OBJETIVO:Determinar a prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária (AVD) em adolescentes escolares do sexo feminino.MÉTODOS:Estudo descritivo transversal realizado com 228 adolescentes do sexo feminino matriculadas em uma escola pública do município de Petrolina, PE, com idades de dez a 19 anos. Empregou-se um questionário estruturado autoaplicado com questões acerca dos dados sociodemográficos, ocorrência de cefaleia e suas características. Classificaram-se as cefaleias segundo os critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia. Utilizou-se o teste do qui-quadrado para verificar possíveis associações e adotou-se um nível de significância de p<0,05.RESULTADOS: Após a exclusão de 24 questionários devido ao não preenchimento dos critérios de inclusão, analisaram-se 204 questionários. A idade média das adolescentes foi de 14,0±1,4 anos. A prevalência de cefaleia foi de 87,7%. Das adolescentes com cefaleia, 0,5% apresentaram migrânea sem aura menstrual pura; 6,7%, migrânea sem aura relacionada à menstruação; 1,6%, migrânea sem aura não relacionada à menstruação; 11,7%, cefaleia tensional e 79,3%, outras cefaleias. Encontraram-se associações significativas entre intensidade da dor e as variáveis: absenteísmo (p=0,001); interferência nas AVD (p<0,001); uso de medicamentos (p<0,001); idade (p=0,045) e procura médica (p<0,022).CONCLUSÕES: A prevalência de cefaleia verificada neste estudo foi elevada nas adolescentes, com impacto negativo sobre as AVD e a vida escolar.
OBJECTIVE: To describe the prevalence of headache and its interference in the activities of daily living (ADL) in female adolescent students.METHODS: This descriptive cross-sectional study enrolled 228 female adolescents from a public school in the city of Petrolina, Pernambuco, Northeast Brazil, aged ten to 19 years. A self-administered structured questionnaire about socio-demographic characteristics, occurrence of headache and its characteristics was employed. Headaches were classified according to the International Headache Society criteria. The chi-square test was used to verify possible associations, being significant p<0.05.RESULTS: After the exclusion of 24 questionnaires that did not met the inclusion criteria, 204 questionnaires were analyzed. The mean age of the adolescents was 14.0±1.4 years. The prevalence of headache was 87.7%. Of the adolescents with headache, 0.5% presented migraine without pure menstrual aura; 6.7%, migraine without aura related to menstruation; 1.6%, non-menstrual migraine without aura; 11.7%, tension-type headache and 79.3%, other headaches. Significant associations were found between pain intensity and the following variables: absenteeism (p=0.001); interference in ADL (p<0.001); medication use (p<0.001); age (p=0.045) and seek for medical care (p<0.022).CONCLUSIONS: The prevalence of headache in female adolescents observed in this study was high, with a negative impact in ADL and school attendance.
OBJETIVO:Determinar la prevalencia de cefalea y su interferencia en las actividades de vida diaria (AVD) en adolescentes escolares del sexo femenino.MÉTODOS: Estudio descriptivo transversal realizado con 228 adolescentes del sexo femenino matriculadas en una escuela pública del municipio de Petrolina, Pernambuco, con edades de 10 a 19 años. Se empleó un cuestionario estructurado autoaplicado con cuestiones sobre los datos sociodemográficos, ocurrencia de cefalea y sus características. Se clasificaron las cefaleas según los criterios de la Sociedad Internacional de Cefalea. Se utilizó la prueba del chi-cuadrado para verificar posibles asociaciones y se adoptó un nivel de significancia de p<0,05.RESULTADOS: Después de la exclusión de 24 cuestionarios debido a que no se rellenaban los criterios de inclusión, se analizaron 204 cuestionarios. El promedio de edad de las adolescentes fue de 14,0±1,4 años. La prevalencia de cefalea fue de 87,7%. De las adolescentes con cefalea, 0,5% presentaron migraña sin aura menstrual pura; 6,7%, migraña sin aura relacionada a la menstruación; 1,6%, migraña sin aura no relacionada a la menstruación; 11,7%, cefalea transicional y 79,3%, otras cefaleas. Se encontraron asociaciones significativas entre la intensidad del dolor y las variables: absentismo (p=0,001); interferencia en las AVD (p<0,001); uso de medicamentos (p<0,001); edad (p=0,0045) y busca por médico (p<0,022).CONCLUSIONES: La prevalencia de cefalea verificada en este estudio fue elevada en las adolescentes. Resulta claro el impacto negativo de este síntoma sobre las AVD y la vida escolar, habiendo necesidad de estudios futuros sobre el tema.