Resumo O artigo discute as relações do economista Vilfredo Pareto com o fascismo italiano. Contrariando parte da literatura, conclui-se que já a partir de agosto de 1922 apoiou um golpe de Estado e a instauração de uma ditadura fascista, considerando-a um estágio necessário para o reestabelecimento da soberania central. Após a marcha sobre Roma, Pareto apoiou e colaborou com o governo, mantendo, entretanto, uma atitude independente e defendendo a normalização e constitucionalização do regime. Foi, assim, um compagnon de route do fascismo. Entre os fascistas, por sua vez, predominaram aqueles que consideravam Pareto um precursor, um apoiador do novo governo e/ou uma fonte de inspiração para o movimento. A pesquisa apoia-se na análise documental da correspondência e dos escritos de Pareto, com especial ênfase nos artigos que publicou em jornais e revistas, bem como nas opiniões a respeito, registradas na imprensa fascista da época.

Résumé L’article discute des relations de l’économiste Vilfredo Pareto avec le fascisme italien. Contrairement à une partie de la littérature, il est conclu que, dès août 1922, il a soutenu un coup d’État et l’instauration d’une dictature fasciste, considérant cette étape nécessaire pour le rétablissement de la souveraineté centrale. Après la marche sur Rome, Pareto a soutenu et collaboré avec le gouvernement, tout en maintenant une attitude indépendante et en défendant la normalisation et la constitutionnalisation du régime. Il fut ainsi un compagnon de route du fascisme. Parmi les fascistes, ceux qui considéraient Pareto comme un précurseur, un partisan du nouveau gouvernement et/ou une source d’inspiration pour le mouvement ont prévalu. La recherche s’appuie sur l’analyse documentaire de la correspondance et des écrits de Pareto, en mettant particulièrement l’accent sur les articles qu’il a publiés dans des journaux et magazines, ainsi que sur les opinions à ce sujet, enregistrées dans la presse fasciste de l’époque.

Abstract The article discusses the relations of the economist Vilfredo Pareto with Italian fascism. Going against part of the literature, it can be concluded that already since August of 1922 he supported a Coup d’État and the establishment of a fascist dictatorship, considering that this is a necessary stage in order to re-establish central sovereignty. After the March on Roma, Pareto supported the government and collaborated with it, even though he kept an independent attitude and advocated the normalization and the constitutionalization of the regime. Thus, he was a compagnon de route of fascism. In turn, among the fascists there was a predominance of those who considered Pareto a precursor, a supporter of the new government and/or a source of inspiration for the movement. The research is based on the the documental analysis of the mailing and what Pareto wrote, with special emphasis on the articles that he published in newsapers and magazines, as well as on the opinions in this regard, which were recorded in the fascist press at the time.

Resumen El artículo discute las relaciones del economista Vilfredo Pareto con el fascismo italiano. Contrariando parte de la literatura, se concluye que ya a partir de agosto de 1922 apoyó un golpe de Estado y la instauración de una dictadura fascista, considerándola esta un paso necesario para el restablecimiento de la soberanía central. Después de la marcha sobre Roma, Pareto apoyó y colaboró con el gobierno, manteniendo, sin embargo, una actitud independiente y defendiendo la normalización y constitucionalización del régimen. Fue, así, un compagnon de route del fascismo. Entre los fascistas, a su vez, predominaron aquellos que consideraban a Pareto un precursor, un partidario del nuevo gobierno y/o una fuente de inspiración para el movimiento. La investigación se basa en el análisis documental de la correspondencia y los escritos de Pareto, con especial énfasis en los artículos que publicó en periódicos y revistas, así como en las opiniones al respecto, registradas en la prensa fascista de la época.

Resumo O objetivo deste artigo é responder como interações culturais de mulheres, sindicalistas e jornalistas brasileiros, no âmbito de organizações transnacionais sob primazia soviética, influenciaram percepções na Seção de Segurança Nacional do Itamaraty (SSN-MRE) e em seus contatos com o Conselho de Segurança Nacional (CSN), além de discutir qual foi o impacto doméstico dessas percepções. A abordagem teórico-metodológica dá centralidade à narrativa histórico-descritiva como eixo explicativo em diálogo com fontes primárias encontradas nos arquivos do Itamaraty. Os resultados colocam em contato correntes historiográficas que analisam a construção do anticomunismo brasileiro (especialmente militar), com o internacionalismo soviético no Terceiro Mundo e com as relações bilaterais entre Brasil e URSS. O artigo contribui ao analisar a conjuntura que possibilitou a criação da Junta Coordenadora de Informações (JCI), a qual selaria, institucionalmente, os contatos entre a SSN-MRE e o CSN. Esse sistema ganharia importância após o golpe de 1964.

Résumé Le but de cet article est de répondre à la question de savoir comment les interactions culturelles des femmes, syndicalistes et journalistes brésiliens, dans le cadre d’organisations transnationales sous la prééminence soviétique, ont influencé les perceptions au sein de la Section de Sécurité Nationale du Itamaraty (SSN-MRE) et dans ses contacts avec le Conseil de Sécurité Nationale (CSN), en plus de discuter de l’impact domestique de ces perceptions. L’approche théorique et méthodologique donne une place centrale au récit historique-descriptif comme axe explicatif, en dialogue avec les sources primaires trouvées dans les archives du Itamaraty. Les résultats mettent en contact des courants historiographiques qui analysent la construction de l’anticommunisme brésilien (surtout militaire) avec l’internationalisme soviétique dans le tiers monde et avec les relations bilatérales entre le Brésil et l’URSS. L’article contribue à analyser la conjoncture qui a permis la création du Conseil de Coordination des Informations (JCI), qui scellerait institutionnellement les contacts entre le SSN-MRE et le CSN. Ce système gagnerait en importance après le coup d’État de 1964.

Abstract This article intends to answer how cultural interactions of Brazilian women, unionists and journalists, within the scope of transnational organizations under Soviet primacy, influenced perceptions in the National Security Section of Itamaraty (SSN-MRE) and in their contacts with the National Security Council (CSN), in addition to discussing the domestic impact of these perceptions. The theoretical-methodological approach gives centrality to the historical-descriptive narrative as an explanatory axis in dialogue with primary sources found at Itamaraty archives. The results connect historiographic currents that analyze the construction of Brazilian anti-communism (especially military) with Soviet internationalism in the Third World, and with bilateral relations between Brazil and the USSR. This article contributes by analyzing the conjuncture that enabled to create the Information Coordinating Board (JCI), which became an institutional seal for contacts between the SSN-MRE and the CSN. This system became more important after the 1964 coup.

Resumen El objetivo de este artículo es responder cómo las interacciones culturales de mujeres, sindicalistas y periodistas brasileños, en el ámbito de organizaciones transnacionales bajo la primacía soviética, influyeron en las percepciones en la Sección de Seguridad Nacional del Itamaraty (SSN-MRE) y en sus contactos con el Consejo de Seguridad Nacional (CSN), además de discutir cuál fue el impacto doméstico de estas percepciones. El enfoque teórico-metodológico da centralidad a la narrativa histórico-descriptiva como eje explicativo en diálogo con fuentes primarias encontradas en los archivos del Itamaraty. Los resultados ponen en contacto corrientes historiográficas que analizan la construcción del anticomunismo brasileño (especialmente militar), con el internacionalismo soviético en el Tercer Mundo y con las relaciones bilaterales entre Brasil y URSS. El artículo contribuye al analizar la coyuntura que posibilitó la creación de la Junta Coordinadora de Informaciones (JCI), la cual sellaría, institucionalmente, los contactos entre la SSN-MRE y el CSN. Este sistema ganaría importancia después del golpe de 1964.

RESUMO Este artigo tem a proposta de contribuir para a compreensão do atual estágio da militância protestante, mostrando como a denominação Batista, em especial as igrejas que a representavam no estado da Bahia, atuou no contexto do Golpe Civil-Militar de 1964, e despontou como uma importante produtora de discursos anticomunistas no país. Através da análise das fontes pesquisadas será possível demonstrar que o relacionamento dos batistas baianos com o Governo Militar estadual ocorreu por meio de três formas que se complementam: a defesa do Golpe Civil-Militar e do regime instaurado; a relação de barganha e clientelismo estabelecida entre os batistas baianos e os representantes da Ditadura no governo estadual; e o posicionamento anticomunista exposto na imprensa batista e no pronunciamento de suas lideranças durante esse período.

ABSTRACT This article aims to contribute to the understanding of the current stage of Protestant militancy, showing how the Baptist Denomination, especially the churches that represented it in the state of Bahia, acted in the context of the Civil-Military Coup of 1964 and emerged as an important producer of anti-communist speeches in the country. Through the analysis of the sources researched, it will be possible to demonstrate that the relationship between Bahian Baptists and the state Military Government occurred through three forms that complement each other: the defense of the Civil-Military Coup and the established regime; the bargaining and clientelism relationship established between Bahian Baptists and representatives of the Dictatorship in the state government; and the anti-communist position exposed in the Baptist press and in the statements of its leaders during this period.

Abstract: The triumph of Salvador Allende in 1970 was an international political event. The coup d’état of 1973 was thoroughly regarded by Latin America and the rest of the world, especially from the left of the continent. In this context, the organizations of the new Argentine left, such as the Revolutionary Workers’ Party and Montoneros, and the Uruguayan left, linked to the Frente Amplio, expressed their condemnation of the military coup in Chile, and highlighted the differences between the Argentine and Uruguayan leftist organizations with respect to the government of Salvador Allende.

Resumen: Si el triunfo de Salvador Allende en 1970 fue un acontecimiento político internacional, el golpe de Estado de 1973 no fue indiferente para nadie en América Latina y el resto del mundo, especialmente para las izquierdas del continente. En ese contexto, las organizaciones de la nueva izquierda argentina, como el Partido Revolucionario de los Trabajadores y Montoneros, y de la izquierda uruguaya, vinculada al Frente Amplio, manifestaron no solo su condena ante el golpe militar en Chile, sino también, este hecho dio cuenta de las diferencias existentes entre las organizaciones de la nueva izquierda argentina y de la izquierda uruguaya con respecto al gobierno de Salvador Allende.

Resumen En este artículo se propone revisitar los últimos 50 años del gremialismo empresarial a partir de la evolución de su discurso y comportamiento. Se plantea el paso desde una reacción defensiva a la coyuntura político-económica a constituirse en un actor colaborador y propositivo de las políticas públicas. Se utiliza como encuadre teórico el enfoque sistémico, entendiendo que éste proporciona un marco específico para las interacciones en el ambiente intra societal. Se analiza su actuar desde el golpe de Estado de 1973 hasta el presente, incluyendo la reacción frente al estallido social de 2019 y los cuestionamientos al modelo económico neoliberal impuesto por la dictadura, del cual pasó a ser su promotor.

Abstracts This article proposes to revisit the last 50 years of Business unionism based on the evolution of its discourse and behavior. The move from a defensive reaction to the political-economic situation to becoming a collaborative and proactive actor in public policies is proposed. The systemic approach is used as a theoretical framework, understanding that it provides a specific framework for interactions in the intra societal environment. His actions are analyzed from 1973 coup d ‘état to the present, including the reaction to the social outbreak of 2019 and the questions to the neoliberal economic model imposed by dictatorship, of which he became its promoter.

Resumen: El artículo indaga en cómo dos publicaciones paradigmáticas de la nueva izquierda argentina, como Pasado y Presente y Envido, leyeron ambivalencias y signos equívocos de deterioro en el proceso de movilización social que siguió al post Cordobazo de 1969, el cual estuvo signado por la retirada dictatorial y el retorno del peronismo al gobierno tras 18 años de proscripción. La atención dada a las dos revistas busca mostrar las tensiones en las apuestas intelectuales que buscaron una mixtura entre la salida revolucionaria y el liderazgo histórico del general Juan Domingo Perón. Además, los posicionamientos de Pasado y Presente y Envido son ubicados en un diálogo con otras publicaciones de la nueva izquierda diferenciadas del peronismo, como Nuevo Hombre y Los libros. En este aspecto, el estudio intenta mostrar un tema poco enfatizado en la bibliografía, al identificar acontecimientos que, bastante antes del golpe de Estado de 1976, evidenciaron la derrota de las experiencias revolucionarias que bregaban por la continuidad del ciclo de movilización social de los años sesenta.

Abstract: This article explores how two paradigmatic publications of the Argentinean New Left, Pasado y Presente and Envido, read the ambivalence and conflicting signs of the unravelling process of social mobilization that followed the Córdoba uprising in 1969, which was marked by the withdrawal of the dictatorship and the return of Perón to power after 18 years in exile. The focus on these two magazines seeks to reveal the tensions between intellectual proposals that sought a mixture of a revolutionary way out and the historical leadership of Juan Domingo Perón. The positions taken up by Pasado y Presente and Envido are furthermore situated in a dialogue with other New Left publications that had distanced themselves from Peronism, such as Nuevo Hombre and Los Libros. This article thus aims to understand an issue that has not been emphasized in the bibliography by identifying developments that, long before the 1976 coup d’état, had revealed the defeat of the revolutionary experiences that fought for the continuity of the cycle of social mobilization seen in the sixties.

Abstract Forty years after the beginning of the transition in Argentina and 50 years after the Chilean coup d'état, this article analyzes the sexual violence against women implemented in clandestine detention centers (CDCs) as political, terrorist, and genocidal violence. Through a qualitative approach to the testimonies of former political prisoners, this paper aims to understand sexual violence against women in the experiences of concentration camps as a specific form of violence within the framework of conservative reconstructions of the civil-military dictatorships in Argentina and Chile. This violence, which was a total patriarchal act, not only sought to punish and discipline “deviant” female militants, but also to harm militant men. Likewise, it was established as a permanent threat against female detainees and a way of suppressing change and subjective, cultural, and social subversions, which, in parallel or as part of the political experience, developed in the countries of the Latin American Southern Cone. It is argued that sexual violence is a form of terrorism and genocide, since it projects terror into a specific group of the population and seeks to annul the possibility of being a woman when she breaks with the sacralized mandates of the patriarchal order.

Resumen A raíz de que se cumplen 40 años del inicio de la transición en Argentina y 50 del golpe de Estado en Chile, en este artículo se aborda la violencia sexual cometida contra las mujeres en los centros clandestinos de detención para argumentar que se trata de una violencia política, terrorista y genocida. A través de un acercamiento cualitativo a los testimonios de expresas políticas, el objetivo del texto es comprender la violencia sexual contra las mujeres en las experiencias concentracionarias en cuanto violencia específica en el marco de la reconstrucción conservadora de las dictaduras cívico-militares de Argentina y Chile. Con esa violencia, que fue un acto patriarcal total, no solo se buscó castigar y disciplinar a las militantes “desviadas”, sino que también se pretendía dañar a los hombres militantes. Asimismo, se instaló como una amenaza permanente contra las detenidas y una forma de suprimir los cambios y las subversiones subjetivas, culturales y sociales, que en paralelo o formando parte de la experiencia política, se desarrollaron en los países del Cono Sur latinoamericano. Se plantea que la violencia sexual es una forma de terrorismo y genocidio, toda vez que instala el terror en un grupo específico de la población y busca anular la posibilidad de ser mujer cuando se rompe con los mandatos sacralizados del orden patriarcal.

RESUMEN: Este artículo analiza la condición de estado de excepción en el que Franz Kafka despliega el funcionamiento de la ley en el cuento "Ante la ley" y la novela El proceso. El análisis se realiza en diálogo con los modos en que los filósofos Walter Benjamin, Jacques Derrida y Giorgio Agamben piensan la relación entre el derecho y la historia, y tiene como objetivo interpretar la obra de la pintora Roser Bru en la exposición Kafka y nosotros de 1977. ¿Por qué usar la figura de Kafka en esta exposición?, ¿qué nos dice Kafka, a través de Bru, en los años inmediatamente posteriores al golpe de Estado de 1973 en Chile?, ¿qué valor tiene volver a dicha exposición en el presente? Proponemos pensar la obra de Bru como una propuesta que, entre escritura y retrato, releva el rol del arte como posibilitador de una expresión que tensiona la normalización de la condición excepcional de la ley.

ABSTRACT: This article analyzes the condition of the state of exception in which Franz Kafka deploys the workings of the law in the short story "Before the Law" and the novel The Trial. This analysis is carried out in dialogue with the ways in which philosophers Jacques Derrida, Walter Benjamin and Giorgio Agamben think about the relationship between law and history and aims to interpret the work of Chilean painter Roser Bru, particularly in the exhibition Kafka y nosotros [Kafka and Us], 1977. Why does Bru use the figure of Kafka in this exhibition? What does Kafka tell us, through Bru, in the years immediately following the 1973 coup d'état in Chile? What is the value of returning to this exhibition in the present? We propose to interpret Bru's work as a proposal that, in-between writing, and portraiture, highlights the role of art as an enabler of an expression that tensions the normalization of the exceptional condition of the norm.

RESUMO O artigo discute as tendências da historiografia da ditadura militar na última década em dois eixos: a atualização dos debates diante da ascensão da extrema direita e o desdobramento dos trabalhos da Comissão da Verdade na adoção de diferentes escalas geográficas e na inclusão de novas categorias de afetados pela violência do Estado. Esses dois eixos distinguem os sessenta anos dos demais aniversários redondos do golpe de 1964.

ABSTRACT The article discusses the trends in the historiography of the military dictatorship in the last decade along two axes: the update of the debates in the face of the rise of the extreme right and the developments of the work of the Truth Commission regarding the adoption of different geographical scales and the inclusion of new categories of people affected by state violence. These two axes distinguish the 60th anniversary from the other round anniversaries of the 1964 coup d’état.

Abstract: The two documents that are published allow a counterpoint to be made between the official information that the president of Chile, Salvador Allende, transmitted in the speech he gave during the great mass rally held by the supporters of the Popular Unity (the left-wing coalition in government), held on September 4, 1973 (doc. I), and the evaluation of this event, carried out the following day by Allende himself, before militants and leaders of his political coalition, according to the version (doc. II) sent to the agencies and authorities in Washington by the local office (Santiago) of the CIA. On the occasion, among other topics, the president said he believed that he would soon be overthrown by a coup d’état of the entire armed forces of the Republic. On this occasion, he expressed negative judgments of the people›s power, the capacity of the masses and the forces of the Popular Unity to stop the military insurrection, which was about to produce

Resumen: Los dos documentos que se publican permiten hacer un contrapunto entre la información oficial que el presidente de Chile, Salvador Allende, transmitió en el discurso que pronunció durante la gran concentración de masas efectuada por los partidarios de la Unidad Popular (la coalición de izquierda en el gobierno), efectuada el 4 de septiembre de 1973 (documento I) , y la evaluación de este acontecimiento, ejecutada el día siguiente por el mismo Allende, ante militantes y jefes de su coalición política, según la versión (documento II) que remitió a las agencias y autoridades de Washington la oficina local (Santiago) de la CIA. En la oportunidad, entre otras temáticas, el presidente manifestó creer que pronto sería derrocado mediante un golpe de Estado del conjunto de las Fuerzas Armadas de la República. Expresó en esta oportunidad, juicios negativos hacia el poder popular, la capacidad de las masas y de las fuerzas de la Unidad Popular de frenar la insurrección militar, a punto de producirse. Autorizó, de todas formas, durante la junta partidaria, la creación de un comité destinado a explorar las áreas de Santiago y del país propicias para servir como “territorios liberados” y puntos de concentración para contingentes de la Unidad Popular (UP) dispuestos a resistir el alzamiento militar en preparación.

Abstract: The commemoration of the fiftieth anniversary of the coup d’état in Chile once again brought to the fore the issue of political violence during the military dictatorship, but there have been few commemorative events in which the ethnic component of repression and its impact on the daily life of the victimized indigenous communities have been addressed. Therefore, this work aims to provide an intercultural vision of human rights violations in indigenous contexts based on the possibilities offered by ethnographic methodology. The ethnographic material comes from several seasons of fieldwork in Araucanía in which a number of cases that occurred in Mapuche communities during the military dictatorship were recorded, as well as from participant observation with Mapuche and non-Mapuche human rights organizations in relation to justice and reparation processes. Finally, it is intended to offer an ontological approach to the field of human rights and political violence taking as reference the information accumulated by the tradition of Amerindian studies in which topics such as corporality, illness, non-humans, dreams or the concept of person constitute privileged spaces to explore the meaning that indigenous peoples give to this type of situations.

Resumen: La conmemoración del quincuagésimo aniversario del golpe de Estado en Chile volvió a poner en primer plano el tema de la violencia política durante la dictadura militar, pero han sido pocos los eventos conmemorativos en los que se ha abordado la variable étnica de la represión y su impacto en la vida cotidiana de las comunidades indígenas victimadas. Por ello, este trabajo pretende aportar una visión intercultural a las violaciones de derechos humanos en contextos indígenas a partir de las posibilidades que ofrece la metodología etnográfica. El material recopilado proviene de varias temporadas de trabajo de campo en la Araucanía en las que se registraron una serie de casos ocurridos en comunidades mapuche durante la dictadura militar, así como de la observación participante con organizaciones de derechos humanos mapuche y no mapuche en relación con los procesos de justicia y reparación. Finalmente, se pretende ofrecer una aproximación ontológica al campo de los derechos humanos y la violencia política tomando como referencia la información acumulada por la tradición de los estudios amerindios, en los que temas como la corporalidad, la enfermedad, los no humanos, los sueños o el concepto de persona constituyen espacios privilegiados para explorar el significado que los pueblos indígenas le dan a este tipo de situaciones.

Resumen Este artículo presenta avances de un proyecto de investigación que aborda las experiencias estudiantiles en el marco de las transformaciones de los procesos de escolarización en la escuela secundaria en Córdoba, Argentina, desde mediados del Siglo XX hasta la actualidad. Particularmente se abordará la década de los años 60 para analizar, en el marco del fuerte incremento de la matrícula escolar, las experiencias de jóvenes estudiantes de una escuela secundaria de una zona residencial de la ciudad. Desde una perspectiva histórica cultural, abordamos la escuela como espacio de encuentro de sujetos con recorridos heterogéneos que logran forjar lazos de amistades y compañerismo y construyen una sociabilidad novel, mixta y distendida, recordada por las personas entrevistadas, de manera gozosa, festiva, divertida. Al mismo tiempo, y al calor de acontecimientos políticos nodales como el golpe de estado de 1966, la muerte del Che Guevara y el Cordobazo, se genera una experiencia estudiantil que produjo una subjetividad juvenil, de carácter político militante, desde apropiaciones discursivas del momento y dinámicas de relaciones entre pares con dos componentes centrales: la política y el género.

Abstract This article presents progress of a research project that addresses student experiences within the framework of the transformations of schooling processes in secondary school in Córdoba, Argentina, from the mid-20th century to the present. Particularly, the decade of the 60s will be addressed to analyze, within the framework of the strong increase in school enrollment, the experiences of young students from a secondary school in a residential area of the city. From a historical-cultural perspective, we approach school as a meeting space for subjects with heterogeneous paths who manage to forge bonds of friendship and camaraderie that reflect a novel, mixed and relaxed sociability, which the people interviewed remember as joyful, festive, fun. At the same time, and in the heat of nodal political events such as the coup d’état of 1966, the death of Che Guevara and the Cordobazo, a student experience was generated that produced a youthful subjectivity, of a militant political nature, from discursive appropriations of the moment and dynamics of relationships between peers with two central components: politics and gender.

Abstract This article systematizes the research process and didactic approach of the museographic project "Childhood/Dictatorship: Witnesses and Actors (1973-1990)," presented in its ninth edition in 2023 in Santiago, Chile. This project represents the synthesis of an academic investigation exploring the microhistory of childhood during the period of Chile’s military dictatorship (1973-1990) through objects and productions created by children of that time, as well as the ways in which visitors (children, youth, and adults) interpret these artifacts. The analysis focuses on the status of childhood-produced objects as material culture and their value in the memorial construction for new generations through an aesthetic approach. Findings indicate that the museographic experience contributed to updating collective memory of the dictatorship by articulating past, present, and future in relation to human rights violations, recognizing the complexity of diverse memorial constructions and their present-day re-signification, promoting intergenerational dialogue, and facilitating collective emotional expression in the context of the fiftieth anniversary of the coup d’État.

Resumen Este artículo sistematiza el proceso de investigación y el abordaje didáctico del proyecto museográfico “Infancia/Dictadura: Testigos y actores (1973-1990)”, montado en su novena versión en 2023 en Santiago de Chile. Dicho proyecto representa la síntesis de una investigación académica que explora la microhistoria de la niñez durante el periodo de la dictadura militar en Chile (1973-1990) a través de las producciones y objetos creados por niños y niñas en esa época, así como las interpretaciones que los visitantes (niños, niñas, jóvenes y adultos) realizan de tales objetos. Se analiza el estatuto de los objetos producidos en la niñez como cultura material y su valor en la elaboración memorial de las nuevas generaciones desde una perspectiva estética. Los resultados de la experiencia muestran que la propuesta museográfica contribuyó a actualizar la memoria colectiva sobre la dictadura mediante la articulación del pasado, el presente y el futuro en torno a la vulneración de derechos humanos, el reconocimiento de la complejidad de las construcciones memoriales diversas y su resignificación en el presente, la promoción del diálogo intergeneracional y la expresión de emociones colectivas en el marco del cincuentenario del golpe de Estado.

Abstract In the context of the commemoration of the 50th anniversary of the coup d'état in Chile, questions about what, how, and from where to transmit memories of the past are pressing. In memory studies, research on generational transmission has been situated in post-conflict scenarios, centered mainly on the entrepreneurs of memory, what is transmitted and its recipients. Considering the political-social complexity that Chilean society faces with the increase of political polarization, and the fact that Social Sciences work with “sensitive concepts”, this article problematizes the concept of generational transmission from two research projects located in contexts where conflict is still present, as is the case of an “emblematic” neighborhood that became “critical” and the case of mobilizations disputing gender. The analysis of data produced through participant observations and interviews allows reconfiguring the notion of transmission by that of generational connection, where it is necessary to consider joint actions, materialities and intergenerational dialogue for its approach.

Resumen En el contexto de la conmemoración de los 50 años del golpe de Estado en Chile, las preguntas sobre qué, cómo y desde dónde transmitir las memorias del pasado son acuciantes. En el campo de los estudios de memoria, las investigaciones sobre transmisión generacional se han situado en escenarios de postconflictos, focalizándose principalmente en los emprendedores de memoria, en lo que es transmitido, y en sus destinatarios. Considerando la complejidad político-social que la sociedad chilena enfrenta con el aumento de la polarización política y al hecho que desde las Ciencias Sociales se trabaja con “conceptos sensibles”, en este artículo se problematiza el concepto de transmisión generacional a partir de dos investigaciones situadas en contextos donde el conflicto sigue presente, como es el caso de un barrio “emblemático” que devino en “crítico” y el de las movilizaciones que disputan el género. El análisis de datos producidos a través de observaciones participantes y entrevistas permite reconfigurar la noción de transmisión por la de conexión generacional, donde se requiere considerar las acciones conjuntas, las materialidades y la dialogía intergeneracional para su abordaje.

Abstract In the framework of the 50th anniversary of the 1973 coup d'état in Chile, several commemorations were held to express the plurality of memories of the country's recent past. This paper deals with the commemorative act carried out in the National Stadium by the collective of people with disabilities (CONADIS), consisting in the display of a canvas made by the members. From social Psychology of memory, we can consider this act as the expression of “other” memories, generally excluded from the dominant memories. Through a discourse analysis of focus groups before and after the act, three main analytical axes are identified: i) artistic intervention and speeches commemorating the 50th anniversary of the coup d'état from a disability perspective; ii) assessments of the canvas elaboration process; and iii) emerging elements of memory related to violations of the human rights of persons with disabilities. In conclusion, this study shows how the process of collective artistic creation and artistic intervention positions artivism as a form of political activism that allows people with disabilities to reclaim their place in society.

Resumen En el marco de los 50 años del golpe de Estado de 1973 en Chile se desarrollaron diversas conmemoraciones que expresaron la pluralidad de memorias del pasado reciente del país. Este trabajo aborda el acto conmemorativo realizado en el Estadio Nacional por el Colectivo Nacional por la Discapacidad (CONADIS), consistente en el despliegue de un lienzo realizado por sus miembros. Desde la psicología social de la memoria, podemos considerar dicho acto como expresión de memorias “otras”, generalmente excluidas de las dominantes. A través de un análisis crítico del discurso de grupos focales previos y posteriores al acto, se identifican tres ejes analíticos: i) intervención artística y discursos de conmemoración de los 50 años del Golpe desde la discapacidad; ii) valoraciones del proceso de elaboración del lienzo; y iii) elementos de memoria emergentes relativos a las violaciones de los derechos humanos de las personas con discapacidad. En conclusión, este estudio evidencia cómo el proceso de creación artística colectiva y la intervención artística posicionan al artivismo como una forma de activismo político que permite a las personas con discapacidad reclamar su lugar en la sociedad.