Resumo Os visitantes florais são animais que buscam, nas flores, recursos para si ou para sua prole. Às vezes uma mesma planta pode receber um espectro grande de visitantes, como é o caso de espécies cujas flores oferecem muito néctar. Porém, nem todo visitante floral realiza a polinização. Para ser um polinizador efetivo é necessário cumprir alguns requisitos, como: contato com a antera e o estigma, frequência de visita suficiente, fidelidade floral e a realização de uma rota adequada de visitação. Em muitos trabalhos sobre a estrutura de comunidades e, principalmente, sobre a rede trófica (ex. animal-planta), os autores adotam o termo polinizador para todo e qualquer visitante floral, categorizando-os com o mesmo papel e função para a planta. Neste trabalho, relatamos casos de visitantes florais que são polinizadores legítimos e efetivos, dos quais a planta depende de seu serviço para produção de frutos e sementes, distinguindo-os daqueles visitantes que não efetuam a polinização, ou não se tem certeza que o façam. Assim, espera-se ilustrar as diferenças, dando à devida importância e o peso correto para os muitos visitantes. Utilizamos abelhas como modelo, mas a idéia pode ser extrapolada para qualquer outro grupo de polinizador.
Abstract Flower visitors are animals that generally seek resources in flowers for themselves or their offspring. Sometimes the same plant may receive a broad spectrum of visitors, such as nectar species. However not all floral visitors complete pollination. To be an effective pollinator is necessary to fulfill some requirements, such as: contact with the anther and stigma, enough frequency of visits, fidelity to the plant, and the realization of a suitable route of visitation. In many works on the structure of communities and especially of food webs (animal-plant), the authors adopt the term pollinator for each and every flower visitor categorizing them with the same role and function for the plant. In this work we report cases of floral visitors who are legitimate and effective pollinators of which the plant depends on its service for the production of fruits and seeds, distinguishing them from those visitors who do not pollinate, or are not sure to do so. Thus, it is expected to illustrate the differences, giving due importance and the correct weight for the many visitors. We used bees as a model, but the idea can be extrapolated to any other pollinator group.