O objetivo deste estudo foi avaliar o defeito na superfície radicular produzido por curetas manuais e instrumento ultra-sônico em diferentes potências. Quarenta superfícies radiculares foram divididas de acordo com o tratamento em 4 grupos: a) Curetas Gracey; b) Instrumento ultra-sônico a 10%; c) Instrumento ultra-sônico a 50%; d) Instrumento ultra-sônico a 100%. Cada amostra recebeu 15 movimentos de raspagem e foram divididas ao meio para avaliar: (1) a profundidade do defeito produzido pela instrumentação e (2) a área de contato do instrumento com a superfície. Todas as superfícies foram então avaliadas com o uso de Microscopia Eletrônica de Varredura. Para a análise estatística foi utilizado o teste Tukey/ANOVA. Os resultados (média ± DP) encontrados para a área de contato foram significantemente maiores para a instrumentação manual (2092,9 ± 482,0) que para os instrumentos ultra-sônicos, independentemente da potência utilizada (606,8 ± 283,0; 858,6 ± 422,5; 1212,0 ± 366,7, respectivamente). Os valores para a profundidade do defeito demonstraram numericamente, mas não estatisticamente, diferenças entre a instrumentação manual (66,1 ± 34,0) e ultra-sônica em 10%, 50% ou 100% de potência (52,4 ± 22,1; 72,0 ± 29,9; 77,7 ± 37,7, respectivamente). Os resultados encontrados demonstraram que a instrumentação ultra-sônica produziu defeitos com profundidade similar aos produzidos pela instrumentação manual, com um menor contato do instrumento, independente da potência utilizada.
The aim of this study was to evaluate the root surface defect produced by hand curettes and ultrasonic tips with different power settings. Forty root surfaces were divided into 4 groups according the treatment: Gracey curettes, ultrasonic scaler at 10% power, ultrasonic scaler at 50% power and ultrasonic scaler at 100% power. Each specimen was instrumented with 15 strokes and the and divided in the middle to evaluate: (1) the defect depth produced by the instrumentation and (2) contact area of the instrument tips, which was analyzed by scanning electron microscopy. ANOVA and Tukey's test were used for statistical analysis (a=0.05). The results (mean ± SD) of the contact area showed significantly greater defects (p<0.05) for the hand instrumented groups (2092.9 ± 482) compared to the ultrasonic groups (606.8 ± 283.0; 858.6 ± 422.5; 1212.0 ± 366.7, respectively), independently of the power setting. The values for the defect depth on root surface showed no statistically significant difference (p<0.05) between hand instrumentation (66.1 ± 34.0) and ultrasonic scaling at 10%, 50% or 100% power settings (52.4 ± 22.1; 72.0 ± 29.9; 77.7 ± 37.7, respectively). The findings of this study demonstrate that ultrasonic instrumentation produced a similar defect depth to that of hand instrumentation, with a smaller tip contact area, independently of the power setting used for scaling.