Resumo A antropologia feminista construiu um campo de conhecimento dentro da disciplina a partir da perspectiva de gênero. Atualmente, existem poucos trabalhos sobre o desenvolvimento de antropologias feministas locais. Por isso, neste trabalho, estou interessada em resgatar a vida e a obra de algumas importantes pensadoras da antropologia feminista que chamo de rebeldes e revolucionárias. Concentro-me no desenvolvimento deste subcampo em Chiapas e na América Central, entre as décadas de 1970 e 1990 (século XX), um período marcado por conflitos políticos, repressão e políticas de contra-insurgência, que afetaram fortemente estudantes e professores da época, algumas delas organizadas nos movimentos revolucionários da América Central. Concentro-me especificamente nas contribuições de Alaíde Foppa, Stella Quan, Walda Barrios e Marta Casaús e analiso não apenas seus trabalhos antropológicos e socio-científicos sobre as críticas feministas marxistas e socialistas às noções tradicionais de classe, as influências do pensamento gramsciano, as questões anticoloniais que marcaram seu pensamento, mas também suas experiências políticas nos movimentos sociais e revolucionários, bem como algumas de suas experiências pessoais.
Abstract Feminist anthropology has built a field of knowledge within the discipline from a gender perspective. Currently, there are few works on the development of local feminist anthropologies. For that reason, in this work, I am interested in recovering the life and work of some important thinkers for feminist anthropology which I refer as rebels and revolutionaries. I focus on the development of this subfield in Chiapas and Central America, between the 1970s and 1990s (20th century), a period marked by political conflicts, repression, and counterinsurgency policies, which strongly affected students and teachers of the time, some of them organized in the Central American revolutionary movements. I focus specifically on the contributions of Alaíde Foppa, Stella Quan, Walda Barrios, and Marta Casaús and I analyze not only their anthropological and socio-scientific work about Marxist and socialist feminist critiques of traditional notions of class, the influences of Gramscian thought, the anti-colonial questions that marked their thinking, but also their political experiences in social and revolutionary movements, as well as some of their personal experiences.
Resumen La antropología feminista ha conformado un campo de conocimiento dentro de la disciplina desde una perspectiva de género. Actualmente existen escasos trabajos sobre el desarrollo de las antropologías feministas locales, por lo que en este trabajo me intereso por recuperar la vida y obra de algunas pensadoras importantes para la antropología feminista, a las que me refiero como rebeldes y revolucionarias. Me centro en el desarrollo de este campo epistémico en Chiapas y Centroamérica, entre los años setenta y noventa (s. XX), periodo marcado por la convulsión política, la represión, las políticas de contrainsurgencia en la región, lo que afectó fuertemente a estudiantes y profesoras de la época, algunas organizadas en los movimientos revolucionarios centroamericanos. Me enfoco específicamente en los aportes de Alaíde Foppa, Stella Quan, Walda Barrios y Marta Casaús y analizo no solamente su quehacer antropológico y sociocientífico sobre las críticas feministas marxistas y socialistas a las nociones tradicionales de clase, las influencias del pensamiento gramscicano, los cuestionamientos anticoloniales de la época que marcaron su pensamiento, sino también sus experiencias políticas en movimientos sociales y revolucionarios, así como algunas de sus vivencias personales.