Resumo Os povos ciganos são considerados socioeconomicamente em situação de vulnerabilidade, sendo expostos a processos de exclusão e violência históricos, que ainda se fazem presentes. A saúde mental é um componente essencial da saúde, um direito humano fundamental e central nas correlações das análises sobre pobreza, discriminações étnicas e raciais e desigualdades. Por meio dessa revisão integrativa, buscou-se conceber o estado da arte a respeito da saúde mental dos povos ciganos. A busca seguiu as diretrizes do PRISMA e foi realizada em seis bases de dados (BVS, ProQuest, PsycInfo, PubMed, Scopus e Web of Science); 27 artigos compuseram a amostra final. Sete categorias de análise foram construídas: transtornos mentais, suicídio, infância e adolescência, aspectos psicológicos, fatores de risco e proteção, gênero e prevenção em saúde mental. Os estudos apontam para diversas situações de vulnerabilidades na experiência das pessoas ciganas no que diz respeito à saúde mental. Destacamos o papel excludente de sociedades majoritárias supremacistas em relegar as comunidades ciganas a um lugar de marginalização e invisibilidade, que se expressa, por exemplo, através da baixa produção científica a respeito dessas comunidades, especialmente no contexto latino-americano.
Abstract Roma people are considered socioeconomically vulnerable and exposed to historical processes of exclusion and violence, which are still present today. Mental health is an essential component of health, a fundamental human right, and central to the correlations of analyses on poverty, ethnic and racial discrimination, and inequalities. Through this integrative review, we sought to conceive a state of the art regarding the mental health of Roma people. The search followed the PRISMA guidelines and was conducted in six databases (BVS, ProQuest, PsycInfo, PubMed, Scopus and Web of Science); 27 articles comprised the final sample. Seven categories of analysis were constructed: mental disorders, suicide, childhood and adolescence, psychological aspects, risk and protective factors, gender, and mental health prevention. The studies point to several situations of vulnerabilities in the experience of Roma people regarding mental health. We highlight the exclusionary role of majority supremacist societies in relegating Roma communities to marginalization and invisibility, expressed, for example, through the low scientific production regarding these communities, especially in the Latin-American context.
Resumen El pueblo gitano es considerado en situación de vulnerabilidad socioeconómica, estando expuesto a procesos históricos de exclusión y violencia, que aún siguen presentes. La salud mental es un componente esencial de la salud, un derecho humano fundamental y central para las correlaciones de los análisis sobre la pobreza, la discriminación étnica y racial y las desigualdades. Mediante esta revisión integradora se buscó concebir el estado del arte respecto a la salud mental de las personas gitanas. La búsqueda siguió las directrices PRISMA y se realizó en seis bases de datos (BVS, ProQuest, PsycInfo, PubMed, Scopus y Web of Science); 27 artículos compusieron la muestra final. Se construyeron siete categorías de análisis: trastornos mentales, suicidio, infancia y adolescencia, aspectos psicológicos, factores de riesgo y protección, género y prevención en salud mental. Los estudios apuntan a diversas situaciones de vulnerabilidad en la vivencia de las personas gitanas en materia de salud mental. Destacamos el papel excluyente de las sociedades mayoritarias supremacistas al relegar a las comunidades gitanas a un lugar de marginación e invisibilidad, lo que se expresa, por ejemplo, por medio de la baja producción científica respecto a estas comunidades, especialmente en el contexto latinoamericano.