O experimento foi realizado no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Frutas (IAC), localizado no município de Jundiaí (SP), em condições usuais de cultivo da beterraba (Beta vulgaris L.) cultivar Tall Top Wonder, em Argissolo Vermelho-Amarelo, distrófico. Os objetivos do experimento foram avaliar a eficácia de metamitron, aplicado em pré-emergência, no controle de plantas daninhas; verificar sua seletividade à cultura, e determinar seu período residual. O experimento foi disposto em blocos ao acaso, com quatro repetições; as parcelas foram divididas em duas partes, sendo uma para a beterraba e outra para o estudo do efeito residual. Foram avaliados os efeitos de doses de metamitron (2,8, 3,5 e 4,2 kg.ha-1 de i.a), mantendo-se duas testemunhas: uma sempre capinada e outra mantida com plantas daninhas até o fim do ciclo. As avaliações do controle das plantas daninhas e da seletividade à cultura foram realizadas aos 28 e 70 dias após a aplicação (DAA) do herbicida. A persistência foi avaliada aos 0, 21, 40 e 70 DAA, em biotestes, com alface (Lactuca sativa L.) cultivar Elisa Crespa como planta-teste. As principais plantas daninhas na área experimental foram: Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha), Galinsoga parviflora Cav (picão-branco) e Coronopus didymus (L.) Sm. (mentruz). As doses de metamitron aplicadas não causaram sintomas visíveis de intoxicação à parte aérea das plantas de beterraba. O picão branco e o mentruz foram eficientemente controlados com quaisquer das doses de metamitron. Aos 28 DAA, o capim-pé-de-galinha foi totalmente controlado pelas doses de metamitron aplicadas. Entretanto, aos 70 DAA, somente com as doses de 3,5 e 4,2 kg.ha-1 obteve-se controle eficiente dessa espécie. A atividade residual de metamitron, para as doses de 2,8 e 3,5 kg.ha-1, foi igual a 70 dias e para 4,2 kg.ha-1 foi superior a esse período. O controle de plantas daninhas resultou na obtenção de raízes do tipo comercial em maior número e com mais biomassa de matéria fresca.
In order to study weed control efficiency and soil persistence, a field experiment was carried out in Ultisol-Kandiucult with table beet (Beta vulgaris L.) cultivar Tall Top. The treatments were: metamitron applied in pre-emergence at 2,8; 3,5 and 4,2 kg.ha-1 a.i, plus two controls, one weeded and another always with weeds, in a randomized block design with four replications. Weed control and selectivity were evaluated at 28 and 70 days and persistence in soil at 0, 21, 49 and 70 days after treatments (DAA), with bioassays using lettuce (Lactuca sativa L.) cultivar Elisa Crespa. The main weeds occuring in the trial were Eleusine indica (L.) Gaertn, Galinsoga parviflora Cav. and Coronopus dydimus (L.) Sm. Metamitron at the applied rates was apparently selective to table beets, considering the leaves. G. parviflora and C. dydimus were efficiently controlled with any of the applied rates up to 70 DAA. E. indica was well controlled until 28 DAA with all rates and until 70 DAA only with 3,5 and 4,2 kg.ha-1. Residual activity for 2,8 and 3,5 kg, lasted until 70 DAA, but for 4,2 kg it was longer. Chemical weed control improved yield with an increase on table beet roots of commercial type.