Resumo As transformações vivenciadas atualmente pela cultura e pela comunicação, fruto do acelerado desenvolvimento da tecnologia e da sociedade de interação, tornam necessária a revisão do modo de educar as crianças e os adolescentes. Não basta fornecer-lhes conhecimento para se desenvolverem socialmente e, posteriormente, trabalharem, porque precisam aprender a viver e cuidar de si mesmos em um ambiente de mídia digital e internet em que constroem grande parte de sua realidade e identidade. O objetivo deste estudo foi projetar uma estratégia para a implementação da educação para a mídia em instituições públicas de ensino no nível básico da área metropolitana de Monterrey, através de um diagnóstico de competências de mídia em questões de segurança, como um possível primeiro passo para sua aplicação nacional. A pesquisa foi descritiva, quase experimental e mista. Uma enquete foi usada para coletar informações. Do total de escolas públicas primárias da região metropolitana, uma amostra de 298 escolas foi calculada na quarta, quinta e sexta séries. Um quase-experimento também foi realizado com três grupos de controle e três grupos de tratamento nos quais foram aplicadas técnicas de educação popular, como problematização, entrevista simples e vídeo para mudança social. Os resultados forneceram um perfil de hábitos: dos 15 830 alunos analisados, 95% utilizam redes sociais, em média quase duas horas por dia, principalmente em casa, no período da tarde e em um dispositivo móvel, como celular ou tablet; 73% iniciaram neles entre seis e oito anos de idade. Os sites favoritos são: YouTube, Facebook e WhatsApp, onde basicamente compartilham vídeos, fotografias, imagens e músicas. De cada 10 crianças e adolescentes: tres não conhecem os riscos que existem nessas plataformas, quatro desconhecem as medidas preventivas que devem tomar e seis interagem em redes sozinho e sem supervisão. Entre os fatores que determinam as estatísticas estão a escassez de conteúdo no assunto em programas acadêmicos e o fato de ambos os pais trabalharem em metade dos lares. As competências de segurança foram aumentadas nos três grupos intervencionados graças à educação para a mídia, por isso recomenda-se a aderir às escolas primárias públicas através de uma estratégia transversal que envolve os três ramos do governo, a mídia tradicional e novos, e um plano piloto nas salas de aula.
Abstract The transformations currently experienced by culture and communication, as a result of the accelerated development of technology and the society of interaction, make it necessary to review the way in which children and adolescents are educated. It is no longer enough to provide them with knowledge to develop socially and, later, work, because they need to learn to live and take care of themselves in an environment of digital media and internet in which they build a large part of their reality and identity. The purpose of this study was to design a strategy for the implementation of media literacy in public educational institutions at the basic level in the metropolitan area of Monterrey, through a diagnosis of media competencies in security matters, as a possible first step for its national implementation. The research was descriptive, quasi-experimental cut and mixed methodology. A survey was used to collect information. From the total of primary public schools in the metropolitan area, a sample of 298 schools was calculated of the fourth, fifth and sixth grades. A quasi-experiment was also carried out with three control groups and another three treatment groups in which popular education techniques were applied, such as problematization, simple interview and video for social change. The results provided a profile of habits: 95% of the 15 830 students analyzed use social media, an average of almost two hours a day, mainly at home, in the afternoon and on a mobile device, such as a cell phone or tablet; 73% started in them between six and eight years of age. The favorite sites are: YouTube, Facebook and the WhatsApp, where they basically share videos, photographs, images and music. Of every 10 children and adolescents: three do not know the risks that exist in those platforms, four do not know of the preventive measures that they must take and six interact in networks alone and without supervision. Among the factors that determine the statistics are the scarcity of content in the subject in academic programs and the fact that both parents work in half of the homes. The security competencies were increased in the three groups intervened thanks to media literacy, so it is recommended to join the public primary schools through a cross-cutting strategy that involves the three branches of government, traditional media and new ones, and a pilot plan in the classrooms.
Resumen Las transformaciones que actualmente experimentan la cultura y la comunicación, producto del acelerado desarrollo de la tecnología y de la sociedad de la interacción, obligan a revisar la manera en que niños y adolescentes son educados. Ya no basta con dotarlos de conocimientos para que se desenvuelvan en lo social y en lo laboral, sino que necesitan aprender a vivir y a cuidarse a sí mismos en un entorno de medios digitales y de internet, donde construyen gran parte de su realidad e identidad. Por este motivo, el propósito del presente estudio fue diseñar una estrategia para la implementación de la educación mediática en instituciones educativas públicas de nivel básico del área metropolitana de Monterrey, mediante un diagnóstico de competencias mediáticas en materia de seguridad como un posible primer paso para su aplicación a nivel nacional. La investigación fue de carácter descriptivo, de corte cuasiexperimental y con una metodología mixta. Para recolectar la información se utilizó una encuesta. A partir del total de escuelas públicas primarias de la zona conurbada, se calculó una muestra de 298 planteles, específicamente con estudiantes de cuarto, quinto y sexto grado de primaria. Asimismo, se realizó un cuasiexperimento con tres grupos de control y con tres de tratamiento, con los cuales se aplicaron técnicas de educación popular, como problematización, entrevista simple y video para el cambio social. Los resultados recabados permitieron dibujar el siguiente perfil de hábitos: 95 % de los 15 830 alumnos encuestados emplean redes sociales durante casi dos horas al día, principalmente en casa, por las tardes y en un dispositivo móvil (celular o tableta). Asimismo, 73 % de los participantes indicó que empezaron a emplear estas redes entre los 6 y los 8 años de edad, y que sus portales favoritos son YouTube, Facebook y WhatsApp, donde comparten fundamentalmente videos, fotografías, imágenes y música. Igualmente, de cada 10 niños y adolescentes, 3 no conocen los riesgos que existen en esas plataformas, 4 no saben de las medidas preventivas que deben tomar en ellas, y 6 interactúan en redes solos sin supervisión. Entre los factores que determinan las estadísticas están la escasez de contenidos en dicha materia en los programas académicos, así como que ambos padres trabajen. Por último, se puede afirmar que las competencias en materia de seguridad se incrementaron en los tres grupos intervenidos gracias a la educación mediática, por lo que se recomienda que se incorpore a las escuelas públicas primarias a través de una estrategia transversal que involucre a los tres poderes de gobierno, los medios de comunicación nuevos y tradicionales, y un plan piloto en las aulas.