Resumen Objetivo Comprender el impacto financiero de la adquisición centralizada de rituximab por parte del Ministerio de Salud para el tratamiento de linfomas foliculares y linfomas difusos de células B grandes en el período 2015-2022. Métodos Se trata de un estudio exploratorio, con enfoque cuantitativo, que realizó análisis documental de las compras públicas de medicamentos. A partir del precio medio ponderado por la cantidad comprada, se comparó la estrategia actual de adquisición centralizada de rituximab con un escenario hipotético, en el que la compra seguiría siendo responsabilidad de los hospitales, mediante el reembolso del gobierno federal de los procedimientos de quimioterapia facturables. Resultados Las compras centralizadas permitieron inicialmente mejores términos en las negociaciones de precios, logrando el gobierno federal descuentos cercanos al 70,0% del precio de referencia. En el lapso analizado hubo una reducción en el precio del medicamento. Después de 2020, con la participación de nuevos fabricantes en el mercado, los precios pagados por otros organismos se acercaron a los negociados por el Ministerio de Salud. Si la adquisición de rituximab siguiera siendo responsabilidad de los hospitales de oncología, el importe reembolsado por los procedimientos de quimioterapia sería insuficiente para cubrir la adquisición de este medicamento. Conclusión Se estimó que el gobierno federal, al asumir la carga de la adquisición centralizada del medicamento, logró un ahorro de R$ 81,6 millones en comparación con el escenario hipotético de adquisición por parte de los hospitales de oncología. Además del beneficio económico, el modelo aseguró el acceso de la población a rituximab y evitó el endeudamiento de las instituciones de salud.
Resumo Objetivo Compreender o impacto financeiro da aquisição centralizada de rituximabe pelo Ministério da Saúde para o tratamento dos linfomas folicular e difuso de grandes células B no período 2015-2022. Métodos Trata-se de estudo exploratório, com abordagem quantitativa, que realizou análise documental de aquisições públicas de medicamentos. A partir do preço médio ponderado pela quantidade adquirida, comparou-se a estratégia atual de aquisição centralizada de rituximabe a um cenário hipotético, em que a compra permanecesse sob responsabilidade dos hospitais, mediante ressarcimento do governo federal pelos procedimentos de quimioterapia faturáveis. Resultados A aquisição centralizada possibilitou inicialmente melhores termos na negociação de preços, com o governo federal alcançando descontos próximos a 70,0% do preço de referência. No corte temporal analisado, verificou-se a redução do preço do medicamento. Após 2020, com a participação de novos fabricantes no mercado, os preços praticados por outros órgãos aproximaram-se daqueles negociados pelo Ministério da Saúde. Caso a aquisição de rituximabe permanecesse sob responsabilidade dos hospitais oncológicos, o valor reembolsado pelos procedimentos de quimioterapia seria insuficiente para custear a aquisição desse medicamento. Conclusão Estimou-se que o governo federal, ao assumir o ônus da aquisição centralizada do medicamento, obteve economia de R$ 81,6 milhões diante do cenário hipotético de aquisição pelos hospitais oncológicos. Além do benefício econômico, o modelo assegurou acesso da população ao rituximabe e evitou endividamento das instituições de saúde.
Abstract Objective To understand the financial impact of centralized purchasing of rituximab by the Brazilian Ministry of Health for treatment of follicular and diffuse large B-cell lymphomas in the period 2015-2022. Methods This is an exploratory study, with a quantitative approach, which performed documentary analysis of medication purchases by public authorities. Based on the average price weighted by the quantity purchased, the current strategy of centralized rituximab purchasing was compared to a hypothetical scenario, in which purchasing would have remained the responsibility of hospitals, by means of reimbursement by the federal government for billable chemotherapy procedures. Results Centralized purchasing initially enabled better contract terms in price negotiations, with the federal government achieving discounts close to 70.0% of the reference price. In the timeframe analyzed, there was a reduction in the price of rituximab. After 2020, with the participation of new drug manufacturers on the market, the prices paid by other bodies approached those negotiated by the Ministry of Health. If rituximab purchasing had remained the responsibility of oncology hospitals, the amount reimbursed for chemotherapy procedures would have been insufficient to cover the cost of purchasing this medication. Conclusion We estimated that by taking on the burden of centralized rituximab purchasing, the federal government achieved savings of BRL 81.6 million compared to the hypothetical scenario of rituximab purchasing by oncology hospitals. In addition to the economic benefit, the model ensured the population’s access to rituximab and avoided health institution indebtedness.