ABSTRACT Introduction: In Brazil, there is little information about the prevalence of occupational exposure to solar radiation, the main risk factor for non-melanoma skin cancer, the most common neoplasm in the country. Objective: To calculate the prevalence of exposure to solar radiation and its associated factors in the Brazilian employed population. Method: Cross-sectional study, with data from the 2019 National Health Survey. Expanded prevalence and respective 95% confidence intervals (95% CI) for exposure to solar radiation were calculated, according to demographic, socioeconomic, geographic and occupational variables. Multiple logistic regression analysis, stratified by sex, was used to identify the determinants of exposure to solar radiation. The complex sampling design was considered. Results: 88,904,261 workers were evaluated, 23.5% of whom were exposed to solar radiation. Thirty-six percent of men (36.5%; 95%CI 37.0; 39.3) and 7.9% (95%CI 6.0; 7.2) of women were exposed to solar radiation. The economic sectors of agriculture, construction, water, sewage and material waste management activities had the highest percentages of workers occupationally exposed to the sun. The chance of exposure to solar radiation was greater among Black males, with low education level and income, residents of rural areas, in informal jobs and who worked more than 40h/week. Conclusion: The prevalence of exposure to solar radiation in Brazilian workers is high and unequally distributed by sex and economic sectors. Actions to prevent this exposure in work environments must prioritize the most exposed groups of workers, considering economic activities and their demographic, socioeconomic, geographic and occupational determinants.
RESUMO Introdução: No Brasil, há pouca informação sobre a prevalência de exposição ocupacional à radiação solar, principal fator de risco para a neoplasia mais frequente no país, o câncer de pele não melanoma. Objetivo: Calcular a prevalência da exposição à radiação solar e de fatores associados na população ocupada brasileira. Método: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Calcularam-se as prevalências expandidas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para a exposição à radiação solar, segundo as variáveis demográficas, socioeconômicas, geográficas e ocupacionais. Utilizou-se análise de regressão logística múltipla, estratificada por sexo, para identificar os determinantes da exposição à radiação solar. Considerou-se o desenho complexo da amostragem. Resultados: Foram avaliados 88.904.261 trabalhadores, sendo 23,5% expostos à radiação solar. Trinta e seis por cento dos homens (36,5%; IC 95% 37,0; 39,3) e 7,9% (IC 95% 6,0; 7,2) das mulheres estavam expostos à radiação solar. Os setores econômicos da agricultura, construção, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos de materiais apresentaram os maiores percentuais de exposição. A chance de exposição à radiação solar foi maior entre o sexo masculino, os pardos, com baixo nível de escolaridade e renda, residentes da área rural, com vínculo trabalhista informal e que trabalharam acima de 40h/semana. Conclusão: A prevalência da exposição à radiação solar nos trabalhadores brasileiros é elevada e desigualmente distribuída por sexo e setores econômicos. Ações de prevenção nos ambientes laborais devem priorizar os grupos de trabalhadores mais expostos, considerando as atividades econômicas e seus determinantes demográficos, socioeconômicos, geográficos e ocupacionais.
RESUMEN Introducción: En el Brasil hay poca información sobre la prevalencia de la exposición ocupacional a la radiación solar, principal factor de riesgo para el cáncer de piel, la neoplasia más común del país. Objetivo: Calcular la prevalencia de exposición a la radiación solar y factores asociados en los trabajadores brasileños. Método: Estudio transversal con datos de la Encuesta Nacional de Salud de 2019. Se calcularon las prevalencias expandidas y los respectivos intervalos de confianza del 95% (IC 95%) para la exposición a la radiación solar, según variables socioeconómicas, geográficas y ocupacionales. Se utilizó un análisis de regresión logística múltiple, estratificado por sexo, para identificar los determinantes de la exposición a la radiación solar. Se consideró el diseño de muestreo complejo. Resultados: Se evaluaron 88 904 261 trabajadores, de los cuales el 23,5% estuvo expuesto a la radiación solar. Treinta y seis por ciento de los hombres (IC 95%: 37,0-39,3) y el 7,9% de las mujeres (IC 95%: 6,0-7,2%) estuvieron expuestos a la radiación solar. Los sectores económicos de agricultura, construcción, agua, alcantarillado y actividades de gestión de residuos de materiales presentaron los mayores porcentajes de exposición. La probabilidad de exposición a la radiación solar fue más alta entre los hombres, los mestizos, de bajo nivel de educación e ingresos, los residentes de zonas rurales, las que tenían un trabajo informal y las que trabajaron más de 40h/semana. Conclusión: La prevalencia de exposición a la radiación solar en los trabajadores brasileños es alta y desigualmente distribuida por género y sectores económicos. Acciones para prevenir esta exposición en los entornos laborales deben priorizar los grupos de trabajadores más expuestos, considerando las actividades económicas y sus determinantes demográficos, socioeconómicos, geográficos y ocupacionales.