Resumo Devido ao aumento da incidência da radiação ultravioleta na superfície da Terra causada pelo esgotamento do ozônio estratosférico, a pele humana se torna mais suscetível à danos, como eritema, queimaduras solares e câncer, principalmente em países tropicais. Assim, em todo o mundo os esforços de conscientização estão aumentando, assim como o uso de produtos de proteção solar. No entanto, filtros UV sintéticos têm sido associados a efeitos deletérios, como a fotossensibilização. Os produtos de origem natural foram usados por culturas antigas para diversos fins, incluindo a proteção da pele contra a radiação solar. Contudo, até hoje há uma dúvida se é uma fotoproteção real ou apenas um simples bronzeamento da pele. O fato é que as espécies vegetais apresentam mecanismos de autoproteção e produzem metabólitos secundários para se proteger da radiação UV. Porém, as substâncias de origem vegetal podem proteger a pele humana? A presente revisão discute o efeito paradoxal dos filtros químicos UV e a influência dos metabólitos secundários de origem vegetal nos testes de fotoproteção in vitro e in vivo.
Abstract Due to increased UV radiation on the Earth’s surface, caused by depletion of the stratospheric ozone, people have become more susceptible to different types of skin damage, such as erythema, sunburns, and cancer; this is especially of concern in tropical countries. Thus, efforts to improve awareness as well as the use of sunscreen are increasing worldwide. However, synthetic UV filters have been associated with deleterious effects such as photosensitization. Natural products have been used by ancient cultures for several purposes, including protecting the skin from the sun. However, there is still doubt today whether photoprotection is a real phenomenom or whether it is simply tanning of the skin. Plants have self-protective mechanisms and produce secondary metabolites that can protect themselves from UV radiation. Yet, can phytochemical compounds protect human skin? This review discusses the paradoxical effect of chemical UV filters and the influence of phytochemicals in in vitro and in vivo tests of photoprotection.