O objetivo deste estudo foi avaliar as perdas causadas por lagartas de Hyalospila ptychis (Dyar) em coqueiro da variedade anã-verde (Cocos nucifera L.), no município de Una, BA. Para isso, foram inspecionadas mensalmente, de abril de 1997 a março de 1998, as inflorescências de 100 árvores distribuídas numa área de 15 ha, registrando-se o número de frutos por inflorescência, os frutos atacados por H. ptychis e os perdidos por outras causas. O número de frutos por inflorescência apresentou variação sazonal. As perdas médias causadas pela praga foram da ordem de 2% e a proporção média de frutos que abortaram por causa desconhecida foi de 59,4%. O número de frutos perdidos por outras causas e o número de frutos atacados por H. ptychis acompanharam a variação sazonal do número de frutos por inflorescência. A percentagem de frutos atacados por H. ptychis foi correlacionada significativa e positivamente com a temperatura média mensal.

The aim of this study was to evaluate the losses provoked by the moth Hyalospila ptychis (Dyar) on green-dwarf coconut trees at Una, State of Bahia, Brazil. Inflorescences of 100 trees were inspected monthly, from April 1997 to March 1998, in a 15 ha orchard. The number of coconuts per inflorescence, fruits damaged by H. ptychis, and fruit losses due to other causes, were recorded. The number of nuts per inflorescence followed a seasonal variation. The average losses caused by the pest were around 2% of the coconuts and the proportion of losses due to other causes was 59,4%. The number of coconuts lost for other causes and attacked by H. ptychis followed the seasonal variation of the number of fruits per inflorescence. The percent of coconuts attacked by H. ptychis was significantly and positively correlated with monthly average temperature.

Foi avaliada a ocorrência do parasitóide Billaea rhynchophorae (Blanchard) em larvas de Rhynchophorus palmarum (L.) em plantações das palmeiras piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guineensis Jacquin) no Sudeste da Bahia. As porcentagens mensais de parasitismo foram determinadas durante 13 meses, entre novembro de 2000 e novembro de 2001, comparando-se o número de casulos de R. palmarum parasitados e não-parasitados. O índice médio de parasitismo foi 40%, variando de 57% em novembro de 2000 a 18% em julho de 2001. Enquanto não existe método de criação massal do parasitóide, recomenda-se uma prática simples de manejo que visa a preservar seu efeito benéfico nas plantações de palmeiras.

The occurrence of the tachinid parasitoid Billaea rhynchophorae (Blanchard) on larvae of the palm weevil Rhynchophorus palmarum (L.) was evaluated in plantations of piassava palm (Attalea funifera Mart.) and African oil palm (Elaeis guineensis Jacquin), in southeastern Bahia, Brazil. The monthly percentages of parasitism were evaluated during 13 months, from November 2000 to November 2001, based on the comparison between the number of parasitized and non-parasitized cocoons of R. palmarum. Mean parasitism was 40% and ranged from 50% in November 2000 to 18% in July 2001. While there is no method of mass reproduction of the parasitoid, a simple management practice is recommended, in order to preserve its beneficial effects in palm plantations.

Este trabalho apresenta um modelo matemático determinístico compartimental do sistema composto pela planta hospedeira - coqueiro, o microorganismo patógeno - Phytomonas staheli McGhee & McGhee, e o inseto vetor - Lincus lobuliger Bred. (Hemiptera: Pentatomidae). Inicialmente um inseto sadio torna-se infectado após alimentar-se de uma planta infectada; conseqüentemente ele pode iniciar uma epidemia, disseminando P. staheli para plantas sadias. Esse processo inicia um crescimento exponencial da doença, que decresce conforme aumenta o numero de plantas infectadas. O programa Vensim DSS® foi utilizado para desenvolver um modelo de simulação da dinâmica da doença. Compartimentos para as plantas sadias, infectadas e erradicadas representam os componentes do sistema correspondentes ao hospedeiro. Existem dois sub modelos para a população do inseto vetor, onde os compartimentos representam os estágios de desenvolvimento (ovos, ninfas e adultos) das populações de vetores sadios e infectados, respectivamente. Os resultados da simulação foram comparados com dados de uma epidemia de fitomonas que teve inicio na Estação Experimental Lemos Maia (CEPLAC/CEPEC) localizada no município de Una, Bahia, Brasil. São apresentados resultados extensivos da análise da sensitividade do modelo às variáveis do sistema assim como resultados referentes à simulação da aplicação de diferentes métodos de controle. O modelo indica que a aplicação de técnicas de controle do vetor retarda a disseminação da doença, e que seria mais conveniente não aplicar técnicas de controle do L. lobuliger em áreas onde a doença não está ocorrendo.

A mathematical deterministic compartmental model of a system composed by the host plant - coconut palms, the pathogen microorganism - Phytomonas staheli McGhee & McGhee, and the insect vector - Lincus lobuliger Bred. (Hemiptera: Pentatomidae) was developed. A healthy insect becomes infected after feeding on a diseased tree starting an epidemic by disseminating P. staheli to healthy palms. This process initiates an exponential disease growth that decreases when the number of infected plants increases. The software Vensim DSS® was used as a tool to build a simulation model of disease dynamics. Compartments (stocks) for healthy, infected and eradicated plants represented the plant components of the system. There are two sub models for the insect vector population; the compartments represent each life stage of the healthy and infected vector population. The simulation outputs were compared with data from a recorded epidemic of Phytomonas that occurred at the Experimental Station Lemos Maia (Cocoa Research Center, CEPLAC/CEPEC), located at Una, Bahia. Here we present extensive data on the sensitivity analysis of the parameters and results from simulations of application of epidemics control methods. The model indicates that control techniques for the vector only delays the spread of the disease, and that it would be more convenient not to apply control techniques for Lincus sp. in areas where the disease is absent.