Resumo A despeito do atual período de ascensão conservadora e plena crise sanitária, política, social, cultural e econômica que assola o continente sul-americano, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) completou trinta anos, consolidando-se como bloco regional. Contudo, desarticulado e sob risco de perder os avanços conquistados, o bloco ainda não definiu os rumos para a recuperação ou recriação de uma agenda ampla como a integração do início do século XXI. Este artigo enfatiza a trajetória singular da integração sul-americana a partir de seu caráter original de região periférica do capitalismo e sugere que a conexão entre autonomia, intergovernabilidade e democracia é condição teórica para compreensão. Consideramos a experiência integracionista do sul na agenda progressista de 2005 a 2015, pois esta oferece subsídios para a análise, e refletimos sobre os efeitos do ascenso da aproximação chinesa no continente, em franca disputa com os Estados Unidos.
Abstract Despite the current period of conservatism rise and the political, social, cultural, economic, and health crisis that devastates the American continent, the el Mercado Común del Sur (Mercosur) has completed 30 years, consolidating itself as a regional bloc. However, disarticulated and at risk of losing its achievements, the Mercosur has not yet defined the paths for the recovery or re-creation of a broad agenda, such as occurred in the beginning of the 21st century. This article emphasizes the singular trajectory of South American integration from its original character as a peripheral region of capitalism, suggesting that the connection between autonomy, intergovernability, and democracy is a theoretical condition for its understanding. Based on the integrationist experience of the South in the 2005-2015 progressive agenda, we will discuss the effects of the rise of Chinese rapprochement on the continent in open dispute with the United States.