Resumo Nosso texto tem por alvo interrogar a dinâmica de funcionamento do sistema prisional de Pernambuco. Para tanto, utilizando a cartografia como estratégia metodológica e o ensaio como política narrativa, trabalhamos a construção do texto a partir de cenas analisadoras. Estas colocam em análise o cotidiano prisional e as forças que neste território atuam produzindo um cenário de violências, violações de direitos e vidas descartáveis. Por fim, sem a pretensão de apontar modos de atuar no sistema prisional, entendemos o cuidado como potente estratégia micropolítica de produção de resistências. Através de práticas de cuidado, apostamos em intervenções que, mesmo ao se darem em instituições que alimentam práticas que segregam, violentam e fabricam mortes, possam ensejar brechas para a emergência de processos de singularização a ventilar vidas, isto é, tornar possível a construção de linhas de fuga no modo de funcionar deste enorme “moinho de gastar gente” que é o sistema prisional brasileiro.
Abstract Our text aims to interrogate the dynamics of the prison system in Pernambuco. For this, using cartography as a methodological strategy and the essay as narrative politics, we work on the construction of the text from analyzing scenes. These, analyze the daily prison and the forces that act in this territory producing a scene of violence, violations of rights and disposable lives. Finally, without the pretense of pointing to ways of acting in the prison system, we understand care as a potent micropolitical strategy for the production of resistances. Through care practices, we focus on interventions that, even when they occur in institutions that feed practices that segregate, violate and manufacture deaths, we can create loopholes for the emergence of singularization processes to ventilate lives, that is, to make possible the construction of escape routes in the way of functioning of this enormous “mill to spend people” that is the Brazilian prison system.
Resumen Nuestro texto tiene por objetivo interrogar la dinámica de funcionamiento del sistema penitenciario de Pernambuco. Para ello, utilizando la cartografía como estrategia metodológica y el ensayo como política narrativa, trabajamos la construcción del texto a partir de escenas analizadoras. Estas, ponen en análisis el cotidiano prisional y las fuerzas que en este territorio actúan produciendo un escenario de violencias, violaciones de derechos y vidas desechables. Por último, sin la pretensión de apuntar modos de actuar en el sistema penitenciario, entendemos el cuidado como una potente estrategia micropolítica de producción de resistencias. A través de prácticas de cuidado apostamos en intervenciones que, aun al darse en instituciones que alimentan prácticas que segregan, violan y fabrican muertes, podamos dar brechas para la emergencia de procesos de singularización a ventilar vidas, es decir, hacer posible la construcción de líneas de fuga en el modo de funcionamiento de este enorme “molino de gastar gente” que es el sistema prisional brasileño.