RESUMEN 1.300 km separan a las trabajadoras cosecheras del limón de Tucumán de las trabajadoras del Astillero Río Santiago en la ciudad de Ensenada. Pese a las diferencias entre lo agrario y lo industrial, lo público y lo privado, y lo rural y lo urbano, las preguntas en torno a las desigualdades laborales y la crisis de reproducción social emergen en ambos casos de estudio. Este artículo analiza las intersecciones entre producción y reproducción social en las trabajadoras cosecheras y astilleras entre el año 2015 y la actualidad, teniendo en cuenta: 1) las desigualdades laborales, a partir de las formas de contratación, discriminación laboral, y las diferencias en las jornadas de trabajo; 2) los impactos diferenciados de la crisis de reproducción social y su vínculo con la esfera de la producción; 3) el lugar de trabajo como espacio de organización y articulación de demandas, donde se cristaliza la intersección entre las esferas de la producción y reproducción. El estudio comparativo de dos casos nos permite evidenciar ciertos puntos de contacto en las realidades de las mujeres de la clase trabajadora en la Argentina actual, y puntos de divergencias que muestran dos caras y realidades muy disímiles en nuestro país. Realizamos este estudio desde los enfoques de la teoría de la reproducción social mirando el lugar de trabajo, pero también más allá de este. La metodología utilizada consiste en un diseño metodológico de carácter cualitativo y un abordaje comparativo entre ambos casos, a partir de entrevistas en profundidad a trabajadoras y trabajadores de estos sectores, y de la consulta de archivos audiovisuales disponibles en la Web, como también de noticias periodísticas, leyes y Convenios Colectivos de Trabajo.
RESUMO 1.300 km separam as mulheres colhedoras de limão em Tucumán das trabalhadoras do Estaleiro Río Santiago, na cidade de Ensenada. Apesar das diferenças entre o agrário e o industrial, o público e o privado, o rural e o urbano, as questões em torno das desigualdades laborais e da crise da reprodução social emergem em ambos os estudos de caso. Este artigo analisa as intersecções entre produção e reprodução social em trabalhadoras de colheitadeiras e estaleiros, entre 2015 e a atualidade, tendo em conta: 1) as desigualdades laborais, assentes nas formas de contratação, na discriminação laboral e nas diferenças de horários de trabalho; 2) os impactos diferenciados da crise da reprodução social e a sua articulação com a esfera da produção; 3) o local de trabalho como espaço de organização e articulação de reivindicações, onde se cristaliza a intersecção entre as esferas da produção e da reprodução. O estudo comparativo de dois casos permite-nos destacar certos pontos de contacto nas realidades das mulheres da classe trabalhadora na Argentina de hoje, e pontos de divergência que mostram duas faces e realidades muito diferentes no nosso país. Realizamos este estudo a partir das abordagens da teoria da reprodução social, olhando para o local de trabalho, mas também para além dele. A metodologia utilizada consiste numa conceção metodológica qualitativa e numa abordagem comparativa entre os dois casos, com base em entrevistas em profundidade a trabalhadores destes sectores, e na consulta de arquivos audiovisuais disponíveis na Web, bem como de notícias jornalísticas, leis e Convenções Colectivas de Trabalho.
ABSTRACT 1,300 km separate the female lemon harvesters of Tucumán from the female workers of the Río Santiago Shipyard in the city of Ensenada. Despite the differences between the agrarian and the industrial, the public and the private, and the rural and the urban, questions around labor inequalities and the crisis of social reproduction emerge in both case studies. This article analyzes the intersections between production and social reproduction in women harvester and shipyard workers between 2015 and the present, taking into account: 1) labor inequalities, from the forms of hiring, labor discrimination, and differences in working hours; 2) the differentiated impacts of the crisis of social reproduction and its link with the sphere of production; 3) the workplace as a space of organization and articulation of demands, where the intersection between the spheres of production and reproduction crystallizes. The comparative study of two cases allows us to evidence certain points of contact in the realities of working class women in Argentina today, and points of divergence that show two very dissimilar faces and realities in our country. We carried out this study from the approaches of the theory of social reproduction looking at the workplace, but also beyond it. The methodology used consists of a qualitative methodological design and a comparative approach between both cases, based on in-depth interviews with workers in these sectors, and consultation of audiovisual archives available on the Web, as well as journalistic news, laws and Collective Bargaining Agreements.