RESUMEN Objetivo. Los trastornos mentales, neurológicos y por consumo de sustancias psicoactivas (MNS) tienen una prevalencia alta y existe una brecha para su atención en Colombia. El Programa de acción para superar las brechas en salud mental (mhGAP, por su sigla en inglés) de la Organización Mundial de la Salud (OMS) tiene varios componentes. Uno de ellos es la Guía de intervención mhGAP 2.0, orientada a la mejora de la atención primaria en salud; se trata de una guía para la evaluación y el manejo de trastornos MNS a partir de protocolos de toma de decisiones clínicas. Se planteó como objetivo determinar las barreras que se pueden presentar en el proceso de implementación del programa. Métodos. Se realizó un estudio cualitativo con enfoque de análisis de contenido que se desarrolló en tres fases: i) preparación, organización y presentación del estudio; ii) codificación abierta, categorización y abstracción de los contenidos; y iii) análisis de información. El estudio incluyó la entrevista semiestructurada a 21 personas involucradas en la prestación de servicios en salud mental en Chocó (Colombia): cinco profesionales de medicina, siete de enfermería y tres de psicología, además seis profesionales que trabajaban en el área administrativa de las secretarías de salud del departamento. Se exploraron las percepciones de las partes interesadas, que eran el personal asistencial y el personal administrativo del sector salud en el departamento del Chocó. Se realizaron preguntas abiertas para explorar las experiencias con el proceso y las barreras identificadas en la práctica. Resultados. Se identificaron cuatro categorías temáticas diferentes: intersectorialidad, viejos desafíos, posibilidades e idoneidad de herramientas. Conclusiones. Se construyó un modelo teórico sobre las barreras de implementación para el Programa de mhGAP desde las percepciones de las partes interesadas. El control de las barreras se percibe como un camino posible para generar un aporte significativo para la salud poblacional.
ABSTRACT Objectives. Mental, neurological, and substance use (MNS) disorders have a high prevalence in Colombia and there is a treatment gap. The World Health Organization (WHO) Mental Health Gap Action Programme (mhGAP) has various components. The mhGAP 2.0 Intervention Guide, aimed at improving primary health care, is a guide for the assessment and management of MNS disorders based on clinical decision-making protocols. The objective of this study was to determine the barriers that may hinder the program implementation process. Methods. A qualitative study with content analysis was conducted in three phases: i) study preparation, organization, and presentation; ii) open coding, categorization, and abstraction of contents; and iii) information analysis. The study included semi-structured interviews with 21 people involved in the provision of mental health services in Chocó (Colombia): five medical doctors, seven nurses, and three psychologists, as well as six professionals working in the administrative area of the department's health secretariats. The perceptions of these stakeholders were explored. Open-ended questions were asked to explore experiences with the process, as well as the barriers identified in practice. Results. Four different thematic categories were identified: intersectoral action, long-standing challenges, opportunities, and suitability of tools. Conclusions. A theoretical model of barriers to implementation of the mhGAP program was constructed, based on stakeholder perceptions. Controlling barriers is perceived as a possible way to contribute significantly to population health.
RESUMO Objetivo. Os transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias psicoativas são muito prevalentes, e há uma lacuna na atenção a esses transtornos na Colômbia. O Programa de Ação para Reduzir as Lacunas em Saúde Mental (mhGAP, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) consta de vários componentes. Um deles é o Manual de Intervenções mhGAP 2.0, elaborado para aprimorar a atenção primária à saúde. O documento contém orientações para avaliação e manejo de transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias psicoativas e foi elaborado com base em protocolos para a tomada de decisões clínicas. O objetivo do estudo foi determinar as barreiras que podem surgir no processo de implementação do programa. Métodos. Estudo qualitativo com enfoque de análise de conteúdo desenvolvido em três fases: i) preparação, organização e apresentação do estudo; ii) codificação aberta, categorização e abstração do conteúdo; e iii) análise das informações. O estudo incluiu entrevistas semiestruturadas com 21 pessoas envolvidas na prestação de serviços de saúde mental em Chocó (Colômbia): cinco profissionais da medicina, sete de enfermagem e três de psicologia, bem como seis profissionais que trabalham na área administrativa das secretarias de saúde do departamento. As percepções das partes interessadas, ou seja, do pessoal assistencial e administrativo do setor de saúde no departamento de Chocó, foram exploradas. Foram feitas perguntas abertas a fim de investigar suas experiências com o processo de atenção e as barreiras identificadas na prática. Resultados. Foram identificadas quatro categorias temáticas: intersetorialidade, desafios de longa data, possibilidades e adequação das ferramentas. Conclusões. Elaborou-se um modelo teórico sobre as barreiras de implementação do Programa mhGAP com base nas percepções das partes interessadas. O controle das barreiras é visto como uma possível forma de contribuir significativamente para a saúde da população.