Resumo Os impactos da interação entre pais e família em domínios do desenvolvimento da primeira infância para além do desenvolvimento da linguagem permanecem incertos. Investigamos a associação entre a interação parental/familiar (por meio de leitura/brincadeiras compartilhadas) e o desenvolvimento da primeira infância aos 2 anos de idade. Utilizamos dados da 4ª onda de uma coorte que acompanha mães e bebês nascidos entre julho e agosto de 2020, denominada IRACEMACovid. As informações sobre a interação parental/familiar foram autorreferidas e os domínios do desenvolvimento infantil foram medidos pelo Caregiver Reported Early Development Instrument (CREDI). A estatística descritiva foi realizada por meio de medidas de dispersão (médias e desvios padrão). As análises inferenciais foram conduzidas utilizando x2, Kruskal-Wallis e modelos de regressão linear bruto e ajustado. A interação família/pais, representada pelo brincar/ler em conjunto, está associada a um melhor desenvolvimento não só da linguagem (0,81), medido pelo CREDI, mas da cognição (0,62), motora (0,69), socioemocional (0,80) e domínios gerais (0,75). Os resultados sugerem que seria benéfico promover a brincadeira e a leitura compartilhadas em programas de intervenção infantil.

Abstract The impact of shared parental/family interaction on domains of early childhood development beyond language is unclear. We investigate the association between parental/family interaction (through shared reading/playing) and early childhood development at age 2. We used data from the 4th wave of a cohort following mothers and babies born between July and August 2020, named IRACEMA-Covid. Information on parental/family interaction was self-reported, and domains of child development were measured using the Caregiver Reported Early Development Instrument (CREDI). Descriptive statistics were performed using means and standard deviations. Inferential analyses were conducted using x2, Kruskal-Wallis, and crude and adjusted linear regression models. Family/parental interaction, as represented by playing/reading together, was associated with better development not only in language (0.81), as measured by CREDI, but also in cognition (0.62), motor (0.69), socio-emotional (0.80), and overall (0.75) domains. The results suggest that promoting shared play and reading in child intervention programs would be beneficial.

Resumen Los impactos de la interacción entre padres y familia en dominios del desarrollo de la primera infancia más allá del desarrollo del lenguaje siguen siendo inciertos. Investigamos la asociación entre la interacción entre padres y familia (mediante la lectura y el juego compartidos) y el desarrollo infantil temprano a los 2 años de edad. Utilizamos datos de la cuarta ola de una cohorte que sigue a madres y bebés nacidos entre julio y agosto de 2020, llamada IRACEMACovid. La información sobre la interacción entre padres y familia fue autoinformada y los dominios del desarrollo infantil se midieron mediante el Instrumento de Desarrollo Temprano Informado por el Cuidador (CREDI). Se realizó estadística descriptiva utilizando medidas de dispersión (medias y desviaciones estándar). Se realizaron análisis inferenciales utilizando x2, Kruskal-Wallis y modelos de regresión lineal crudos y ajustados. La interacción familia/padres, representada por jugar/leer juntos, se asocia con un mejor desarrollo no sólo del lenguaje (0,81), medido por CREDI, sino también de los dominios cognitivo (0,62), motor (0,69), socioemocional (0,80) y general (0,75). Los resultados sugieren que sería beneficioso promover el juego y la lectura compartidos en los programas de intervención en la primera infancia.

Abstract Objective: The present study’s objective is to assess whether sleep duration affects Early Childhood Development (ECD). A prospective cohort study was carried out with 278 mother-child dyads in the city of Fortaleza, northeastern Brazil, with data collection every 6 months. Method: The data used in this study are from the third (18 months) and fourth (24 months) survey waves. Information on sleep duration was collected using the Brief Infant Sleep Questionnaire (BISQ) and information on ECD using the Caregiver Reported Early Development Instrument (CREDI). Crude and adjusted regression models were run for each CREDI domain as an outcome with 5 % significance. Results: The authors found that after adjusting for maternal age and schooling, family income, and the presence of other children in the house, night sleep duration was associated with better ECD scores (cognitive: coef. 0.14; 95 % CI 0.04,0.24; language: coef. 0.10; 95 % CI 0.01,0.19; motor: coef. 0.10; 95 % CI 0.03,0.18; socio-emotional: coef. 0.16; 95 % CI 0.06,0.25; overall: coef. 0.14; 95 % CI 0.04,0.24), and the time awake at night associated with worse scores (cognitive: coef. -0.12; 95 % CI -0.23,0.02; motor: coef. -0.09; 95 % CI -0.17,-0.01; socio-emotional: coef. -0.11; 95 % CI -0.21,-0.01; overall: coef. -0.11; 95 % CI -0.21,-0.01). Conclusions: Nocturnal sleep duration affects ECD as expressed in all CREDI scores (cognitive, language, motor, social-emotional, and overall).

Resumo Os impactos da interação entre pais e família em domínios do desenvolvimento da primeira infância para além do desenvolvimento da linguagem permanecem incertos. Investigamos a associação entre a interação parental/familiar (por meio de leitura/brincadeiras compartilhadas) e o desenvolvimento da primeira infância aos 2 anos de idade. Utilizamos dados da 4ª onda de uma coorte que acompanha mães e bebês nascidos entre julho e agosto de 2020, denominada IRACEMACovid. As informações sobre a interação parental/familiar foram autorreferidas e os domínios do desenvolvimento infantil foram medidos pelo Caregiver Reported Early Development Instrument (CREDI). A estatística descritiva foi realizada por meio de medidas de dispersão (médias e desvios padrão). As análises inferenciais foram conduzidas utilizando x2, Kruskal-Wallis e modelos de regressão linear bruto e ajustado. A interação família/pais, representada pelo brincar/ler em conjunto, está associada a um melhor desenvolvimento não só da linguagem (0,81), medido pelo CREDI, mas da cognição (0,62), motora (0,69), socioemocional (0,80) e domínios gerais (0,75). Os resultados sugerem que seria benéfico promover a brincadeira e a leitura compartilhadas em programas de intervenção infantil.

Abstract The impact of shared parental/family interaction on domains of early childhood development beyond language is unclear. We investigate the association between parental/family interaction (through shared reading/playing) and early childhood development at age 2. We used data from the 4th wave of a cohort following mothers and babies born between July and August 2020, named IRACEMA-Covid. Information on parental/family interaction was self-reported, and domains of child development were measured using the Caregiver Reported Early Development Instrument (CREDI). Descriptive statistics were performed using means and standard deviations. Inferential analyses were conducted using x2, Kruskal-Wallis, and crude and adjusted linear regression models. Family/parental interaction, as represented by playing/reading together, was associated with better development not only in language (0.81), as measured by CREDI, but also in cognition (0.62), motor (0.69), socio-emotional (0.80), and overall (0.75) domains. The results suggest that promoting shared play and reading in child intervention programs would be beneficial.

Resumen Los impactos de la interacción entre padres y familia en dominios del desarrollo de la primera infancia más allá del desarrollo del lenguaje siguen siendo inciertos. Investigamos la asociación entre la interacción entre padres y familia (mediante la lectura y el juego compartidos) y el desarrollo infantil temprano a los 2 años de edad. Utilizamos datos de la cuarta ola de una cohorte que sigue a madres y bebés nacidos entre julio y agosto de 2020, llamada IRACEMACovid. La información sobre la interacción entre padres y familia fue autoinformada y los dominios del desarrollo infantil se midieron mediante el Instrumento de Desarrollo Temprano Informado por el Cuidador (CREDI). Se realizó estadística descriptiva utilizando medidas de dispersión (medias y desviaciones estándar). Se realizaron análisis inferenciales utilizando x2, Kruskal-Wallis y modelos de regresión lineal crudos y ajustados. La interacción familia/padres, representada por jugar/leer juntos, se asocia con un mejor desarrollo no sólo del lenguaje (0,81), medido por CREDI, sino también de los dominios cognitivo (0,62), motor (0,69), socioemocional (0,80) y general (0,75). Los resultados sugieren que sería beneficioso promover el juego y la lectura compartidos en los programas de intervención en la primera infancia.

Resumo: O Brasil registra uma diminuição na cobertura vacinal desde 2016. Este estudo analisa a situação vacinal de crianças nascidas durante a pandemia de COVID-19 em Fortaleza, Nordeste do Brasil. Uma análise longitudinal incluiu 313 crianças com informações aos 12 e 18 meses de idade. A aplicação das doses foram conferidas com base nos cartões de vacinação, considerando o calendário de imunização recomendado pelo Ministério da Saúde. Fatores associados à não retenção do cartão de vacinação e imunização incompleta aos 18 meses foram identificados por meio da regressão de Tobit. Cerca de 73% das mães apresentaram o cartão de vacinação do filho. A não apresentação do cartão de vacinação associou-se à idade materna < 25 anos e à participação materna em emprego remunerado. Apenas 33% e 45% das crianças tinham todas as vacinas em dia aos 12 meses e 18 meses, respectivamente. Para as vacinas com 3 doses, a taxa de atraso foi de cerca de 10% para a aplicação da 1ª dose, mas de 40% para a 3ª dose. Apesar dos atrasos, a maioria das crianças com cartão de vacinação disponível tinha cobertura acima de 90% até os 18 meses de idade. Os fatores ajustados associados à vacinação incompleta foram residir em domicílio com mais de um filho (p = 0,010) e renda mensal inferior a 1 salário mínimo (p = 0,006). Em conclusão, os atrasos na aplicação da vacina infantil foram altos durante a pandemia de COVID-19, mas houve uma adesão considerável até os 18 meses de idade. As famílias mais pobres, com mais de um filho, correm o risco de não imunizar totalmente seus filhos e devem ser alvo de políticas públicas.

Resumen: Brasil ha experimentado una disminución en la cobertura vacunal desde el 2016. Este estudio analiza la situación vacunal de los niños nacidos durante la pandemia de COVID-19 en Fortaleza, Nordeste de Brasil. Un análisis longitudinal incluyó a 313 niños con información a los 12 y 18 meses de edad. Se revisaron los carnés de vacunación para aplicar la dosis considerando el calendario de inmunización recomendado por el Ministerio de Salud. Los factores asociados con la no retención del carné de vacunación y la inmunización incompleta a los 18 meses se identificaron mediante la regresión de Tobit. Alrededor del 73% de las madres presentaron el carné de vacunación de sus hijos. La no disponibilidad del carné de vacunación se asoció con la edad materna < 25 años y la participación materna en actividad remunerada. Solo el 33% y el 45% de los niños estaban al día con todas sus vacunas a los 12 meses y 18 meses, respectivamente. Para las vacunas de 3 dosis, la tasa de retraso fue de alrededor del 10% para la 1ª dosis, pero del 40% para la 3ª dosis. A pesar de los retrasos, la mayoría de los niños con el carné de vacunación disponible tenía una cobertura superior al 90% hasta los 18 meses de edad. Los factores ajustados asociados con la vacunación incompleta fueron vivir en un hogar con más de un hijo (p = 0,010) e ingreso mensual inferior a 1 salario mínimo (p = 0,006). En definitiva, los retrasos en la administración de la vacuna infantil fueron altos durante la pandemia de COVID-19, pero hubo una adhesión considerable hasta los 18 meses de edad. Las familias más pobres, con más de un hijo, corren el riesgo de no inmunizar completamente a sus hijos y deberían ser objeto de políticas públicas.

Abstract: Brazil has seen a decrease in vaccination coverage since 2016. This study analyzes the immunization status of children born during the COVID-19 pandemic in Fortaleza, Northeastern Brazil. This is a longitudinal analysis that included vaccination data of 313 children aged 12 and 18 months. Vaccination cards were checked for dose application considering the schedule of immunization recommended by the Brazilian Ministry of Health. Factors associated with no retention of vaccination cards and incomplete immunization by 18 months were identified by Tobit regression analysis. About 73% of mothers presented their child’s vaccination card. Non-availability of vaccination cards was associated with maternal age < 25 years and mothers with paid jobs. Only 33% and 45% of the children aged 12 and 18 months had all vaccines up to date, respectively. For 3-dose vaccines, the delay rate was around 10% for the first dose application, but 40% for the third dose. Despite delays, most children with available vaccine cards had coverage above 90% by 18 months of age. Adjusted factors associated with incomplete vaccination included living in a household with more than one child (p = 0.010) and monthly income of less than one minimum wage (p = 0.006). Therefore, delays in child vaccine application were high during the COVID-19 pandemic but a considerable uptake by 18 months of age was found. Poorer families with more than one child were particularly at risk of not fully immunizing their children and should be the target of public policies.

Abstract: Brazil has seen a decrease in vaccination coverage since 2016. This study analyzes the immunization status of children born during the COVID-19 pandemic in Fortaleza, Northeastern Brazil. This is a longitudinal analysis that included vaccination data of 313 children aged 12 and 18 months. Vaccination cards were checked for dose application considering the schedule of immunization recommended by the Brazilian Ministry of Health. Factors associated with no retention of vaccination cards and incomplete immunization by 18 months were identified by Tobit regression analysis. About 73% of mothers presented their child’s vaccination card. Non-availability of vaccination cards was associated with maternal age < 25 years and mothers with paid jobs. Only 33% and 45% of the children aged 12 and 18 months had all vaccines up to date, respectively. For 3-dose vaccines, the delay rate was around 10% for the first dose application, but 40% for the third dose. Despite delays, most children with available vaccine cards had coverage above 90% by 18 months of age. Adjusted factors associated with incomplete vaccination included living in a household with more than one child (p = 0.010) and monthly income of less than one minimum wage (p = 0.006). Therefore, delays in child vaccine application were high during the COVID-19 pandemic but a considerable uptake by 18 months of age was found. Poorer families with more than one child were particularly at risk of not fully immunizing their children and should be the target of public policies.

Resumo: O Brasil registra uma diminuição na cobertura vacinal desde 2016. Este estudo analisa a situação vacinal de crianças nascidas durante a pandemia de COVID-19 em Fortaleza, Nordeste do Brasil. Uma análise longitudinal incluiu 313 crianças com informações aos 12 e 18 meses de idade. A aplicação das doses foram conferidas com base nos cartões de vacinação, considerando o calendário de imunização recomendado pelo Ministério da Saúde. Fatores associados à não retenção do cartão de vacinação e imunização incompleta aos 18 meses foram identificados por meio da regressão de Tobit. Cerca de 73% das mães apresentaram o cartão de vacinação do filho. A não apresentação do cartão de vacinação associou-se à idade materna < 25 anos e à participação materna em emprego remunerado. Apenas 33% e 45% das crianças tinham todas as vacinas em dia aos 12 meses e 18 meses, respectivamente. Para as vacinas com 3 doses, a taxa de atraso foi de cerca de 10% para a aplicação da 1ª dose, mas de 40% para a 3ª dose. Apesar dos atrasos, a maioria das crianças com cartão de vacinação disponível tinha cobertura acima de 90% até os 18 meses de idade. Os fatores ajustados associados à vacinação incompleta foram residir em domicílio com mais de um filho (p = 0,010) e renda mensal inferior a 1 salário mínimo (p = 0,006). Em conclusão, os atrasos na aplicação da vacina infantil foram altos durante a pandemia de COVID-19, mas houve uma adesão considerável até os 18 meses de idade. As famílias mais pobres, com mais de um filho, correm o risco de não imunizar totalmente seus filhos e devem ser alvo de políticas públicas.

Resumen: Brasil ha experimentado una disminución en la cobertura vacunal desde el 2016. Este estudio analiza la situación vacunal de los niños nacidos durante la pandemia de COVID-19 en Fortaleza, Nordeste de Brasil. Un análisis longitudinal incluyó a 313 niños con información a los 12 y 18 meses de edad. Se revisaron los carnés de vacunación para aplicar la dosis considerando el calendario de inmunización recomendado por el Ministerio de Salud. Los factores asociados con la no retención del carné de vacunación y la inmunización incompleta a los 18 meses se identificaron mediante la regresión de Tobit. Alrededor del 73% de las madres presentaron el carné de vacunación de sus hijos. La no disponibilidad del carné de vacunación se asoció con la edad materna < 25 años y la participación materna en actividad remunerada. Solo el 33% y el 45% de los niños estaban al día con todas sus vacunas a los 12 meses y 18 meses, respectivamente. Para las vacunas de 3 dosis, la tasa de retraso fue de alrededor del 10% para la 1ª dosis, pero del 40% para la 3ª dosis. A pesar de los retrasos, la mayoría de los niños con el carné de vacunación disponible tenía una cobertura superior al 90% hasta los 18 meses de edad. Los factores ajustados asociados con la vacunación incompleta fueron vivir en un hogar con más de un hijo (p = 0,010) e ingreso mensual inferior a 1 salario mínimo (p = 0,006). En definitiva, los retrasos en la administración de la vacuna infantil fueron altos durante la pandemia de COVID-19, pero hubo una adhesión considerable hasta los 18 meses de edad. Las familias más pobres, con más de un hijo, corren el riesgo de no inmunizar completamente a sus hijos y deberían ser objeto de políticas públicas.