RESUMEN Objetivo. Cuantificar la asociación entre la prevalencia de control poblacional de la hipertensión arterial y la mortalidad por cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular en 36 países de la Región de las Américas entre 1990 y el 2019. Métodos. Este estudio ecológico emplea la prevalencia de la hipertensión, la concientización, el tratamiento y el control poblacional de la hipertensión producidos por la Colaboración sobre Factores de Riesgo de las Enfermedades No Transmisibles (NCD-RisC) y estimaciones de mortalidad por cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular del Estudio sobre la Carga Mundial de Enfermedad del 2019. Se realizó un análisis de regresión para evaluar las tendencias temporales y la asociación entre el control poblacional de la hipertensión y la mortalidad. Resultados. Entre 1990 y el 2019, las tasas de mortalidad estandarizadas por edad a causa de cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular disminuyeron en 2,2% (intervalos de confianza de 95%: –2,4 a –2,1) y 1,8% (–1,9 a – 1,6) anual, respectivamente. La tasa de reducción anual de la mortalidad por cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular se redujo a –1% (–1,2 a –0,8) entre el 2000 y el 2019. Del 1990 al 2019, la prevalencia de hipertensión controlada para una presión arterial sistólica/diastólica de ≤140/90 mmHg aumentó anualmente en 3,2% (3,1 a 3,2). Se observó una relación inversa entre el control poblacional de la hipertensión y la mortalidad por cardiopatía isquémica y por accidente cerebrovascular, respectivamente, en toda la Región y en los 36 países, a excepción de tres. En toda la Región, por cada aumento de 1% en el control poblacional de la hipertensión, nuestros datos predijeron una reducción de 2,9% (–2,94 a –2,85) en las muertes por cardiopatía isquémica por 100 000 habitantes, equivalente a 25 639 muertes evitables (2,5 muertes por 100 000 habitantes) y de 2,37% (–2,41 a –2,33) en las muertes por accidente cerebrovascular por 100 000 habitantes, equivalente a 9 650 muertes evitables (una muerte por 100 000 habitantes). Conclusiones. Existe una sólida asociación ecológica negativa entre la mortalidad por cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular y el control poblacional de la hipertensión. Los países con mejor resultado en el control de la hipertensión mostraron un mayor progreso en la reducción de la mortalidad por enfermedad cardiovascular. Los modelos de predicción tienen implicaciones en el manejo de la hipertensión en la mayoría de los grupos poblacionales de la Región de las Américas y otras partes del mundo.
RESUMO Objetivo. Quantificar a associação entre a prevalência de controle populacional da hipertensão e mortalidade por doença cardíaca isquêmica (DCI) e acidente vascular cerebral (AVC) em 36 países das Américas, de 1990 a 2019. Métodos. Este estudo ecológico utilizou os dados de prevalência da hipertensão e prevalência da detecção, tratamento e controle populacional da hipertensão do estudo NCD-RisC, e de mortalidade por DCI e AVC do Estudo de Carga Global de Doença de 2019. Análise de regressão foi utilizada para avaliar as tendências no tempo e a associação entre controle populacional da hipertensão e mortalidade. Resultados. Entre 1990 e 2019, as taxas de mortalidade padronizadas por idade devidas a DCI e AVC diminuíram anualmente 2,2% (intervalos de confiança de 95%: −2,4 a −2,1) e 1,8% (−1,9 a −1,6), respectivamente. A taxa anual de redução na mortalidade por DCI e AVC desacelerou para −1% (−1,2 a −0,8) durante o período de 2000-2019. De 1990 a 2019, a prevalência de hipertensão controlada com pressão arterial sistólica/diastólica ≤140/90 mmHg apresentou aumento anual de 3,2% (3,1 a 3,2). O controle populacional da hipertensão apresentou associação inversa com mortalidade por DCI e AVC, respectivamente, em toda a região, e em todos os 36 países, com a exceção de três. Em toda a região, para cada 1% de aumento no controle populacional da hipertensão, nossos dados previram uma redução de 2,9% (−2,94 a −2,85) nos óbitos por DCI por 100 000 habitantes, equivalente à prevenção de 25 639 óbitos (2,5 óbitos por 100 000 habitantes), e de 2,37% (−2,41 a −2,33) nos óbitos por AVC por 100 000 habitantes, equivalente à prevenção de 9 650 óbitos (1 óbito por 100 000 habitantes). Conclusão. Existe forte associação ecológica negativa entre mortalidade por DCI e AVC e controle populacional da hipertensão. Os países com o melhor desempenho no controle da hipertensão mostraram melhor progresso na redução da mortalidade por doenças cardiovasculares. Os modelos de previsão têm implicações no controle da hipertensão na maioria das populações da Região das Américas e em outras partes do mundo.
ABSTRACT Objective. To quantify the association between the prevalence of population hypertension control and ischemic heart disease (IHD) and stroke mortality in 36 countries of the Americas from 1990 to 2019. Methods. This ecologic study uses the prevalence of hypertension, awareness, treatment, and control from the NCD-RisC and IHD and stroke mortality from the Global Burden of Disease Study 2019. Regression analysis was used to assess time trends and the association between population hypertension control and mortality. Results. Between 1990 and 2019, age-standardized death rates due to IHD and stroke declined annually by 2.2% (95% confidence intervals: –2.4 to –2.1) and 1.8% (–1.9 to –1.6), respectively. The annual reduction rate in IHD and stroke mortality deaccelerated to –1% (–1.2 to –0.8) during 2000-2019. From 1990 to 2019, the prevalence of hypertension controlled to a systolic/diastolic blood pressure ≤140/90 mmHg increased by 3.2% (3.1 to 3.2) annually. Population hypertension control showed an inverse association with IHD and stroke mortality, respectively, regionwide and in all but 3 out of 36 countries. Regionwide, for every 1% increase in population hypertension control, our data predicted a reduction of 2.9% (–2.94 to –2.85) in IHD deaths per 100 000 population, equivalent to an averted 25 639 deaths (2.5 deaths per 100 000 population) and 2.37% (–2.41 to –2.33) in stroke deaths per 100 000 population, equivalent to an averted 9 650 deaths (1 death per 100 000 population). Conclusion. There is a strong ecological negative association between IHD and stroke mortality and population hypertension control. Countries with the best performance in hypertension control showed better progress in reducing CVD mortality. Prediction models have implications for hypertension management in most populations in the Region of the Americas and other parts of the world.