Abstract Desmoid tumor is a rare mesenchymal neoplasm of un-known etiology. Despite rare, the diagnosis of desmoid tumors after bariatric surgery is increased over the last few years. We report a case of a 26-year-old male with complains of abdominal pain and postprandial fullness, diagnosed with a locally advanced large intra-abdominal mass (40 × 21 × 11.7 cm) centered in the mesentery, developed 3 years after sleeve gastrectomy. Percutaneous biopsy was suggestive of a mesenquimatous tumor and the patient underwent surgery. R0 surgical resection was achieved, despite intimal contact and common vascularization with a jejunal loop. Histopathology examination of the surgical specimen revealed fusiform to stellate cells with mild atypia, thin-walled vessels, and diffuse beta-catenin expression (negative for DOG-1, CD117, CD34, S100, desmin, and alpha-actin). The diagnosis of a desmoid tumor was made. The patient remained asymptomatic, and no recurrence occurred over a 4-year follow-up. With the increasing number of bariatric surgeries, owing to the alarming growing incidence of obesity and related conditions, it is expected that desmoid tumors reports will gradually increase over the next few years. Thus, both gastroenterologists and surgeons should be aware of the potential for desmoid tumor development shortly after surgery, to offer a prompt diagnosis and treatment.
Resumo O tumor desmóide é uma neoplasia mesenquimatosa rara de etiologia desconhecida. Apesar de raros, temos assistido a um aumento do número de diagnósticos, ao longo dos últimos anos, de tumores desmóides que se desenvolvem após cirurgia bariátrica. Descrevemos o caso de um homem de 26 anos com queixas de dor abdominal e enfartamento pós-prandial, diagnosticado com uma massa intra-abdominal centrada no mesentério (40 × 21 × 11.7 cm), localmente avançada, 3 anos após ter realizado gastrectomia vertical. Foi efetuada biópsia percutânea, cujo resultado foi sugestivo de tumor mesenquimatoso e o paciente foi referenciado para cirurgia. O doente foi submetido a cirurgia e o tumor foi passível de ressecção cirúrgica R0, apesar de contacto íntimo e vascularização comum com uma ansa jejunal. O exame anatomopatológico revelou células fusiformes a estreladas com atipia ligeira e vasos de parede fina, bem como expressão difusa de beta-catenina (na ausência de expressão de DOG-1, CD117, CD34, S100, desmina e alfa-actina), sendo compatível com o diagnóstico de um tumor desmóide. O doente permanece assintomático e sem evidência de recidiva ao longo de 4 anos de vigilância. Com o aumento do número de cirurgias bariátricas devido ao aumento alarmante da incidência de obesidade e condições relacionadas, espera-se que os diagnósticos de tumores desmóides aumentem nos próximos anos. Assim, tanto gastroenterologistas quanto cirurgiões devem estar alerta para o desenvolvimento desta entidade, de forma a oferecer um diagnóstico e tratamento adequado e atempado.