OBJECTIVE: to evaluate the waiting time for specialized medical consultations in a small municipality, far from large urban centers, and located in an economically undeveloped region in Minas Gerais State, Brazil. METHOD: this was a case study with a descriptive approach that followed and analyzed in a six months period (July 2011 to January 2012), 152 referrals of patients to specialized medical consultations not offered in the municipality. The referrals were analyzed with regard to referencing and consultation scheduling using a structured instrument for data collection. A descriptive analysis was performed and the average number of waiting days was compared between variables of interest. RESULTS: the majority of referrals (74.3%) were to specialists forwarded by primary care physicians. Requests for the first consultation represented 88.8% of referrals, and their main demand went to otorhinolaryngology (36.3%). The average waiting time for the first consultation, regardless of the specialty, was 244 days (standard deviation = 193, median = 198), rangingfrom six to 559 days. Only 3.7% of patients waited three months or less, and another 5.2% waited three to six months. At the end of the six months of the study period, 91.1% of the followed patients were still waiting for the specialized consultation. All the fulfilled consultations were in services located in the State capital, 700 km away. CONCLUSION: the access to specialized consultation is fragile, with long waiting time, directly affecting the integrality of care.
El objeto del presente estudio ha sido evaluar el tiempo de espera para la cita con un médico especialista en un pequeño municipio lejos de los grandes centros urbanos de una región poco desarrollada del Estado de Minas Gerais, Brasil. Se trata de un estudio de caso con enfoque descriptivo. Durante seis meses se siguieron y analizaron los 152 casos de pacientes remitidos a médicos especialistas no disponibles en el municipio (julio 2011 - enero 2012). La remisión del paciente fue analizada según su referencia y día y hora de la cita programada por medio de una herramienta estructurada para la recogida de datos. Fue realizado el análisis descriptivo y el tiempo medio de espera fue comparado con las variables independientes de interés. En la mayoría de los casos (74,3%), quienes remitían los pacientes a los especialistas eran los médicos de la atención primaria. Los pedidos de primera cita médica representaron el 88,8% de los casos y la especialidad más solicitada fue otorrinolaringología (36,3%). El tiempo medio de espera fue de 244 días (Desviación Estándar = 193; Mediana = 198). Apenas un 3,7% de los pacientes esperó tres meses o menos; un 5,2% esperó entre tres y seis meses. Al final del período de estudio 91,1% de los pacientes todavía seguían esperando la cita. Todas las citas para médicos especialistas fueron para centros ubicados en la capital del Estado, a 700 kilómetros de distancia. Como conclusión se puede afirmar que hay poca garantía de acceso a las citas para especialistas, con altos tiempos de espera, lo cual afecta directamente la atención integral.
OBJETIVO: avaliar o tempo de espera por consulta médica especializada em um município de pequeno porte, distante de grandes centros urbanos e localizado em região economicamente pouco desenvolvida em Minas Gerais, Brasil. MÉTODO: estudo de caso com abordagem descritiva que acompanhou e analisou todos os 152 encaminhamentos de pacientes para consultas médicas especializadas não ofertadas em seu município de residência durante seis meses (julho de 2011 a janeiro de 2012). Os encaminhamentos foram analisados quanto ao referenciamento e agendamento da consulta, utilizando um instrumento estruturado para a coleta de dados. Realizou-se análise descritiva e o número médio de dias de espera foi comparado entre variáveis de interesse. RESULTADOS: a maioria dos encaminhamentos (74,3%) foi referenciada a especialistas pelos médicos da atenção primária. As solicitações para primeira consulta representaram 88,8% dos encaminhamentos e a principal demanda destas foi para otorrinolaringologia (36,3%). O tempo médio de espera pela primeira consulta, independentemente da especialidade, foi de 244 dias (desvio-padrão = 193, mediana = 198), variando de seis a 559 dias. Apenas 3,7% dos pacientes encaminhados esperaram três meses ou menos pela consulta e outros 5,2% esperaram três a seis meses. Ao final dos seis meses de estudo, 91,1% dos pacientes acompanhados ainda aguardavam a consulta especializada. Todas as consultas efetivadas foram para serviços localizados na capital do estado, distante 700 km. CONCLUSÃO: a garantia de acesso a consulta especializada apresentou-se fragilizada, com elevado tempo de espera, afetando diretamente a integralidade do cuidado.