Abstract This article seeks to understand how Kandandu, as an expression of Black people’s right to the city, was consolidated as a landmark of Belo Horizonte’s Carnival, as a place of recognition and inclusion of Black people. Kandandu is the event that brings Belo Horizonte’s Afro blocks together and opens the city's Carnival festivities. For the development of the present research, a contextualization of the capital of Minas Gerais was carried out, highlighting aspects of the socio-spatial segregation that dates back to the city’s origin, supported by a theoretical framework that contemplates the dimensions of space, segregation, culture and politics. The ethnographic research regarding two Afro blocks, Angola Janga and Magia Negra (Black Magic), was used herein along with interviews and documentary research to understand the establishment of Kandandu. The results indicate that the Carnival, specifically the performance of Belo Horizonte’s Afro blocks, notwithstanding its playful and spectacle dimension, is guided by the endeavor to acknowledge and empower Black lives, as well as to promote the city's occupation, especially the central region, by historically excluded communities and groups, in a culture-making and city-making process that is embodied by Kandandu. peoples people s city Horizontes Horizonte citys festivities out sociospatial socio spatial origin space politics Magic, Magic , Magic) dimension lives occupation region groups culturemaking making citymaking
Resumo O objetivo deste artigo é compreender de que forma o Kandandu, enquanto expressão do direito dos Negros à cidade, se consolidou como marco do Carnaval de Belo Horizonte, como um lugar de valorização e inclusão da negritude. O Kandandu é o evento que agrega os blocos Afro de Belo Horizonte e abre as festividades de Carnaval da cidade. Ao desenvolver a presente pesquisa, foi realizada uma contextualização da capital mineira, destacando os aspectos de segregação socioespacial que remontam a sua origem, respaldada em um arcabouço teórico que contempla dimensões de espaço, segregação, cultura e política. Recorre-se aqui à etnografia, entrevistas e à pesquisa documental para compreender o processo de constituição do Kandandu a partir de dois blocos Afro: Angola Janga e Magia Negra. Os resultados indicam que o Carnaval, especificamente a atuação dos blocos Afro de Belo Horizonte, para além de suas dimensões lúdica e do espetáculo, se norteia pela luta em torno da valorização dos Negros e da ocupação da cidade, em especial da região central, por comunidades e grupos historicamente excluídos, em processos de fazer cultura e de fazer cidade materializados pelo Kandandu. negritude mineira origem espaço política Recorrese Recorre etnografia Negra espetáculo central excluídos