O presente trabalho tem como propósito situar o problema da causação mental dentro do debate contemporâneo em filosofia da mente. A partir dos trabalhos de autores como Smart, Putnam, Davidson e, principalmente Kim, delinearemos as mais importantes tentativas de solução do problema desde fins da década de cinqüenta. Defenderemos que a teoria da identidade, o funcionalismo e o monismo anômalo não se mostraram alternativas viáveis para o amelhoramento de nosso entendimento de como propriedades, ou tipos, mentais podem ter poder causal em um mundo físico. Concluiremos, por fim, que nem mesmo a superveniência mente-corpo, assim como indicado nos mais recentes trabalhos de Kim, foi capaz de oferecer uma saída satisfatória ao problema, colocando-nos assim diante de um impasse: abraçamos um projeto reducionista ou aceitamos o epifenomenismo do mental. Não apresentaremos uma defesa do projeto reducionista, porém sugeriremos que este nos parece menos problemático do que a alternativa epifenomenista.
This paper aims at generally situating the issue of mental causation in the contemporary debate in the philosophy of mind. From the work of authors such as Smart, Putnam, Davidson and, more importantly, Kim, I shall try to delineate what came to be known, since the fifties, as the main efforts to solve the problem of mental causation. In consonance with Kim's work, I shall claim that the type-type identity theory, functionalism, and anomalous monism, in general, are not easily understood as viable positions to increase our understanding of how mental properties, or types, may be seen to have causal potency in a physical world. I shall conclude that since the relation of supervenience does not offer us a legitimate solution to the problem, as indicated by Kim's most recent work, we are left with two stunning options: mind-body reductionism or epiphenomenalism. I shall choose none, although I suggest reductionism to be less problematic.