Analisaram-se dados de duas coortes retrospectivas consecutivas (1983-1998, 1999-2002) de crianças brasileiras com AIDS (n = 1.758), expostas ao HIV por transmissão vertical. Ocorrência de diagnóstico tardio (categoria C-CDC) foi verificada para: ano de nascimento, ano de diagnóstico da infecção e períodos relacionados a mudanças das diretrizes terapêuticas governamentais. Encontramos 731 (41,6%) crianças com diagnóstico em estágio tardio, especialmente com < 1 ano de idade. No segundo período o desempenho do diagnóstico melhorou (36 vs. 48% de atraso diagnóstico no primeiro período). Verificou-se melhoria da proporção de crianças com diagnóstico tardio e do tempo entre o diagnóstico da infecção e a introdução da terapia antirretroviral. Ano de nascimento (OR = 0,62; p = 0,009) e ano de diagnóstico da infecção (OR = 0,72; p = 0,002/OR = 0,62; p < 0,001) mais recentes estiveram significativamente associados a diagnóstico oportuno. Crianças com idade < 1 ano tiveram maior risco para diagnóstico tardio do que as mais velhas (OR = 1,70; p = 0,004). Apesar dos avanços, há necessidade de potencializar diagnóstico e manejo oportunos.
This study analyzed data from two consecutive retrospective cohort samples (1983 to 1998 and 1999 to 2002) of Brazilian children with AIDS (N = 1,758) through mother-to-child-transmission. Late-stage diagnosis (CDC category C) was investigated in relation to the following variables: year of birth, year of HIV diagnosis, and time periods related to changes in government treatment guidelines. Late-stage diagnosis occurred in 731 (41.6%) of cases and was more prevalent in infants under 12 months of age. The rate of late-stage diagnosis decreased from 48% to 36% between the two periods studied. We also observed a reduction in the proportion of late-stage diagnoses and the time lapse between HIV diagnosis and ART initiation. A significant association was found between timely diagnosis and having been born in recent years (OR = 0.62; p = 0.009) and year of HIV diagnosis (OR = 0.72; p = 0.002/OR = 0.62; p < 0.001). Infants under the age of 12 months were more likely to be diagnosed at a late stage than older children (OR = 1.70; p = 0.004). Despite advances, there is a need to improve the effectiveness of policies and programs focused on improving early diagnosis and management of HIV/AIDS.
Se analizaron datos de dos cohortes retrospectivas consecutivas (1983-1998, 1999-2002) de niños brasileños con SIDA (N = 1.758), expuestos al VIH por transmisión vertical. La ocurrencia de diagnóstico tardío (categoría C-CDC) fue verificada para: año de nacimiento, año de diagnóstico de la infección y períodos relacionados con cambios de las directrices terapéuticas gubernamentales. Hubo 731 (41,6%) niños con diagnóstico en estadio tardío, especialmente con < 1 año de edad. En el segundo período el desempeño del diagnóstico mejoró (36 versus 48% de atraso diagnóstico). Se verificó una mejoría de la proporción de niños con diagnóstico tardío y del tiempo entre diagnóstico de la infección e introducción de la terapia antirretroviral. Los años de nacimiento (OR = 0,62; p = 0,009) y años de diagnóstico de la infección (OR = 0,72; p = 0,002/OR = 0,62; p < 0,001) más recientes estuvieron significativamente asociados a un diagnóstico oportuno. Los niños con edad < 1 año tuvieron mayor riesgo para un diagnóstico tardío que los más viejos (OR = 1,70; p = 0,004). A pesar de los avances, existe una necesidad de potenciar el diagnóstico y tratamientos oportunos.