high correlation of the ‘concentration factor’ with the amount of produced phytoalexin. These results point out to the possibility of using these products as promising components in the integrated management of plant diseases.