Este estudo descreve alguns resultados do sistema de monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas por entrevistas telefônicas no Município de Goiânia, Goiás, Brasil, 2005. Foi estudada amostra probabilística (n = 2.002) da população adulta servida por linhas telefônicas residenciais fixas. Foram analisadas variáveis comportamentais (consumo alimentar, atividade física, tabagismo e consumo de bebida alcoólica), peso e altura referidos e referência a diagnóstico médico de doenças crônicas. Foram calculadas estimativas de prevalência e valores de qui-quadrado. Observou-se baixo consumo de frutas e hortaliças (47,1%), alta freqüência de inatividade física ocupacional (86,6%), no deslocamento para o trabalho (92,6%) e lazer (61,9%), consumo excessivo de bebidas alcoólicas (23,2%), excesso de peso (36,5%), obesidade (10,6%), hipertensão arterial (22,4%), dislipidemias (18,4%) e diabetes (4,4%). A maioria dos fatores de risco apresentou associação inversa com escolaridade e direta com idade, com diferenças significativas entre sexos (p < 0,05). Observou-se alta prevalência dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis e de auto-referidas. Aspectos positivos do sistema: baixo custo operacional, possibilidade de monitorar a carga e a tendência das doenças crônicas não transmissíveis no nível local.
This study describes results from a surveillance system for risk factors for chronic non-communicable diseases in 2005 in the city of Goiânia, Goiás State, Brazil. A probabilistic sample (n = 2,002) of the adult population living in households with landline telephones was studied by phone interviews. Factors investigated were: food consumption, physical activity, smoking, alcohol intake, self-reported weight and height, and self-reported medical diagnosis of chronic non-communicable diseases. Prevalence and c² values were calculated. The data showed: low consumption (< 5 days/week) of fruits and vegetables (47.1%), high rate of physical inactivity at work (86.6%), in commuting (92.6%), and during leisure time (61.9%), high alcohol consumption (36.5%), and high rates of obesity (10.6%), hypertension (22.4%), dyslipidemia (18.4%), and diabetes (4.4%). Most of the factors were inversely related to schooling and directly related to age (p < 0.05). High prevalence of risk factors for chronic non-communicable diseases was reported. The advantages of this system were: low operational cost and the ability to monitor trends in chronic non-communicable diseases at the local level.