Resumen Introducción: La Maniobra de Kristeller, o presión sobre el fondo uterino durante la segunda fase del parto, se utiliza a menudo sin el consentimiento de la parturienta y, debido a sus efectos adversos, se considera violencia obstétrica. Objetivo: Identificar las complicaciones maternas asociadas al uso de la maniobra de Kristeller en la segunda fase del parto. Métodos: Se trata de un estudio de cohortes cuantitativo, relacional-analítico, transversal, realizado con una muestra de conveniencia no probabilística, utilizando el método de bola de nieve y recogiendo datos a través de un cuestionario online de 275 mujeres que habían dado a luz en Portugal en los últimos 5 años. Se recogieron datos sobre la historia obstétrica, la evaluación de las molestias relacionadas con la disfunción del suelo pélvico y su relación con factores sociodemográficos, datos sobre el último parto y su impacto en las actividades de la vida diaria. Resultados: La mayoría de las mujeres habían tenido un solo parto a término (73,5%). Predominan las mujeres cuyo último parto fue eutócico. Casi toda la muestra tuvo un parto sencillo de menos de 24 horas de duración. Más de la mitad de las mujeres declararon haberse sometido a una episiotomía. En el 50,9% de los casos, las mujeres fueron sometidas a la Maniobra de Kristeller con gran impacto sobre el suelo pélvico. Conclusión: Se ha demostrado que cuanto mayor es el impacto sobre la vejiga como resultado de la Maniobra de Kristeller, más problemas urinarios experimentan las mujeres; cuanto mayor es el impacto sobre la vejiga y la vagina/perineo, más molestias relacionadas con disfunciones del suelo pélvico refieren las mujeres. Cabe señalar que las pruebas científicas no respaldan el uso de la Maniobra de Kristeller para acelerar con seguridad la segunda fase del parto.
Resumo Introdução: A Manobra de Kristeller ou pressão no fundo uterino, exercida durante a segunda fase do trabalho de parto, é frequentemente utilizada sem o consentimento da parturiente e, devido aos seus efeitos adversos, é considerada violência obstétrica. Objetivo: Identificar as complicações maternas associadas ao uso da Manobra de Kristeller no segundo período do trabalho de parto. Métodos: Estudo quantitativo, relacional-analítico, em coorte transversal, realizado com uma amostra não probabilística por conveniência, segundo o método em bola de neve com colheita de dados através de questionário online a 275 mulheres que pariram em Portugal nos últimos 5 anos. Foram obtidos dados sobre antecedentes obstétricos, avaliação do incómodo relacionado às disfunções do pavimento pélvico, a sua relação com fatores sociodemográficos, com os dados relativos ao último parto e o seu impacto nas atividades de vida diária. Resultados: A maioria das mulheres teve apenas 1 parto de termo (73,5%). Prevalecem as mulheres cujo último parto foi eutócico. A quase totalidade da amostra teve um parto simples, com duração inferior a 24 horas. Mais de metade das mulheres referiu que foi sujeita a episiotomia. Em 50,9% dos casos as mulheres formam sujeitas a Manobra de Kristeller e estas apresentam maior impacto no pavimento pélvico. Conclusão: Ficou demonstrado que quanto mais impacto na bexiga em decorrência da Manobra de Kristeller mais problemas urinários as mulheres revelam; quanto mais impacto na bexiga e na vagina/períneo mais incómodo relacionado com as disfunções do pavimento pélvico as mulheres reportam. Importa referir que a evidência científica não suporta o uso da Manobra de Kristeller para acelerar de forma segura o segundo período do trabalho de parto.
Abstract Introduction: The Kristeller Manoeuvre, or pressure on the uterine fundus during the second stage of labour, is often used without the consent of the parturient woman and, due to its adverse effects, is considered obstetric violence. Objective: To identify the relationship between the discomfort related to pelvic floor dysfunctions and its impact on the pelvic floor due to the use of Kristeller’s Maneuver in the second stage of labor. Methods: Quantitative, relational-analytical, cross-sectional cohort study carried out with a non-probability convenience sample, according to the snowball method. Data was collected through an online questionnaire of 275 women who had given birth in Portugal in the last 5 years. Data were obtained on obstetric history, assessment of discomfort related to pelvic floor dysfunctions and their impact, and their relationship with sociodemographic factors of the sample and with data on the last delivery. Results: Most women had only 1 full-term delivery (73.5%). Women whose last delivery was eutopic prevailed. Almost all of the sample had a simple birth, lasting less than 24 hours. More than half of the women reported having undergone episiotomy. In 50.9% of the cases, women were submitted to Kristeller Maneuver, and these had a greater impact on the pelvic floor. Conclusion: It has been shown that the more bladder impact as a result of Kristeller’s Maneuver, the more urinary problems women report; the more bladder and vagina/perineal impact, the more pelvic floor problems, and the more bladder impact as a result, the more discomfort related to pelvic floor dysfunction women report.