Resumo O urucum, como é conhecida a espécie Bixa orellana no Equador e em outras regiões do mundo, é valorizado por seu conteúdo de bixina, um pigmento utilizado nas indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. Este estudo foi realizado nas comunidades de San Vicente, Santa Rosa e El Tigre, localizadas na paróquia de Campozano, cantão de Paján, Manabí, Equador, com o objetivo de avaliar seu potencial como Produto Florestal Não Madeireiro sob as perspectivas social, ecológica, cultural e econômica. Os resultados indicam que 53,0 % dos entrevistados possuem educação primária e que o uso do urucum está principalmente orientado à alimentação (23,2 %), corantes (21,2 %) e usos medicinais (18,5 %). A análise também revelou que o corante de urucum é amplamente empregado na preparação de pratos como seco de gallina (37,99 %). Em relação aos usos medicinais do urucum, 39,65 % dos entrevistados o utilizam especificamente para tratar condições da garganta; entretanto, a produção de urucum nessas comunidades é limitada e sua comercialização ocorre sem valor agregado, o que reduz seu potencial econômico. Por fim, são propostas diretrizes para o manejo sustentável da espécie B. orellana como Produto Florestal Não Madeireiro, promovendo um uso mais rentável e sustentável do urucum, incluindo o fortalecimento das cadeias de valor e a conservação da biodiversidade.
Abstract Bixa orellana species is known in Ecuador and other regions of the world, is valued for its bixin content, a pigment used in the food, cosmetics and medicinal industries. This study was carried out in the communities of San Vicente, Santa Rosa and El Tigre, located in the Campozano parish, Paján Canton, Manabí, Ecuador, with the aim of evaluating its potential as a Non-Timber Forest Product from the social, ecological, cultural and economic perspectives. The results indicate that 53% of the respondents have primary education and that the use of achiote is mainly oriented to food (23.2%), colorants (21.2%) and medicinal uses (18.5%). The analysis also revealed that achiote dye is mostly used in the preparation of dishes such as seco de gallina (37.99%). Regarding the medicinal uses of achiote, 39.65% of respondents use it specifically to treat throat conditions; However, achiote production in these communities is limited and its commercialization is carried out without added value, which diminishes its economic potential. Finally, guidelines are proposed for the sustainable management of the B. orellana species as a Non-Timber Forest Product, promoting a more profitable and sustainable use of achiote, including the strengthening of value chains and the conservation of biodiversity.
Resumen El achiote, como se le conoce en Ecuador y otras regiones del mundo a la especie Bixa orellana, es valorado por su contenido en bixina, un pigmento utilizado en las industrias alimentaria, cosmética y medicinal. Este estudio se llevó a cabo en las comunidades de San Vicente, Santa Rosa y El Tigre, ubicadas en la parroquia Campozano, Cantón Paján, Manabí, Ecuador, con el objetivo de evaluar su potencial como Producto Forestal No Maderable desde las perspectivas social, ecológica, cultural y económica. Los resultados indican que el 53 % de los entrevistados tienen educación primaria y que el uso del achiote está principalmente orientado a la alimentación (23,2 %), colorantes (21,2 %) y usos medicinales (18,5 %). El análisis también reveló que el colorante de achiote es mayormente empleado en la preparación de platos como el seco de gallina (37,99 %). En relación con los usos medicinales del achiote, el 39,65 % de los encuestados lo utiliza específicamente para tratar afecciones de la garganta; sin embargo, la producción de achiote en estas comunidades es limitada y su comercialización se realiza sin valor agregado, lo que disminuye su potencial económico. Finalmente, se proponen directrices para el manejo sostenible de la especie B. orellana como Producto Forestal No Maderable, fomentando un uso más rentable y sostenible del achiote, incluyendo el fortalecimiento de las cadenas de valor y la conservación de la biodiversidad.