Resumo O patrimônio como dispositivo de validação de certas formas de memória justificaria a imposição de uma cultura dominante, expressa não apenas nos elementos materiais, mas também nos lugares da memória. O objetivo do manuscrito é a análise do processo pelo qual alguns atores sociais, geralmente excluídos das representações patrimoniais hegemônicas, devem se articular a uma nova narrativa da cidade histórica como patrimônio. Nesse novo discurso da cidade histórica, outras territorialidades são encenadas que Foucault chama de espaços heterotópicos. A nível metodológico, do ponto de vista teórico, realiza-se uma ampla conceituação do espaço como problema histórico, referenciando exemplos de algumas cidades como Dublin, Paris, Madrid ou Ibagué, das quais foram feitas leituras específicas sobre a configuração de outras espacialidades , que geralmente foram excluídos da forma dominante de definição do patrimônio nas cidades históricas. Conclui com a necessidade de articular esses novos lugares de memória a uma nova redefinição das cidades históricas, com vistas a um planejamento mais inclusivo dos espaços patrimoniais.
Abstract Heritage as a validation device for certain forms of memory would justify the imposition of a dominant culture, expressed not only in material elements, but also in places of memory. The objective of the manuscript is to analyze the process by which some social actors, generally excluded from hegemonic patrimonial representations, must articulate themselves with a new narrative of the historic city as heritage. In this new discourse of the historic city, other territorialities are enacted that Foucault calls heterotopic spaces. At a methodological level, from a theoretical point of view, a broad conceptualization of space is carried out as a historical problem, referring to examples from some cities such as Dublin, Paris, Madrid or Ibagué, from which specific readings were made on the configuration of other spatialities, which they were generally excluded from the dominant way of defining heritage in historic cities. It concludes with the need to link these new places of memory to a new redefinition of historic cities, with a view to a more inclusive planning of heritage spaces.
Resumen El patrimonio como dispositivo de validación de unas formas determinadas de memoria justificaría la imposición de una cultura dominante, expresada no sólo en elementos materiales sino también de lugares memoria. El objetivo del manuscrito es el análisis del proceso mediante el cual algunos actores sociales, generalmente excluidos de las representaciones patrimoniales hegemónicas, deben articularse a una nueva narrativa de la ciudad histórica como patrimonio. Este nuevo discurso de la ciudad histórica, se escenifican otras territorialidades a las que Foucault denomina espacios heterotópicos. A nivel metodológico se aborda desde la perspectiva teórica, una conceptualización amplia sobre el espacio como problema histórico, referenciando ejemplos de algunas ciudades como Dublín, París, Madrid o Ibagué, de las que se han realizado algunas lecturas puntuales sobre la configuración de otras espacialidades, que generalmente han quedado excluidos de la forma dominante en que se ha definido el patrimonio en las ciudades históricas. Se concluye con la necesidad de articular estos nuevos lugares de memoria a una nueva redefinición de las ciudades históricas, con miras a una planificación más inclusiva de los espacios patrimoniales.